Marabá pode eleger até quatro deputados estaduais, em 2022 – pesquisas de qualidade  indicam essa tendência.

Com muito esforço, pode até chegar a um quinto parlamentar domiciliado no município.

Mas há possibilidade, também, desse universo de representação ser reduzido, caso a pressão pela procura de votos de candidaturas “de fora” do município ganhe intensidade nos últimos dez dias de campanha.

O mesmo está ocorrendo em Parauapebas, invadida por candidatos periféricos e paraquedistas, capazes de obstacularizar a eleição de um candidato local competitivo.

Nas últimas horas,  Marabá e municípios do entorno foram “invadidos” por candidatos residentes em Belém e na Região Metropolitana jogando muita grana à cata de votos.

Uns desses candidatos “planadores” , inclusive, já conseguiram o apoio de algumas lideranças comunitárias que apoiavam candidatos a deputado estadual de Marabá.

O que pesou, no caso, foi a disponibilidade de dinheiro.

Esse quadro pode alterar um cenário de representatividade significativa na Alepa,  agravado pelo número exagerado de candidatos.

São doze candidaturas, somente em Marabá, sem falar de dezenas de outras candidaturas periféricas em Parauapebas,

Desse total, 70% dos nomes de Marabá que disputam voto na cidade obterão votação vergonhosa.

O mesmo ocorrerá em outros municípios da região Sul/Sudeste do Pará.

E quando se fala em “votação vergonhosa”, é só imaginar cada um somando menos de dois mil votos.

Somando os parcos votos que  conseguirão fora de Marabá, imagine aí no máximo 3 mil votos em todo o Estado.

Conta bastante otimista, diga-se.

Dependendo do partido, um sujeito para conseguir uma cadeira na Assembleia Legislativa terá que ter no mínimo 25 mil votos.

Mas há também aqueles candidatos que disputam a eleição precisando, no mínimo, mais de 30 mil votos ´caso sejam filiados ao MDB, PTB, e por ai vai.

Muitos exemplos dessas chamadas candidaturas “periféricas” – aquelas que existem sem nenhuma possibilidade de eleição – aparecem numa disputa com objetivo único de colocar dinheiro no bolso.

São pessoas que recebem uma grana puxada daqui e outra dali.

Ou seja, a candidatura é uma espécie de negócio.

Em alguns casos, negócio bastante lucrativo.

Pegando apenas o exemplo de Marabá, somando todos os votos que os chamados “candidatos periféricos” ,  pode passar de 10 mil.

São votos que poderiam  ser drenados às candidaturas locais potencialmente competitivas, caso estes “periféricos” não entrassem no cenário, exclusivamente para atrapalhar a formação de uma representatividade política forte na Alepa.

O eleitor precisa estar atento a essa questão.

Analisar cuidadosamente o potencial de cada candidato, conversar com uns e outros pra saber se ele tem condições de disputar uma vaga ou não.

Destinar o voto com sabedoria e consciência é uma das conquistas de qualidade da democracia.

Abaixo, alguns nomes de candidatos a deputado estadual por Marabá e outros municípios da região que aparecem eventualmente nas pesquisas.

 

Iker Moraes (MDB)

Eloi Ribeiro (Republicanos)

Arão Gomes (PSC)

Evaldo Fidelis (Psol)

Fernando Henrique (PST)

Aveilton Sousa (PL) 22244

Mel Nascimento (Avante) – Parauapebas..

Marcos Baxim  (PSB) – Brejo Grande

Arnaldo Rocha (Republicanos) – Rondon

Artur Brito (União) – Tucuruí