Observadores internacionais que estiveram acompanhando a eleição da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela emitiram, no final da tarde desta segunda-feira, 31, Declaração sobre o que constaram durante o pleito.
A seguir, na íntegra, nota assinada por 34 observadores de dezenas de países:
DECLARAÇÃO DOS E DAS ACOMPANHANTES INTERNACIONAIS PARA A ELEIÇÃO DA ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE DA REPÚBLICA BOLIVARIANA DA VENEZUELA
Nós, os e as acompanhantes internacionais assinantes, que vieram de diversas latitudes do mundo, e fomos à eleição da Assembleia Nacional Constituinte, convidados pelo Conselho Nacional Eleitoral, fazemos um apelo para pedir respeito à decisão soberana e ao direito à autodeterminação do povo da Venezuela, expressados na eleição da Assembleia Nacional Constituinte. Nesse sentido, declaramos:
- A eleição da Assembleia Nacional Constituinte foi convocada em 1 de maio de 2017 legal e legitimamente, pelo Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, baseado na atribuição constitucional estabelecida no artigo 348 da Carta Magna. Por isso, esta eleição está totalmente fundamentada no ordenamento jurídico venezuelano, reafirmando o princípio universal do exercício da soberania dos povos e obedecendo à Carta das Nações Unidas.
- Os venezuelanos e as venezuelanas, exercendo seu direito constitucional à participação política, estabelecido no artigo 62 da Constituição, concorreram -de maneira cívica e pacífica- para exercerem seu direito ao voto, em uma eleição livre, universal, direta e secreta, como foi estabelecido no artigo 63 da Constituição Bolivariana.
- Reconhecemos que este ato democrático, mediante o qual foi eleita a Assembleia Nacional Constituinte, é um indubitável e inalienável exercício da soberania nacional. O povo venezuelano defendeu a paz, a pesar das ameaças e das ações intervencionistas do governo dos Estados Unidos da América e de seus aliados.
- Na eleição da Assembleia Nacional Constituinte, através de um processo inclusivo e transparente, serão eleitos 545 representantes, como expressão do exercício do poder originário da Venezuela, que elaborarão uma nova Constituição que será devidamente referendada.
- As e os Acompanhantes Internacionais certificamos que as instituições competentes do Estado garantiram que as e os eleitores comparecessem aos centros de votação, em todo o território venezuelano, para exercerem seu legítimo direito ao voto.
O Conselho Nacional Eleitoral, órgão reitor e autônomo do Poder Eleitoral venezuelano, outorgou -com legitimidade e transparência- plenas garantias à população para o exercício do voto secreto com confiabilidade no processo de transmissão e de verificação dos dados, através do seu sistema eleitoral passível de ser auditado em todas as etapas e cuja transparência foi provada nas 20 eleições nacionais precedentes.
- Fomos informados que setores antidemocráticos desataram, antes da eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, ações violentas e terroristas. Além disso, durante o processo eleitoral do dia 30 de julho de 2017, também recorreram a essas deploráveis ações, embora fosse em pequenos espaços do país, com o intuito de intimidar e aterrorizar a população, tentando sabotar o processo eleitoral. Essas ações são, sem dúvida nenhuma, condenáveis.
- As e os acompanhantes internacionais constatamos a importante participação das venezuelanas e dos venezuelanos desta eleição da Assembleia Nacional Constituinte, demonstrando claramente seu espírito democrático e pacífico.
- É condenável a gigantesca e distorcida campanha mediática internacional, voltada contra a democracia venezuelana, cujo objetivo é criar condições para que sejam ativados mecanismos de intervenção estrangeira, incluindo a opção militar.
- Consideramos que a Assembleia Nacional Constituinte será um espaço para promover o reencontro de todos os venezuelanos e venezuelanas, sem levar em conta sua filiação política, tendo como contexto um diálogo inclusivo que, definitivamente, leve a Venezuela ao bem-estar coletivo, em um ambiente de paz, e exercendo plenamente o direito à autodeterminação dos povos.
- As e os acompanhantes internacionais fazem um apelo aos povos e aos governos do mundo a respeitarem os resultados desta eleição da Assembleia Nacional Constituinte por ser esta uma manifestação da autodeterminação do povo venezuelano.
