Repórter Diário, edição de domingo, 14, do Diário do Pará, publicou notas a respeito da rapinagem à espreita do Conselho Federal de Medicina do Pará. Duas notas que antecipam os perigos a rondar um dos órgãos mais respeitados do país – apesar de seu forte corporativismo, mas responsável por muitas maracutaias descobertas ao longo dos anos praticadas por profissionais da medicina fora de responsa.

Trata-se da candidatura do médico José Antonio Cordero à representante do Pará no CFM.

As notas não mereceram observações da blogosfera, mas é preciso mirar com todas as armas o gabiru. E como!

Reproduzamos, novamente, o que disse o RD:

Urna médica
A eleição para os representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM) no Pará, na segunda quinzena deste mês, trará de volta ao debate um escândalo que tramita na 2ª Vara de Justiç Federal, em Belém, sob apreciações da juíza Hind Kayath. Um dos acusados no processo é o médico José Antonio Cordero, ex-vice reitor da Uepa na gestão de Fernando Palácios e agora candidatíssimo à vaga na CFM, Cordero e Palácios foram denunciados – com mais de 30 pessoas – por crime de peculato e improbidade administrativa. A ação civil do Ministério Público Federal é subscrita por cinco procuradores da República.

Boca do caixa
Ambos são acusados pelo desvio de um total de R$ 550.629,59, de três convênios celebrados com o Programa Nacional de Reforma Agrária (Pronera), o Ministério da Saúde e a Funasa. José Cordero responde por prejuízos de R$ 154.407,69. A análise do MPF nos documentos probatórios mostra que Cordero e Palácios assinavam, endossavam e recebiam quantias na boca do caixa que variavam entre R$ 15,00 e R$ 89.411,00, sme nunca terem prestado contas. O advogado Cadmo Bastos Júnior, que patrocina a ação popular, diz que o desvio chega a R$ 6 milhões, se considerados os ganhos de aplicação financeira.

A denúncia repercutida pelo RD chega em boa hora.

Dirigente da UEPA, em recente viagem a Marabá, revelou ao poster que o médico Antonio Cordero, com apoio cego do então reitor Palácios, promoveu desvios tão elevados que até hoje a direção da instituição tenta encontrar um rumo. E muitos outros escândalos podem estourar a qualquer hora.

Impunemente, o gabiru de branco agora tenta controlar o Conselho Federal de Medicina, carregando a pecha de desviador de recursos federais.

Pior: é favorito para derrotar outros pretendentes locais, com biografias irretocáveis.

Só falta agora os médicos paraenses darem aval a colega investigado pelo Justiça e com um passado moral dos mais perversos.

O aval da classe a Cordero, não apenas questiona os conceitos éticos dos médicos paraenses como põe à prova a suspeita de que a grande maioria compactua com bandalheiras do quilate estabelecido.

Além de constrangedora, essa é a pior das suspeitas.

atualização às 16:23
Minutos depois de postar a nota acima, o blogger deu uma geral na blogosfera, encontrando post do Juvencio tratando do mesmo tema. E com bem mais intensidade.
Belezura!!