Enquanto o Congresso Nacional senta a bunda no projeto de Lei Complementar 122/06, postergando a criminalização da homofobia, somos obrigados a ler na imprensa coisas do tipo:
– Homem que tem ciúme do outro é viadagem. E eu não trabalho com homossexual, não tenho viado no meu elenco. Eu trabalho com homem.
A declaração é do técnico do Goiás, Hélio dos Anjos, homófobo padrão dos gramados, reforçando o cenário de forte preconceito existente no meio futebolístico.
Assim como entre os evangélicos, a maioria dos profissionais do chamado “esporte pra machos” está sempre a fazer declarações similares. E aí entram, salvo as sempre aplaudidas exceções, jogadores, treinadores, área jornalística especializada, e, o que é pior, a torcida.
Agora mesmo em julho, o Mineirão foi palco de outro vergonhoso caso de homofobia no futebol brasileiro, quando o jogador do São Paulo Richarlyson, nem bem entrou em campo, tornou-se alvo da torcida do Atlético MG que passou a chamar o jogador de ‘bicha’ em todos os lances ou faltas em que ele se envolvia.
Poucos veículos, raros até, repercutiram o caso como deveria. Alguns radialistas trataram a questão como “paixão clubística” de torcedor.
É o caso de considerar que a mídia esportiva no Brasil rejeita o racismo, tolera a homofobia e incentiva a xenofobia.
Não há outra explicação
Hiroshi Bogéa
23 de setembro de 2009 - 13:0810:52PM, realmente, é perjorativo (sic). É perjorativo. Eh eh eh
Anonymous
23 de setembro de 2009 - 01:52Chamar alguém de homofóbico e principalmente generalizar também é preconceito e discriminação. É perjorativo.
eloy borges
23 de setembro de 2009 - 00:54Narinas acostumadas ao fedor talvez não consigam sentir o cheiro das flores. Homofóbicos, cistãos ou não, não conseguem ver humanidade na diferença. O nazismo nos mostrou isso.
Anonymous
21 de setembro de 2009 - 19:11Nós cristãos temos a Bíblia como o Livro da Verdade. E Biblicamente o homossexualismo é uma prática condenável e ilícita sim.
Os homens no entanto fazem o que lhes parece ser lícito. No entanto, a ilicitidade não é opinião geral.
Nas regras da sociedade dos homens, ser contra o homossexualismo é preconceito.
Ser contra não significa propriamente pensar-se em extermínio. Ser contra diz-se apenas que a pessoa não concorda e não pratica.
E assim como é uma opção de alguém ser homossexual, é opção de outrem ser heterossexual.
E no quesito desrespeito e ofensa os homossexuais não ficam muito atrás. Sem contar que querem ser os donos da verdade.
Tempos atrás vi na TV a declaração de um médico que se declarava para toda a cidade ser homossexual. Ele nesse dia estava travestido de mulher numa festa alusiva às suas opções. E sem mais nem menos saiu disse de que no fundo no fundo, todo homem é gay. Opinião dele, que o mesmo deveria analisado antes de falar, já que ele afirma que todos os heteros são gays.
Assisti isso pela TV e fiquei indiferente apenas. Não fui pedir a fita para processá-lo nem fui a nenhum meio de comunicação emitir alguma nota de repúdio ou fazer alarde.
Cada um de nós escolheu ser o que é. Então que suportemos as consequências das escolhas. O preconceito, discriminação, existe em todo meio.
PARA REFLEXÃO: Quando o cara negro ou homossexual é rico, isso não existe. Não é?
Até tenho alguns amigos e amigas que são homos e temos mantido o respeito pela opção que cada um fez.
Como disse antes: a mim isso não cheira nem fede.
Hiroshi Bogéa
21 de setembro de 2009 - 13:07Laércio, a "generalidade" aqui ofende a quem está alheio (ou desinformado?) aos movimentos dos chamados líderes evangélicos, que sempre se articularam nos corredores do Congresso Nacional, além de organizarem passeatas pelo país, contra a aprovação do PLC que criminaliza a homofobia. Ou apenas você desconhece que os maiores defensores da homofobia neste país de meu deus sao exatamente essas igrejas formadas por picaretas?
Aqui e alhures, sempre defenderei a seriedade e os grandes serviços sociais que os luteranos e as congregações Batista prestam não apenas a brasileiros, mas em muitos outros países.
Não é boa causa, para um jovem formador de opinião como você, vir aqui defender essa corja e apontar preconceito em quem não aceita isso.
Laércio Ribeiro.
19 de setembro de 2009 - 19:31Com todo respeito que tenho pelo poster, a frase de introdução do 4° parágrafo da nota, que diz: "Assim como entre os evangélicos", é um tanto quanto maldosa. A generalidade aí patenteada ofende tanto quanto qualquer tipo de preconceito.
Um abraço.
Laércio Ribeiro.
Anonymous
19 de setembro de 2009 - 16:33Pra mim quem é GLS não cheira nem fede. Tô no meu espaço e eles no deles. Não invado o deles e eles não invadindo o meu vamos continuar assim, indiferentes.
Mas diante do que pode acontecer nesse país, não seria melhor que o Congresso ao invés de votar essa Lei Complementar 122/06, votasse pela criação de mais unidade da federação somente para quem é GLS e afins?
Assim só moraria naquela unidade quem reamente tivesse algo a ver ou fosse simpatizante. Entende?
E os que não simpatizam seriam poupados da execreção.
telmachristiane
19 de setembro de 2009 - 15:42Hiroshi, eu li isso ontem e também achei um absurdo, realmente isso é um caso de polícia, se quando o torcedor xinga o adversário de preto, macaco, abrem processo, a torcida é punida e o time perde o mando de campo ( o que eu acho, certíssimo ), então, pq não fazer o mesmo quando gritam "bicha" "viado", não é o mesmo crime? Ah eu tinha esquecido, futebol é para "machos".
Um bom de fim de semana pra ti.