Caracas, 30 julho de 2017
Argentina | Marcelo | Brignoni | |
Áustria | Leo | Gabriel | |
Brasil | Rui | Portanova | |
Brasil | Alice | De Souza Birchal | |
Brasil | Luiz | Moreira Gómez | |
Brasil | Jônatas dos Santos | Andrade | |
Canadá | James Donald | Cockcroft | |
Chile | Aucan | Huilcaman Paillama |
|
Chile | Gabriel | Iturra | |
Colômbia | Nelson | Linares | |
Colômbia | Segundo | Mora | |
Colômbia | Guilermo | Reyes | |
Equador | Franklin | Columba Cuji | |
EUA | Daniel M | Kovalik | |
El Salvador | Silvia | Cartagena | |
El Salvador | Nidia | Díaz | |
Espanha | Francisco | Pérez | |
Espanha | María Vanessa | Angustia Gómez | |
Espanha | Vicent | Garcés | |
França | Claudio | Calfuquir | |
Honduras | Dina Betsabé | Figueroa | |
Itália | Geraldina | Colotti | |
México | Francisco | Chew | |
México | Gilberto | Lopez y Ribas | |
México | José Gerardo | Fernández Noroña | |
Nicarágua | Mayra | Salinas | |
Nicarágua | Francisco Telémaco | Talavera | |
Nicarágua | Mauricio | Arias | |
Paraguai | Belarmino | Balbuena | |
Reino Unido, Grã Bretanha e Irlanda do Norte |
Michael | Brady | |
Reino Unido, Grã Bretanha e Irlanda do Norte |
Adrian | Kane | |
Suíça | Walter | Suter | |
Uruguai | Gerardo | Nuñez | |
Uruguai | Antonio | Elías |
geraldo lima
7 de agosto de 2017 - 21:30Imprecionante como esses ESQUERDOPATAS a cham que somos tolos se a empresa que usou as URNAS ELETRÔNICAS afirmam que houve fraude pois aumentaram em um milhão de votos favoráveis a Maduro.
porque voces não falam da fraude??????
O salário minimo na Venezuela é equivalente a R$ 25 reais. Porque vocês não vão morar lá?
Júlio cezar
3 de agosto de 2017 - 10:02Nesses tempos de reordenamento do estado de coisas: uma ordem de endurecimento das elites se ouve no s quatro ventos alguns loucos irresponsáveis clamando a volta da ditadura. Valores dorsais da sociedade de consumo e das propriedades “TRABALHO”, “ORDEM”, “FAMILIA”, “CASAMENTO”…. etc. Ou seja um mundo perfeito , ,fechado todo azul…. Essa ordem só é possível a partir de reformas ou golpes Civil Militar que reordene a ditadura ala 64 ou uma nova ditadura.
Porém, quando alguém indica o apoio a ditaduras como a venezuelana, a chinesa, a cubana, a russa, etc. Etc. Etc. Aí os inflexíveis liberais, democratas, piram, enlouquecem… “quando acabar o maluco sou eu”…..
Júlio cezar
2 de agosto de 2017 - 14:23Interessante informação. Aqui no Brasil os liberais republicanos estão apelando a ordem e força a lei só em desconfiar de ver o povo fazer greve ou um dia de paralisação. Mostram horas e horas as barricadas e sangue nas ruas da Venezuela enquanto que no Brasil nada mostram nada falam. Por quê será???? Liberais…… republicanos….. democratas….. iluministas….. positivistas…..humanistas….. idealistas…..kkkkk…….kkkkk……
Luiz Gonzaga Oliveira de Almeida
2 de agosto de 2017 - 01:07Incrível como, principalmente o Imperialismo americano, tenta interceder nas decisões soberana do povo venezuelano. Com o alarde da grande mídia mostram apenas os contrários, que são minoria no País! os países ricos se auto intitulam democratas quando na verdade estão de olho no petróleo que ainda é farto naquele País. os EUA compram a metade do petróleo venezuelano simplesmente porque suas reservas estão no fim. Querem fazer a mesma coisa que fizeram com o Iraque e o Afeganistão, ou seja tomar de assalto a riqueza de um pobre país que tem no petróleo sua maior fonte de renda. Por isso alardeiam que a Venezuela é uma ditadura. Que ditadura é essa que a grande maioria do povo apoia o governo de Nicolás Maduro? Estão tentando fazer lá o mesmo que fizeram no Brasil sobre a alegação de que lá predomina uma ditadura! isso não é verdade. Basta lermos jornais sérios, que são poucos e veremos a realidade que ali predomina. É muito difícil essa relação do uso da força do capitalismo selvagem reinante contra a soberania dos países em desenvolvimento! Lamentável… Mas o governo com o apoio da maioria do seu povo vai vencer essa batalha contra os sanguessuga contra os países que pensam primeiramente em seu povo. Basta ver o preço da gasolina que é vendida a seus cidadãos. Chega a custar R$ 0,7. Respeitem a vontade soberana do povo venezuelano! Abaixo o imperialismo!!
Antonio Rosa
1 de agosto de 2017 - 13:09Os principais pontos das eleições que dividem a Venezuela https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/22/internacional/1500747648_226819.html?id_externo_rsoc=whatsapp
jr
1 de agosto de 2017 - 09:03Isso e um Ditador!
Paulo veras
3 de agosto de 2017 - 22:32Ei amigo, não pode falar isso aqui. Senão podem te punir com exclusão. O negócio tá tão bom na Venezuela que os venezuelanos estão fugindo pra Roraima e amazonas. O segmento aqui e vermelho. Agora uma verdade foi dita, os malditos Yankees querem se apoderar das riquezas do país.