José Saramago, Nobel de Literatura, sobre o twitter:
– A tendência para o monossílabo. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido.
Comments (5)
.
29 de julho de 2009 - 21:58
Brilhante. Mas talvez ele não saiba que o grunido do twitter é, na maioria dos casos, apenas para chamar atenção para coisas mais complexas, que podem ir de blogs a artidos cientificos. Basta ser um "grunido" com link.
É sempre bom prestar atenção no que dizem pessoas como Saramago. No caso, ele é exatamente o contrário, com seus infindáveis parágrafos. Mas talvez ele não saiba que muitos dos que estão no Twitter também escrevem bons textos – como você faz aqui todos os dias – e não descerão ao grunhido só por isso. Mas não deixa de ser preocupante essa novilíngua que domina certos escaninhos da Web e das comunicações por telefones celulares. Mas esse é um problema pré-existente. Antes havia a novilíngua dos surfistas, por exemplo, com seu escasso vocabulário de umas poucas dezenas de palavras. Suficientes para a comunicação entre os da mesma tribo. Só. Mas Saramago não ignora a força comunicativa e a beleza de um haikai. Penso que há espaço para coisas boas – e até para a sabedoria – tanto na prolixidade saramaguiana quanto na concisão e minimalismo milloriano (nosso grande mestre do haikai). E quem grunhir na web, grunhiria de todo modo fora dela.
.
29 de julho de 2009 - 21:58Brilhante.
Mas talvez ele não saiba que o grunido do twitter é, na maioria dos casos, apenas para chamar atenção para coisas mais complexas, que podem ir de blogs a artidos cientificos.
Basta ser um "grunido" com link.
Anonymous
29 de julho de 2009 - 18:12hahahaha, mas que foi uma tirada muito boa isso foi
Hiroshi Bogéa
29 de julho de 2009 - 11:50Querido Alencar, seu comentário, em verdade, é um post. Já tá lá. Na ribalta, como imortalizou aquele espaço – nosso eterno Juva. Abs
Adir Castro
29 de julho de 2009 - 01:22Uma grande verdade.
Nada contra a tecnologia e ao que é novo e possa otimizar a vida da gente. Só não podemos é esquecer de quem somos.
Com essa grafia usada na rede mundial de computadores, daqui a pouco ninguém sabe mais escrever sequer o próprio nome completo.
JOSÉ DE ALENCAR
29 de julho de 2009 - 01:07Meu caro Hiroshi.
É sempre bom prestar atenção no que dizem pessoas como Saramago.
No caso, ele é exatamente o contrário, com seus infindáveis parágrafos.
Mas talvez ele não saiba que muitos dos que estão no Twitter também escrevem bons textos – como você faz aqui todos os dias – e não descerão ao grunhido só por isso.
Mas não deixa de ser preocupante essa novilíngua que domina certos escaninhos da Web e das comunicações por telefones celulares.
Mas esse é um problema pré-existente. Antes havia a novilíngua dos surfistas, por exemplo, com seu escasso vocabulário de umas poucas dezenas de palavras. Suficientes para a comunicação entre os da mesma tribo. Só.
Mas Saramago não ignora a força comunicativa e a beleza de um haikai.
Penso que há espaço para coisas boas – e até para a sabedoria – tanto na prolixidade saramaguiana quanto na concisão e minimalismo milloriano (nosso grande mestre do haikai).
E quem grunhir na web, grunhiria de todo modo fora dela.