Luiz Flávio, coordenador da equipe da secretaria estadual de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia responsável pela auditagem realizada em seis usinas siderúrgicas de Marabá, retornou a Belém com uma convicção: os usineiros não investiram até agora em reflorestamento porque nunca levaram isso a sério. Pior: os lucros que obtiveram ao longo desses anos superaram todos os prognósticos sem que houvesse, paralelamente a isso, o mínimo de preocupação com cuidados ambientais.
Ele diz ser uma “falácia” o discurso de que a 60% da economia de Marabá depende do Distrito Industrial.
ROBERTO SALAME FILHO
29 de março de 2007 - 22:01Boa Noite Hiroshi!!
Não vejo a questão siderúrgica em Marabá como bipolarizada.
Não se trata de fechar as Siderúrgica tampouco de permitir a agressão ambiental desenfreada.
A discussão tem essência econômica, como tudo no mundo capitalista.
A exploração das riquezas naturais é um fator hitórico de exploração pelo homem, mas, conteporaneamente vem revelando sua importância no faturamento e no balanço financeiro das grandes empresas.
Tanto é que o Brasil sofreu recentmente representação na Organização Mundial do Comércio por conta da produção do gusa sem respeitar a condicionante ambiental.
Portanto, acredito que somente atendido o viés econômico que a produção de carvão vegetal se sustentará.
Não é possível o reflorestamento no Pará com a estrutura fundiária que aí está, com a precariedade dos títulos de propriedade.
O INCRA e o ITERPA têm que entrar nessa discussão.
Nenhum investidor – siderúrgico ou não – em sã consciência financeira (eles só pensam assim) investirá em reflorestamento – que requer altos valores – enquanto a legislação federal permitir o plantio somente em 20% de área de terra, preservando o restante.
O governo federal também tem que entrar nessa discussão.
Não se trata de fechar ou manter como está…
ROBERTO SALAME FILHO
hiroshi
26 de março de 2007 - 14:54Caríssimo Pontes, obrigado pela retribuição.
Suas colocações são oportunas e, como sempre, lógicas. Luiz Flávio, da secretaria de Desenvolvimento, e Tecnologia, garante que a contribuiçao das guseiras para o PIB de Marabá é da ordem de 10%. Seu comentário está sendo realçado em post.
Volta sempre, deputado.
Abs
Parsifal Pontes
26 de março de 2007 - 03:32Olá Hiroshi,
Primeiro agradeço o link que você fez a minha página. Já retribui a gentileza, com um link para o seu blog.
O assunto das guseiras precisa ser discutido e entendido de um ponto de vista mais amplo, sem restringir a defesa das mesmas à geração de emprego puro e simples, sem alcançar a qualidade e a sustentabilidade deste emprego e sem centrar o ataque no estrago que o redutor, o carvão, está causando no meio ambiente, aí contextualizada a saúde pública, pois, em municípios como Tucuruí, Breu Branco, Goianésia e Jacundá, só para exemplos, o ar é de péssima qualidade devido às carvoeiras.
No meu artigo desta semana, abordo o tema.
Ou os empreendedores mudam o método e o Estado muda a lógica, ou, de fato, os dois lados perdem.
É preciso que todos entendam que há uma agenda ambiental a ser cumprida através de uma legislação a ser respeitada e que não é impraticável em sua implementação.
De, fato, um município com o perfil econômico de Marabá, e uma região como é o meso sudeste, não têm 60% da sua economia adstrita às siderurgicas. Elas são apenas um componente no produto interno da área, que não deixa valor agregado maior que 10 a 15% daquilo que movimentam. Falar em mais que isto é incorrer em equívoco ou apenas repetir a falácia de político quando vai contar a quantidade de pessoas que tinha em seu comício: aumenta, e às vezes inventa.
Um abraço,
Parsifal Pontes
Anonymous
26 de março de 2007 - 01:49Koma, voce está certo. Eu acho que os empresários de Minas e de outros estados sao os que mais criam probelmas nessa ordem ambiental. Pelo que leio nos jornais os dois grupos dee Marabá (Revemar e Leolar), estao começando do começo: com projeto de reflorestamento e exigindo a origem do carvão a ser consumido.
Como você diz, os de fora podem ir embora que nao farao falta.
Antonio Carlos Ribeiro
Koma
25 de março de 2007 - 16:15É este “tipo de gente” como o comentarista das 10:54 que construiu o monstrengo que é o Di de Marabá.
Pudera, não sabem trabalhar dentro da lei. Só ganhar rios de dinheiro.
Pois está acabando.
Já teve engaiolado, tem usina fechada, tem outras desistindo de vir.
Mudem-se para o Maranhão, levando atrás os que de lá saíram.
Passem fora!
Val-André Mutran
25 de março de 2007 - 14:46O Luiz apresentou a fonte em que baseia a tal informação.
Falar é fácil.
Ei Luiz! Apresente a fonte.
Anonymous
25 de março de 2007 - 14:23O senhor blogueiro continua fazendo campanha contra o Distrito Industrial de Marabá, certamente a serviço de grupos que nao querem ver o desenolvimento da cidade. E ainda se ejecta a sair dizendo nas colunas de jornais ser “marabaense de nascença”. Vai ser amante de Marabá assim lá na caixa prego!
Anonymous
25 de março de 2007 - 13:54Quando eu entro nesses blogs que vejo esse tipo de comentários sinto tristeza diante de tantas barbaridades. Onde já se viu defender o fechamento de um Distrito Indutsrial que gera renda, emprego e movimenta toda uma regiao em torno de uma atividade…
Com gente desse tipo, dá para imaginar o quanto sub-desenvolvido será sempre este Estado do Pará.
Anonymous
25 de março de 2007 - 13:12Meu marido trabalha numa siderurica de Maraba mas nós sempre comentamos sobre o aumento da devastaçao com a chegada dessas industrias. O governo precisa mesmo tomar providencias.
Anonymous
25 de março de 2007 - 12:34Sempre achei esfarrapada a desculpa de preservação do emprego que os guseiros procuram dar para justificar a destruição de nossas matas. Ganham mundos de dinheiro e não plantam um pé de árvore.
Eu apoio o fechamento de todas as usinas
Fátima Lince Maia