– Isso é provocação!
Reação é do advogado Haroldo Junior, presidente da Subseção da OAB de Marabá, comentando decisão do MST de montar acampamento em frente a uma fazenda próximo a Curionópolis, 24 horas depois de cansativas e tensas negociações que resultaram no anúncio de acordo entre lideranças do movimento, fazendeiros, OAB, INCRA, além de outras entidades.
Conversando agora há pouco com o pôster, Haroldo entende que o MST descumpriu o acordo.
– Durante a reunião da qual eu participei como um dos mediadores, o próprio Charles Trocate (coordenador regional do MST) deixou claro que o MST não estava programando invadir a fazenda Marambaia já que a propriedade encontra-se em processo de vistoria, pelo INCRA, e se uma invasão a ela for perpetrada, o processo de desapropriação fica paralisado.
Segundo Haroldo, que permaneceu durante todo sábado integrado à comissão de mediação formada às pressas pelo governo do Estado para buscar solução pro iminente conflito, ficou acordado que o MST não invadiria nenhuma fazenda, seguiria em marcha pela PA-275 em busca de um local menos tenso para montar acampamento e a rodovia seria desobstruída pelos sem-terra e fazendeiros.
Ao ser comunicado de que o movimento decidiu montar acampamento em frente a fazenda Marambaia, próxima a Curionópolis, durante este sábado, Haroldo Junior mostrou-se preocupado com o tensionamento de posições e conseqüente agravamento do quadro.
Por pouco, no final de semana, não ocorreu confronto armado entre pecuaristas e o MST.
As medidas tomadas, ainda na madrugada de sexta-feira, pelo governo do Estado, impediram que o fato se consumasse.
A Polícia Militar permanece na área pronta para intervir a qualquer hora.
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atualização às 21:11
Poster falou pelo telefone, minutos atrás, com o Ouvidor Agrário Regional, Edson Luís Bonetti, sobre o prazo de entrega do laudo de vistoria da fazenda Marambaia, estimado por ele para os próximos 40 dias.
Revelou ter retornado esta manhâ ao local onde o MST montou acampamento, em frente da própria fazenda, e que não encontrou indicadores de que os sem-terra estejam interessados em radicalizar. Na visão dele, a presençla ostentiva de policiais militares no entorno da propriedade é um fator tranqulizador e que o acordo deverá ser cumprido sem ocorrência de invasão.
Raimundo Nonato
11 de agosto de 2010 - 16:58Esta no hora de os produtores rurais agir, e não ficar á espera de uma ação por parte do estado, porque a mesma nunca virá.
Rogerio
10 de agosto de 2010 - 14:01Está na hora do MST criar seu Grupo de Inteligência ( M2) para evitar que as informações vazem e que as ocupações nos latifundios continuem com êxito.
Na Ilharga
9 de agosto de 2010 - 21:54O MST deve agir com inteligência e pressionar a dita desapropriação. Nessa altura do campeonato o confronto só trará desgaste pro movimento e trabalho para um governo que deve ser visto como aliado, e não como adversário.