O portal Correio mostra situação de uma criança de 4 anos necessitando urgentemente de uma consulta com um otorrino, em Marabá, cujos pais se sentiram obrigados a pedir apoio ao Ministério Público no sentido de obrigar a Secretaria de Saúde marcar o atendimento médico.
Sofrendo de obstrução nasal, a criança sente falta de ar e leva uma vida com baixíssima qualidade.
A falta de estrutura na área de saúde do município, lendo a matéria, é comprovada mais uma vez, neste caso, não apenas pela falta de espaços físicos – como a construção de um novo hospital municipal -, mas diante da gritante qualificação da mão de obra funcional.
Enquanto o vizinho município de Parauapebas terá, brevemente, a elevação de um hospital privado com a marca Porto Dias, referência no Estado do Pará, com 150 leitos, Marabá perde a cada dia até profissionais médicos que não encontram ressonância do poder público em fixar parcerias.
A construção de um Hospital Porto Dias no vizinho município é resultando de seguidos encontros entre o prefeito Darci Lermen e o empresário Antônio Carlos Dias, dono da unidade hospitalar de Belém, articulando a possibilidade de firmar a parceria, finalmente anunciada no início deste ano.
De alta complexidade, o Porto Dias oferecerá em Parauapebas serviço completo de diagnóstico por imagem, hotelaria de primeira linha e empregará nada menos que 1.000 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, entre outros da área de saúde, assim como pessoal de apoio.
Enquanto isso, em Marabá, o que se constata, e já virou histórico de sua biografia, é a intragável capacidade do prefeito Tião Miranda manter aproximação com o setor empresarial buscando a atração de investimentos, seja em qualquer área.
Sem buscar parceria com o setor privado, muito menos priorizar recursos para a construção de um novo hospital municipal que ofereça à população recursos necessários, tanto para atendimento adulto e pediátrico, o prefeito Tião notabiliza-se como gestor omisso.
Suas gestões divulgam que a prefeitura investe na ampliação do Hospital Municipal sem dizer que o que faz é construir “quartinhos” que nada oferecerão de eficiência.
Paralelamente, a população prossegue a saga de não ter a atenção do poder público, que prioriza grande parte dos recursos na pavimentação de ruas, sem se preocupar verdadeiramente com a vida dos moradores.
Percorrer as dependências do Hospital Municipal de Marabá é algo assustador.
Mal atendimento, falta de equipamentos mínimos capazes de amenizar dores de pacientes, uma verdadeira pocilga.
Até quando a população aceitará passivamente esse descalabro administrativo, ninguém sabe.
AQUI, para ler a matéria do Correio sobre o abandono da criança necessitada de uma consulta médica.