A boa notícia é contada pela jornalista Aline Miranda:

 

Mulheres do assentamento federal Assurinim, em Altamira, na Transamazônica, aprenderam, em uma oficina de processamento de frutas promovida pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), a transformar o cacau, a acerola, a jabuticaba e a manga dos quintais das suas propriedades em licor e geleia.

Por questão cultural, os pomares se desperdiçam cotidianamente; as famílias não consomem, nem comercializam a contento, tanto in natura, quanto de forma beneficiada.

“As técnicas orientadas foram todas artesanais, de aproveitamento integral das frutas: casca, semente e polpa. O objetivo é segurança alimentar, geração de trabalho e renda, valorização da mulher rural e o fortalecimento da cultura amazônica. Para se fazer um litro e meio de licor, por exemplo, usa-se um quilo de polpa de fruta e gasta-se um dia de trabalho. O lucro, sobre o consumidor final, pode chegar a 50% por cento, considerando-se a venda aqui na região da Transamazônica”, contextualiza a técnica social da Emater Raimunda Botelho, ministrante da oficina.

A capacitação aconteceu no Sítio Espanhola, da agricultora Aparecida Espanhola, na comunidade Bom Sossego II. A agricultora já produz vinho de jabuticaba, com grande aceitação no mercado.