Quase não nos vimos. Mas quando há reencontros, nos sentimos bem falando de tudo, conversando sobre política, os sonhos dela na política – quase inatingíveis porque ela (a amiga), às vezes, quer ir mais além, no sentido salvar o mundo.
Ou as coisas mais importantes desse mundo, quando se pensa e se sente a desgraça alheia.
Neste fim de semana, recebi dessa pessoa maravilhosa, um email, que reproduzo a seguir.
(Como a conheço, imagino o tipo de “momento” em que ela estava “vivendo” pra se confessar assim, desnuda, certamente querendo alguém por perto pra conversar.)
Oi, meu amigo,
Ao ler este texto me lembrei de você!
Quando leio o seu Blog (leio sim), admiro a sua capacidade de transmitir em um texto a sua sensibilidade ao traduzir a sua emoção e provocar a nossa!
Publique, se quiser, mas não cite o meu nome. Será um segredo nosso. Muitas pessoas não acreditam que pessoas públicas possam ter carinho umas com as outras. Beijo.
Esquinas
Djavan
Só eu sei
As esquinas por que passei
Só eu sei só eu sei
Sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar
Sabe lá
Sabe lá
E quem será
Nos arredores do amor
Que vai saber reparar
Que o dia nasceu
Só eu sei
Os desertos que atravessei
Só eu sei
Só eu sei
Sabe lá
O que é morrer de sede em frente ao mar
Sabe lá
Sabe lá
E quem será
Na correnteza do amor que vai saber se guiar
A nave em breve ao vento vaga de leve e trás
Toda a paz que um dia o desejo levou
Só eu sei
As esquinas por que passei
Só eu sei
Só eu sei
E quem será…Na correnteza do amor…
Continua minha amiga, em seu email:
Esta música de Djavan (que o blog posta em homenagem a ela) me toca profundamente e o texto a seguir é muito interessante!!!
Martha Medeiros
Estamos todos no mesmo barco.
Anos atrás, a cantora “Marina Lima” compôs com o seu irmão, o poeta “Antônio Cícero”, uma música que dizia:
As festas em outros apartamentos, são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias.
Os notáveis, alardeiam muito, suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então, fica parecendo que todos estão comemorando, grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora, não está tão animada assim!
Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho, não é mais verde, coisíssima nenhuma.
Estamos, todos, no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também, motivos para se refugiar no escuro, alternadamente……
Nesta era, de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo, achar que a vida da gente tem graça.
Ou será, que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores?
Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige?
Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola, cada vez que você sai de casa?
Estarão mesmo, todos, realizando um milhão de coisas interessantes, enquanto só você, está sentada no sofá pintando as unhas do pé?
Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista…
“As melhores festas, acontecem dentro do nosso próprio apartamento”.
Anonymous
22 de setembro de 2009 - 09:38Parabens pela simplicidade do texto em resumir a nossa realidade!
Parabens a autora e a voce, caro Hiroshi, por transformar o nosso dia de cão em festa!É isso mesmo!
Hoje, terei um dia fantástico!