Finalmente, o Superior Tribunal de Justiça – órgão que agrega os 15 ministros mais antigos do tribunal e julga as matérias relativas a governadores de estado -, levou a julgamento, nesta quarta-feira, 19, ação penal contra o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), que envolvia fatos ocorridos entre 2002 e 2003, mais precisamente o que ficou famoso “Caso Cerpasa”.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal foi rejeitada por 12 votos a 1.
Na denúncia oferecida contra o governador, o MPF informa que em 2003 houve a sanção de uma lei estadual permitindo o perdão parcial de dividas tributárias da Cervejaria Paraense, a Cerpa.
De acordo com a denúncia, dois homens de confiança de Jatene, Orlando Tocantins e Ramiro Bentes, teriam mantido conversas com o dono da cervejaria ainda em 2002, quando o governador ainda era candidato.
Ramiro Bentes, em nome de Jatene, teria solicitado R$ 5 milhões ao dono da Cerpa. A costura entre os assessores e a cervejaria teriam, segundo o MPF, resultado na edição de decretos homologando a remição dos débitos da fabricante de cervejas.
Antes do julgamento ontem da ação, pela Corte, mais precisamente em abril deste ano, o ministro Napoleão Nunes Maia, relator no Superior Tribunal de Justiça (STJ) da ação penal, havia rejeitado a denúncia, alegando que as provas apresentadas pela acusação não levavam indícios de que o governador do Pará teria concorrido para a prática dos fatos investigados.
“Um exame detido do inquérito não indica que o governador do estado nem mesmo quando era candidato tenha participado da supostas reuniões que teriam decidido pela remição tributária. Não há nenhuma prova sobre isso”, sustentou.
Ontem, a ação foi sepultada pelo STJ.
pedro paulo virgolino de sousa Masculino esmerlda henderson de sousa
21 de setembro de 2018 - 13:18TJ e MP como sempre beneficiando a tucanalha. Uma vergonha.
Luis Sergio Anders Cavalcante
20 de setembro de 2018 - 15:49Sr. Hiroshi, Como não havia as tais provas cabais inocentaram Jatene. Falhas em processos dessa monta resultam nisso. Por essas e outras a Justiça brasileira torna-se cada vez mais desacreditada. Justiça que tarda é falha. Gostaria de relembrar o caso Celpa em 1.998. Governador Almir Gabriel tornou Jatene principal articulador para vender a empresa. Então, o Sindicato dos Urbanitarios do Pará, havia contratado uma empresa que fez estudo e apresentou avaliação da Celpa em quase RS 800 milhões de reais. Jatene, com aval do falecido Gabriel, venderam a empresa para o Grupo Rede por menos da metade do valôr de referência(valôr simbólico RS 1,00) o qual, pagou o principal com dinheiro do povo(BNDES). Será que Jatene, nesse caso(crime de Lesa pátria) tambem seria absolvido ? Pelo visto, sim. Porquê teve tambem o aval(maioria) da ALEPA. 20.09.18, Mba.-PA.