O desenvolvimento econômico do Pará tem aumentado as possibilidades de investimentos em setores produtivos, como é o caso da agricultura, que se amplia cada vez mais nos municípios centrais – Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel, por exemplo.
A principal fonte de investimentos no agronegócio é o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), operado pelo Banco da Amazônia há três décadas e responsável por alavancar muitos negócios.
Quase 60% de seus recursos, por exemplo, são resguardados aos segmentos de menor porte.
No ano passado, foi investido pela instituição, em todo o Pará, R$ 1,5 bilhão em empreendimentos rurais, contra os R$ 911,5 milhões em 2018, o que representa um crescimento de 39% nos investimentos.
Além disso, 45% de tudo que é aplicado pelas instituições financeiras no setor rural paraense vêm do Banco da Amazônia.
De acordo com o superintendente regional do Pará e Amapá do órgão, Luiz Lourenço, existem várias formas de acessar os recursos do FNO na área rural.
Por exemplo, há linhas de crédito de custeio, que fornecem os produtos que o agricultor precisa em seu dia a dia, como insumos e sementes.
“É um crédito que age como um capital de giro para o produtor. Enquanto uma empresa gira o que ela vende, esse trabalhador vai girar sua produção”, explicou.
Há também as linhas de crédito de investimentos, que oferecem os implementos agrícolas, além de atividades voltadas para o reflorestamento. De modo geral, o investimento é em longo prazo e o custeio é em curto prazo, segundo Lourenço. O primeiro teve crescimento de quase 50% em 2019, enquanto o segundo teve alta de mais de 25%.
Para ter acesso a uma dessas linhas, o cliente precisa ter uma conta corrente e, em seguida, deve apresentar um projeto para investimento ou acessar o custeio.
O banco, então, fará uma análise de crédito, em que um técnico do banco vai até a propriedade avaliar. Com esses dados, o banco dá um limite de crédito para o produtor.
Os trabalhadores ainda podem tentar acesso às linhas de crédito do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que envolvem o cultivo de açaí, cacau, mandioca e outros alimentos.
Fora do FNO, há o giro do produtor rural, cujos recursos podem ser utilizados como o agricultor quiser. Além disso, é possível “casar” o pagamento com a receita.
Esses pequenos produtores também contam com o apoio e atendimento direto da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).
O acompanhamento da empresa, há mais de meio século, permite capacitações constantes, visita técnica semanal e crédito rural.
O atual contrato de crédito é de R$ 4 mil, pela linha B do Pronaf, em parceria com o Banco da Amazônia.