Enquanto em Marabá começa quente a discussão sobre uma possível estadualização do Hospital Materno Infantil, Parauapebas retoma a discussão sobre a entrega do Hospital Geral a uma “Organização Social”, empresa especializada em gerenciar unidades de saúde e outros serviços públicos.
Na manhã desta terça-feira (27), no auditório do Centro Universitário de Parauapebas, representantes da Secretaria Municipal de Saúde, do Ministério Público e da Secretaria Estadual de Saúde, receberam autoridades, organizações da sociedade civil e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) para debater a nova forma de gerência do HGP.
Os argumentos a favor são os de sempre: economia de recursos humanos e financeiros e melhoria na agilidade para aquisições de produtos e contratação de serviços. As experiências bem-sucedidas nos Hospitais Regionais, terceirizados pelo Governo do Estado, são usadas como exemplos de que a terceirização é capaz de melhorar a qualidade dos serviços públicos de saúde.
Mas, essas alegações não parecem comover os servidores e médicos representados pelo Sinseppar que sempre lembram as péssimas experiências com Bem Viver e GAMP, duas OS que recentemente tornaram ainda pior o serviço público de saúde em Parauapebas, segundo os sindicalistas.
Desde a aprovação da Lei das OS pela Câmara Municipal, o Sinseppar vem se mostrando contrário à terceirização. Neste mês de março, depois de manifestações públicas, a Secretaria Municipal de Saúde aceitou discutir de forma mais ampliada a medida e oferecer detalhes da proposta, principalmente no que se refere aos valores envolvidos e como se daria a contratação de pessoal.
A expectativa de usuários e trabalhadores da Saúde é que a discussão prossiga e que nenhuma medida efetiva visando a terceirização aconteça pelos próximos seis meses, apesar do prefeito Darci Lermen ter afirmado reiteradas vezes que o processo é irreversível.