A Rodovia Pa-150, entre Marabá e Tailândia, voltou a ficar cada dia mais perigosa.
De nada valeram os serviços de recuperação da rodovia iniciados em 2019, com objetivo de beneficiar 164 dos 332 km que compõem a estrada, um dos mais importantes corredores de escoamento da produção paraense.
Naquele ano, em ato solene realizado em Morada Nova, à beira da estrada, o governador Helder Barbalho anunciou investimento de R$ 75 milhões na recuperação do trecho entre Marabá e Goianésia, com previsão de entrega dos serviços na metade do ano de 2020.
O consórcio “Novo Pará”, integrado pelas empresas Jm Terraplenagem Construções e Terra Terraplenagem e Construções Ltda, venceu a licitação com obrigação de realizar, além da reforma em si da pavimentação -, serviços de limpeza das pistas e acostamentos, restauração, conservação e manutenção do pavimento, além de tratamento do sistema de drenagem.
A rodovia receberia, ainda, nova sinalização, com aplicação de tachas refletivas em toda a área contratada, melhorando a visibilidade da pista.
As obras realizadas pelo consórcio não duraram um inverno.
Atualmente, é um risco muito grande trafegar pela rodovia.
Alguns trechos recuperados apresentam situação pior do que quando se encontrava em 2019, antes da recuperação.
O blog tem recebido, diariamente, reclamações de usuários da estrada, exigindo que o governo paraense obrigue o Consórcio “Novo Pará” a fazer um trabalho de qualidade na Pa-150, recuperando serviços mal feitos.
Ontem à tarde, Manoel Gumercindo Maia, que seguia de Parauapebas para Belém, usando a estrada, caiu com seu veículo num buraco, entre Jacundá e Goianésia, perdendo o controle.
O carro saiu da estrada e ele e sua esposa tiveram de ser socorridos por outras pessoas que passavam no momento em outros carros.
“É impossível cruzar essa estrada sem cair em buracos. Um perigo. Estamos vivos, eu e minha mulher, porque Deus nos protegeu. Infelizmente, com o susto e muito abatidos, não tive tempo nem de fazer fotos para mostrar onde caímos, porque as pessoas nos ajudaram a sair do carro e nos levaram à atendimento médico em Jacundá. Nem sei como ficou o estado do carro”, contou Gumercindo, pelo telefone.
Diariamente há relatos de acidentes com danos em veículos, como o narrado pelo Manoel Maia..
Houve caso de uma família ter sido levada a um hospital de Goianésia para receber atendimento médicos, depois do veículo no qual viajavam ter se desgovernado ao bater é um imenso buraco, também entre Marabá e Jacundá.
A situação da rodovia está tão dramática que até os vereadores das câmaras municipais dos municípios de Marabá, Nova Ipixuna, Jacundá, Goianésia e Tailândia têm se manifestado em plenário, pedindo ao governo do Estado que determine à construtora responsável, refazer o serviço.
Em Marabá, semana passada, o mais antigo parlamentar marabaense, Miguelito Gomes, fez forte discurso denunciando a situação da rodovia.
Usando palavras duras, Miguelito disse que a secretaria de Transportes do Estado deve satisfações ao povo do Sul do Pará, e que está negligenciando com a situação de desespero que toma conta de quem trafega pela PA-150.
Em aparte, o vereador Aerton Grande (SD), residente no bairro Morada Nova, exatamente local aonde a rodovia termina, disse ser testemunha dos problemas causados à população pela estrada deteriorada.
Pediu ao governo do Estado o máximo de esforços para sustentar o mínimo de traafegabilidade à rodovia.
Setran Responde
A Secretaria de Estado de Transportes, informada pelo blog sobre o conteúdo deste post, prometeu enviar, ainda hoje, posição do governo sobre a PA-150.
Tão logo a nota da Setran seja enviada, este post será atualizado.