Quem nos conta é Cristiane Agostine, do Valor Econômico (pra assinantes) :
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva testou com uma plateia de empresários o discurso eleitoral de comparação de seu governo com o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e foi bem-sucedido. Na noite de terça-feira, Lula recebeu apoio de dezenas de representantes da construção civil, em São Paulo, ao criticar a falta de investimentos no setor, “deteriorado há mais de vinte anos” e discorrer sobre o ineditismo do sistema capitalista brasileiro, que não tinha nem “capital nem financiamentos” em anos anteriores.
Empresários, beneficiados sobretudo por programas como o Minha Casa, Minha Vida, aprovaram também a crítica feita aos anos FHC e a comparação sobre os financiamentos feitos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que aumentaram entre 2003, primeiro ano do governo Lula, e 2010.
É o caso do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção, Melvyn Fox, que disse “concordar totalmente” com o discurso feito pelo presidente na cerimônia de abertura da 18ª Feira da Indústria da Construção e Iluminação, em São Paulo. “O setor da construção civil estava estagnado. Muito pouco foi feito até o fim do primeiro mandato de Lula. Houve uma mudança radical”, comentou.
Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, disse que o setor “está em êxtase”, com projetos como o Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 1 e 2. “A comparação entre os dois governos não é uma questão política, mas sim numérica. Os resultados dos dois governos não são comparáveis”, disse Conz. O otimismo se explica, em parte, pela previsão de crescimento 10% na venda de material de construção.
Na abertura da feira, Lula não poupou críticas a FHC e disse aos empresários que não deixem de lembrar como era a situação anos atrás. “De repente as pessoas esquecem do mundo que a gente veio, do mundo em que a gente está e do mundo que a gente quer ir. Este país teve o seu setor da construção civil praticamente deteriorado durante mais de 20 anos”, declarou. Ao fazer o autoelogio, o presidente disse que a Caixa Econômica Federal investe “nove vezes” o que investia em 2003 e que o crédito cresceu de R$ 380 bilhões para R$ 1,4 bilhão. O BNDES, continuou Lula, emprestava R$ 38 bilhões e este ano fechará com R$ 139 bilhões.
A comparação entre Lula e FHC tem sido evitada pelos tucanos e apoiadores da campanha do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) à Presidência. O presidente, no entanto, sinalizou que deve insistir nessa linha em seus discursos. “Cansei de ver o Brasil se portar como se fosse um país de segunda categoria. Tudo a gente achava que não podia fazer e tudo, quando não dava certo, se jogava a culpa em cima do governo. E como o governo também não fazia, não falava nada e ficava todo mundo enganando todo mundo neste país”, declarou.
Em seu discurso, Lula disse que deixará para seu sucessor “uma prateleira de projetos e programas”, para que o próximo presidente não tenha que “começar do zero” como ele. Ao fazer propaganda do PAC 2 para empresários que se beneficiarão diretamente dele, Lula afirmou que lançou o programa para mudar o paradigma do país. “Não era possível um país capitalista viver sem crédito e sem capital. Isso mudou definitivamente”, disse. “Quem vier a tomar posse na Presidência da República em janeiro de 2011 sabe que não existe mais espaço para pequenez política, não existe espaço para pequenos programas. Este país é grande e exige que os seus governantes pensem grande”, declarou.
Representantes da construção civil disseram não temer o próximo governante, quem quer que ele seja, nem a paralisação das obras do PAC e do Minha Casa, Minha Vida. Para Dilson Ferreira, presidente executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas, “as mudanças no setor foram estruturais” e devem ser mantidas pelo sucessor de Lula. “Não foram mudanças circunstanciais”, disse. No entanto, empresários ressaltam que a relação com Serra foi mais complicada, sobretudo por medidas como a substituição tributária, adotada em São Paulo. “Nossa relação com o governo estadual foi muito difícil”, relatou Fox. “O que muda entre Dilma e Serra é a forma de dialogar. No Estado, não tivemos diálogo”, disse Conz.
Anonymous
13 de abril de 2010 - 23:10Querido amigo, Doutor Plinio Pinheiro,é normal as divergencias de cunho ideológico,honestamente sua réplica me conforta,entretanto,admitamos que a mesma regra da releição nao se aplica ao Governo do Estado de Sao Paulo,onde os tucanos ja dominam ha um bom tempo,não sei precisar os anos.Aumentemos nossas reflexões!Grande abraço.
