A previsão de chuvas para os três primeiros meses deste ano no Pará apresenta índices abaixo da média dos anos anteriores. No dia a dia, o reflexo desse aquecimento no clima é visível, por exemplo, nas atividades econômicas e em mudanças climáticas bruscas, como a seca no Marajó.
O fenômeno climático El Niño é apontado como responsável pelo aquecimento das águas oceânicas e tem causado a redução de formação de chuvas, principalmente no Nordeste do Pará e região do Marajó. A informação é da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), que integra a Rede de Previsão Climática e Hidrológica do Pará, composta ainda pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e tem a coordenação da Universidade Federal do Pará nas reuniões que ocorrem mensalmente.
A temperatura das águas oceânicas é, em média, de 26°C e desde dezembro de 2009, o aquecimento atinge 2,5°C acima deste patamar – 28,5°C. “O El Niño nada mais é do que o aquecimento anormal das águas, acima da média, na região do oceano Pacífico equatorial”, resume o meteorologista da Diretoria de Recursos Hídricos (Direh), da Sema, Paulo Guimarães. Ele explica também que essa temperatura deve voltar à normalidade a partir do mês de abril e que as condições climáticas têm impacto direto na socioeconomia do Estado, incluindo agricultura, pecuária, transporte e outras atividades.
Previsão climática mensal – Chuvas
Janeiro: Chuvas abaixo do normal no Nordeste, região do Marajó e Baixo Amazonas. Acima do normal apenas na porção Sul; e dentro do normal nas demais áreas.
Fevereiro: Chuvas permanecerão abaixo do normal no Nordeste, região do Marajó, Baixo Amazonas, além de parte do Oeste. Dentro do normal nas demais áreas.
Março: Chuvas ainda deverão ocorrer abaixo do normal na Calha Norte, região do Marajó e Nordeste paraense. A precipitação ficará dentro do normal no Centro-Sul do Estado.
Fonte: Secom/Sema
Alberto Lima
9 de janeiro de 2010 - 18:00Então é só criar o estado de Carajás!
Assim, a chuva cairá só no que restar do Pará, né??
Esse é, como outros, uns dos sólidos motivos da emancipação, né?