Num grande ato em defesa da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) a sociedade marabaense se uniu durante dezenas de manifestações artísticas e culturais realizadas na sexta-feira, 13,, nas três unidades do Campus Marabá.
Pela manhã, no Bloco Central da Unidade III, no bairro Cidade Jardim, a programação contou com a apresentação do Coral Unifesspa.
Muito aplaudido e seguido pelas inúmeras pessoas presentes, o coral cantou três músicas emblemáticas “É preciso saber viver” da banda Titãs, “Caminhando e cantando” de Geraldo Vandré, e “O trono do estudar” de Dani Black.
Houve ainda a apresentação da aluna do curso de Artes Visuais da Unifesspa Yane Lilázia Moreno que dançou carimbó ao som da música “Queimadas”.
A dança regional Yaguara foi muito aplaudida e representa essa resistência por parte dos estudantes da instituição. Também se apresentou voluntariamente Liu Pocker, com a arte da dança de rua e a estudante Carol, com poesia.
À tarde, o ato prosseguiu com mais atividades na Unidade II, na Folha 17, com mais manifestações de apoio da comunidade e apresentações artísticas do poeta Trevo Pinheiro, Gabriel Bentes (voz e violão) e novamente apresentações de Meury e Zakai e Coral Unifesspa.
A grande manifestação continuou à noite, desta vez na Unidade I da Campus Marabá, na Folha 31. O público compareceu e prestigiou as apresentações de Rodrigues Silva, Cia de Dança Yaguara, Bertim di Carmelita, Letícia Portela, Lanara Moreira, Tom Gonçalves, além do Coral Unifesspa, que fez a abertura da programação noturna.
Desde o mês de maio, quando foi anunciado o primeiro corte, a Unifesspa vem enfrentando dificuldades para manter as atividades de ensino, pesquisa e extensão.
O pró-reitor de Extensão e Assuntos Estudantis, Diego Rodrigues, falou sobre a importância do ato em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade, tendo em vista que é um direito de todos, conforme garantido pela Constituição e lembrou que a Unifesspa tem contribuído muito com o desenvolvimento da nossa região.
A aluna Bianca Werônica Sousa Barbosa, atual coordenadora-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE/Unifesspa) disse que toda a comunidade acadêmica vai lutar para que a Unifesspa não feche suas portas e ela acredita que esse momento difícil só vai fortalecer a todos.
O presidente do Sindicato dos Docentes da Unifesspa (SindUnifesspa), Rigler Aragão, destacou que o momento que a Unifesspa vive é crítico e perguntou: “Não só o patrimônio público está sendo atacado, mas a educação plural, democrática e diversa do nosso país. Precisamos continuar lutando pela educação pública, tendo em vista que 70% dos nossos alunos vêm das classes populares. Essa Universidade é nossa, vamos lutar por ela”, disse.
“Este ato diz muito da nossa existência porque estamos aqui para discutir quais caminhos queremos seguir. Precisamos fortalecer a nossa solidariedade. Estamos defendendo a democratização do acesso ao ensino público, gratuito e com menos desigualdades sociais”, pontuou a vice-reitora Idelma Santiago