Secretaria de Saúdo do Pará fez um alerta sobre os riscos que o caracol gigante africano, um molusco presente na região amazônica, pode trazer à saúde da população.
O alerta é necessário porque o caracol africano (Achatina fulica) é hospedeiro do parasito Angiostrongylus cantonensis, que causa meningite eosinofílica.
Esse tipo de meningite resulta da presença de larvas do parasito nas membranas do cérebro (meninges), provocando reação inflamatória.
As manifestações clínicas mais comuns são dor de cabeça severa, náuseas, vômitos, pescoço rígido e anormalidades neurológicas.
Ocasionalmente ocorrem invasões oculares.
Além da meningite eosinofílica, o caracol também pode transmitir o parasito Angiostrongylus costaricencis, que causa aangiostrongilíase abdominal.
Os principais sintomas são dor abdominal e febre, podendo ocorrer várias outras manifestações inespecíficas, tais como inapetência, náuseas, vômitos e diarreia.
No ano de 2021, houve dois casos confirmados de meningite eosinofílica na Região Metropolitana de Belém, sendo um caso em Belém, que acometeu um jovem de 21 anos e outro em Ananindeua, numa criança de 11 meses.