Estudantes do Instituto Federal do Pará (IFPA) do Campus de Belém realizaram ato na Avenida Almirante Barroso, uma das principais da capital paraense, levando à público denúncias de caso de assédio sexual supostamente ocorrido no campus local.
No ato, manifestantes gritavam palavras de ordem contra os casos de assédio sexual ocorridos na instituição e denunciados para a Polícia Civil.
Os alunos pediam pelo fim dos abusos e por medidas mais urgentes para ajudar no combate e na causa.
O caso, inclusive, já vem sendo alvo de apuração interna depois da abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), instaurado para investigar o acusado e tomar as devidas providências.
A direção da IFPA encaminhou nota à imprensa relatando o problema.
“O Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Belém, informa à comunidade acadêmica e externa que já está adotando todas as providências e procedimentos administrativos cabíveis para apurar a denúncia sobre um caso de assédio sexual que teria ocorrido no Campus. Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) já foi instaurado para investigar o acusado e tomar as devidas providências. Dessa forma, todas as possibilidades legais que cabem ao Instituto já estão em processo de execução.”, diz a nota.
Ainda segundo o texto, em 2018, o IFPA deu início a uma intensa campanha institucional de enfrentamento do assédio sexual. Lançada durante a III Reunião das Equipes da Assistência Estudantil, a campanha abriu um espaço seguro para que estudantes e servidores façam denúncias formais de casos de assédio sexual.
Em 2019, o Instituto também discutiu e orientou as instâncias gestoras do IFPA sobre a condução de processos dessa natureza, já tendo realizado discussões do tema na reunião do Conselho Superior do IFPA (CONSUP), e no Colégio de Dirigentes (CODIR) com participação dos Diretores de Ensino.
Durante a pandemia de covid-19, em 2020, o IFPA criou canais de acolhimento psicológico virtual como espaço de escuta. E, em 2022, lançou a campanha e a cartilha “Respeito é bom”, com a finalidade de conscientizar e informar acerca de relações interpessoais e assédio no ambiente de trabalho.
“O IFPA não tolera casos de assédio sexual e moral entre estudantes e servidores. A conduta não está alinhada com a missão e o compromisso do Instituto com a comunidade e com o ensino público, gratuito, de qualidade e o desenvolvimento regional, pautados no respeito humano e integridade pessoal. Todas as denúncias de assédio a estudantes ou servidores são rigorosamente apuradas.”, concluiu a nota. (Com informação e foto de O Liberal)