Plinio Pinheiro Neto
12 de abril de 2010 - 23:00Caro Hiroshi.
Como a nota do blog era sobre a comparação que o Presidente Lula fez de seu Govêrno com o do Presidente Fernando Henrique, detive-me preponderantemente na importancia de quem está no poder, cumprir o seu papel para que a sequencia possa ser dada por quem vier depois e citei grandes obras de Governos anteriores que respaldaram o que o Presidente Lula fez em sua gestão.Por certo algo do que ele está fazendo, ajudará e muito o seu sucessor.Seja ele quem for.Quanto à candidatura José Serra, considero que ele já mostrou à saciedade o seu perfil politico, pois enfrentou várias eleições.O eleitorado já o conhece de sobra e ninguém pode dizer que votou nele por engano.Nele votará quem gostar de seu perfil.Já no que diz respeito à candidata Dilma, nos não a conhecemos.Conhecemos o que o Presidente Lula diz que ela é.E só!Sinto-me à vontade para fazer estes comentários porque sou adepto da alternancia no poder e repudio o continuismo, inclusive, a reeleição.Vejo com muita simpatia a candidatura da Senadora Marina Silva, que ao longo de sua trajetória política, tem sido, honesta, trabalhadora, humilde, respeitadora e cristã.Será algo de novo e com o cheiro de povo que o Presidente Lula tanto ressalta. Um abraço no Roberto Ruas a quem também admiro.
Anonymous
12 de abril de 2010 - 01:30Caro Hiroshi, com todo respeito e admiraçao que tenho pelo Doutor Plinio,ele sabe disso,ele trata o tema com uniteralidade politica,isso quer dizer: No que diz respeito a candidata Dilma Roussef,ele desenvolve com sua habilidade da escrita,tudo o que ela própria ainda pode fazer,é como se fosse a anunciaçao do quanto pior,melhor,oxalá caro mestre,descreva com sua maestria o que pensa sobre o candidato da oposição,seria razoavel,para meu entendimento,fazer juizo de valor do que pensa das forças politicas que ora disputam o comando politico do País.Grande abraço…Roberto Ruas
Plínio Pinheiro Neto
11 de abril de 2010 - 04:12Caro Hiroshy.
É extremamente necessário que os administradores saibam que o govêrno é uma sequencia e que cada um, quando está com a responsabilidade nas mãos, deve cumprir o seu papel, para que os outros possam dar seguimento cumprindo os seus. Só assim se alcança o progresso.Lula fez o seu papel e os outros serão obrigados a fazer o mesmo .Imaginemos se Lula tivesse que construir Itaipu, Tucurui, implantar Carajás, a Embratel, a Embraer, etc.. Ninguém é insubstituivel e quem vier depois deve sempre procurar ser melhor.Em tudo isso e ainda tão cedo, é triste assistirmos o agravamento da incontinencia verbal de nosso Presidente e temos certeza de que piorará muito até a eleição, pois ele não gosta de ser contrariado.Na verdade, Lula e só ele, tem um patrimonio eleitoral, que até o momento não encontra rival.Ele, reconhecidamente é maior do que o PT, pois teve dezenas de milhões de votos e o partido não o acompanhou, fazendo apenas cinco governadores e perdendo, ainda, o Rio Grande do Sul. No entanto, é preciso conscientizar-se, repito, de que ninguém é insubstituivel e sobretudo ter uma visão critica do quanto é dificil transferir votos para uma quase desconhecida. O Presidente tem feito um esforço sobrehumano tentando alavancar a candidatura Dilma.Tem usado toda a máquina, todo o seu prestigio e tem, tristemente, descumprido todas as leis eleitorais, ele, que ao tomar posse jurou cumprir a Constituição e as Leis do País e deveria ser o nosso exemplo maior nesse sentido.Como semi-deus atira-se contra todos os que se opõem ao seu intento de eleger a sua ungida.Na verdade, sejamos francos, ela ainda não existe.Ela é o que ele disser que ela é. Ela será o que ele puder fazer dela.Às suas custas, não chegará a lugar nenhum.Se ele parar de falar dela, ela desaparecerá em pouco tempo, pois não tem luz própria.Que a disputa seja boa e salutar para a democracia é o que todos esperamos.
petrelli
10 de abril de 2010 - 08:36Lula Conversa, Serra nao conversa e Dilma desconversa.
Chega de balela o candidato nao é o LULA e sim a Dilma.
Que apologia hipocrita!!!