Algumas situações devem ser colocadas, diante da seriedade da matéria publicada no site Eco Amazônia.
Leiam trechos:
Dom Erwin (Kraütler – Bispo da Prelazia do Xingu) lidera pessoalmente as articulações de grupos indígenas em Altamira, está arregimentando os indígenas, insuflando as lideranças e passou a defender mais abertamente o uso da violência como forma de protesto contra o projeto. Em entrevista ao jornal paraense Diário do Pará, Kraütler disse que o derramamento de sangue pode não ser a melhor saída, mas avalia que a ação indígena é justa. “Ao defender Volta Grande, os Kaiapó estão defendendo o próprio futuro, a própria terra. O Xingu todo será sacrificado”, disse o religioso.
Logo após a liberação da licença, Kraütler foi à Brasília e se reuniu com o presidente do Ibama, Roberto Messias, para alertá-lo que os indígenas poderiam usar a violência. De volta a Altamira, o bispo passou a arregimentar ele mesmo as lideranças indígenas. Os índios começaram a chegar a Altamira na semana passada, mas pensavam que participariam de um protesto contra a falta de atuação da Fundação Nacional do Índio (Funai) na região e não de uma “guerra contra Belo Monte”.
As reuniões dos indígenas e entidades contrárias à Belo Monte geralmente são realizadas em uma chácara da Prelazia do Xingu fora da cidade, em um local conhecido como Betânia. Lá, segundo uma fonte que participou de uma das reuniões, os indígenas escutam de Dom Erwin e de outras lideranças que a terra deles será toda alagada, até os cemitérios irão sumir e que eles precisam lutar contra isso. Os índios são orientados a manifestarem radicalmente contra Belo Monte e a ameaçarem usar a violência.
Fonte do site ligada a uma das entidades envolvidas na ação, mas contrário aos seus métodos, revela que o objetivo é criar um clima de conflito na região. “Acho que eles querem insuflar os índios e ao mesmo tempo deixar as pessoas revoltadas com os indígenas. Querem criar um clima de guerra, pois avaliam que se morrer alguém na região – de preferência um indígena – é bem possível que Belo Monte não saia do papel”, disse a fonte, que pediu para não ter a identidade revelada.
(Para ler na íntegra, Aqui)
Voltando aqui pro blog, quais as situações?
Primeiro: será verdadeiro o teor das informações repassadas ao autor do texto, a ponto de um bispo, do alto de um dos cargos de mais alto grau da Igreja Católica, expor irresponsabilidades da extensão estabelecida na matéria?
Se a verdade estiver realmente resguardando a integridade do texto, Dom Erwin Kraütler está evangelizando totalmente à margem da lei, e pode, à reboque de radicais consequências de seus atos, responder criminalmente -, caso ocorra realmente “derramamento de sangue no Xingu”.
Se acaso, bispo e o autor da matéria (o site deve ser editado por uma equipe de jornalistas) pontuam exageros distintos, cabe alerta de que a história do Xingu – e tudo o que representa de bom ou de ruim a obra da hidrelétrica de Belo Monte -, deve ser construída de forma a atender as necessidades da maioria.
O fundamentalismo de ambas as partes é que não pode, jamais, prosperar no meio de indefesas aldeias indígenas e dos interesses maiores do mercantilismo urbano.
Anonymous
11 de fevereiro de 2010 - 15:29Caro anônimo das 10:30 de 10/02.
Erwin, o bispo do Xingú é austríaco. Substituiu o tio, que também foi bispo em Altamira. Erwin é é um homem preparado para o seu magistério. Desde a mais tenra idade. Sua família é uma das mais antigas da Europa. Integram, desde a idade média a aristocracia do velho continente. Aliás, Erwin vem de um condado milenar.Defende na sua pastoral o diálogo com a Eletronorte, que até agora, não disse e nem mostrou onde as águas chegarão. Vão atingir minoriasindígenas e milhares de pessoas humildes em Altamira que não sabem para onde irão. O bispo do Xingú merece todo respeito dos paraenses, da mesma forma que inspira respeito nas esferas mais cultas do Vaticano e das universidades européias, pela sua seriedade.
Anonymous
10 de fevereiro de 2010 - 13:30E o bispo belga(ou francês,sei lá) continua se metendo nos assuntos que brasileiros e paraenses não são capazes de resolver. É mole ??
Anonymous
10 de fevereiro de 2010 - 11:56Hiroshy,
Seum Brasileiro,em terras estrangeiras fizesse o que esse Bispo, faz aqui no Brasil,com certeza, já teria sido preso ou expulso. Éum Absurdo, defender o uso da violência, como forma de resolver os problemas.
João Costa.
Hiroshi Bogéa
9 de fevereiro de 2010 - 21:1117:52, não sei se o Diário silenciou à época dos fatos relatados – tempo em que eu residia em outro Estado. Só que o seu comentário caminha pelo mesmo descaminho que originou o post: a politização de Belo Monte. Tanto em 1983, como agora, você inclui o Jader no meio do bispo. Menos, parceiro!
De verdade, o projeto da hidrelétrica foi bastante alterado e a obra é necessária ao país. Precisa ser construída, sem sangue, sem partidarismo, sem politização. Abs
Anonymous
9 de fevereiro de 2010 - 20:52Para refrescar a memória dos leitores do teu blog. O mesmo bispo do Xingu foi alvo de violência da Polícia Militar, por ocasião da desobstrução da ponte sobre o rio Pacal, na Transamazônica, no primeiro semestre de 1983. O governador da época era Jader Barbalho. O Diário do Pará silenciou diante dos protestos das pessoas e entidades que se solidarizaram com dom Erwin Krautler. Agora é o Diário do Pará quem dá o maior embalo ao bispo que não aceita o resultado das audiências públicas e quase 21 anos de negociações para finalmente a hidrelétrica sair do papel. Nesses mais de 20 anos o projeto foi bastante alterado para não causar os impactos previstos no projeto inicial chamado Kararaô e Babaquara. Mas isso parece pouco. Tem gente querendo sangue.