Para alguns, a prefeita de São João do Araguaia pode estar sendo vítima de perseguição política de seus opositores.
Em outro plano, no entanto, muitos demonstram decepção com os rumos que vem sendo dado pela prefeita em seus primeiros meses de gestão.
Marcellanne Cristina Carneiro Sobral (foto) que foi eleita defendendo discurso de transparência e honestidade, criando um clima de forte esperança no seio da população saojoanense, aos poucos vai percorrendo as velhas e condenáveis trilhas de seus antecessores, priorizando o compadrio para beneficiar parentes e pessoas do seu entorno.
Inicialmente, andou nomeando parentes para cargos importantes, conforme denuncias chegadas ao blog.
O aluguel de carros de parentes pagos com recursos do município também é apontado como outro deslize de Marcellane Cristina.
A Câmara Municipal de São João do Araguaia acaba de protocolar denúncia contra a prefeita de São João do Araguaia, junto ao Ministério Público acusando Marcellane de utilizar o critério da livre conveniência para nomear, em caráter temporário, diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos para as escolas públicas municipais, indo contra os princípios da administração pública, uma vez que esses cargos são de provimento efetivo.
Na denúncia, que leva a assinatura do vereador Augusto Alves de Carvalho Neto, presidente da Câmara, os artigos 5º e 51º, de lei do município, são citados.
No caput dos artigos, está bem claro que “o exercício das funções de direção e vice direção é reservado aos integrantes da carreira do magistério público municipal com o mínimo de dois anos de docência”.
O artigo 51 reforça que a Carreira do Magistério Público Municipal é integrada pelo cargo de provimento efetivo de professor em três níveis, seis subníveis e dez referências.
Os vereadores de São João do Araguaia estão pedindo ao Ministério Público ação do Ministério Público, citando que a prefeita praticou ato de improbidade administrativa.
Improbidade administrativa que pode resultar na cassação do mandato de Marcellane.
Num dos trechos do documento, diz que “as contratações ora questionadas foram feitas por mera conveniência, para atender aos interesses individuais políticos, com o nítido escopo de levar vantagem em futuro processo eleitoral, fato característico, semelhante ao abuso de poder político”.
Nomes de 17 funcionários lotados nas funções questionadas são apontados como beneficiários de pagamento de salários irregulares, na folha de pagamento de dezembro de 2021.
Outra providência solicitada pela CMSJA junto ao Ministério Público é para que sejam rescindidos os contratos, bem como a exoneração dos servidores citados.
E o MPEP já tomou a primeira providência, citando a prefeita de São João e a Secretaria de Educação para que forneçam informações sobre as supostas irregularidades que levam à prática de improbidade administrativa e desobediência à lei que institui o PCCR do magistério municipal.
No rastro de mais denúncias contra a prefeita Marcellane Sobral encaminhadas ao blog, mostraremos ainda esta semana suspeitas que recaem sobre a atual gestão daquele município quanto a terceirização da coleta de lixo da cidade.