A Igreja Católica agora é alvo preferencial da imprensa internacional.
Isso porque o vaticano demora em afastar Dom Alberto Taveira das funções do Arcebispado de Belém.
O caso, finalmente levado ao grande público por uma rede nacional de televisão, ganhou rapidamente espaços em outras emissoras de televisão do mundo.
As denúncias contra Taveira detalhadas na noite de domingo pelo programa Fantástico, da Rede Globo, podem se transformar numa grande chaga incurável, caso a questão não seja apurada com o máximo de agilidade.
A primeira medida a ser tomada deve ser o afastamento de Taveira, até as denúncias serem apuradas.
Se confirmadas, Papa Francisco terá a missão de expulsá-lo da Igreja Católica.
Denúncias de abusos sexuais nas entranhas da estrutura religiosa com maior fieis no mundo ainda é um tabu.
Quando se trata do tema envolvendo sacerdotes, observa-se haver menos cobertura da mídia e falta um debate público sobre o assunto.
O “Caso Taveira” é um exemplo.
Foi preciso o El País, imprensa de origem espanhola, repercutir a denúncia feita por ex-seminaristas, para o caso se tornar pauta de poucos veículos nacionais.
É mais uma lição que devemos aprender que esse longo silêncio pode pressagiar os maiores escândalos de abuso.
O Caso Taveira deve se modelar como esforço significativo para garantir que a Igreja Católica entregue à Justiça seu sacerdote, confirmadas todas as denúncias.
Não deixamos de reconhecer os esforços do Papa Francisco em combater, dentro de seu rebanho, aqueles que cometem crimes de abusos moral e sexual, mas é preciso pressa nas investigações, caso contrário será mais um caso da sobrevivência de predadores sexuais nas entranhas da Igreja Católica.