Reportando-se em comentário ao post “Marabá: novo governo, velhos hábitos”, o superintendente da SDU (Superintendência de Desenvolvimento Urbano), Mancipor Lopes revela ações realizadas pelo órgão para apurar a denúncia aqui registrada, a respeito de mais uma tentativa de ocupação ilegal de área verde, na Folha 17.
Tão logo tomou conhecimento do problema, Mancipor agiu com rapidez.
Resultado: os invasores foram retirados do local.
Mais importante: o secretário de Tião Miranda concede autorização, no próprio comentário, para o blogueiro proceder obras de urbanização da área, conforme sonho antigo nosso e de outras pessoas daquele bairro, objetivando impedir a ocupação ilegal da área verde da Folha 17.
O comentário de Mancipor, na íntegra, a seguir:
Sr. Hiroshi:
A situação trazida pela postagem foi alvo de fiscalização por parte da Superintendência de Desenvolvimento Urbano – SDU. Verificou-se que o cidadão que executava a obra não tinha autorização de nenhum órgão municipal para tanto. Ademais, como se trata de área verde aliado ao desejo do nobre blogueiro em cuidar do local em parceira com amigos, desde já estamos indicado que vossa senhoria está autorizado a realizar os serviços necessários, bastando apresentar na SDU o projeto técnico para aprovação, sem qualquer cobrança de taxas.
Mancipor Lopes
A foto acima mostra a área totalmente desocupada, resultado das medidas rápidas da SDU.
A decisão do governo municipal conceder autorização para o blogueiro implantar um jardim público no espaço será comemorada pelos moradores da Folha 17, e o signatário deste blog, já no início da semana que abre, providenciará a confecção do projeto a ser encaminhado à prefeitura.
Ideia é usar dois espaços.
O da área problemática (acima)….
… E uma outra, do outro lado da pequena rua, que delimita a rotatória de entrada e saída da rua principal que leva até a Escola Gente Importante – pequeno espaço verde ocupado por uma maltratada árvore (acima).
Nos dois espaços, o blogueiro e o médico Jorge Bichara, presidente da Fundação Zoobotânica de Marabá, com entusiasmo dos moradores do entorno, se responsabilizam em construir dois jardins públicos, contemplados com iluminação – além de suas manutenções, sem levar qualquer ônus financeiro aos cofres públicos.
Única participação da prefeitura seria implantar um poste de iluminação na área.
Marabá precisa de novas estruturas e formas urbanas para fazer face aos problemas que vêm se acumulando dramaticamente.
É preciso repensar a cidades, sob a ótica da justiça social, da qualidade de vida urbana, da gestão ambiental e da governabilidade, refazendo novas práticas de construção da cidade em substituição à urbanização tradicional.
E nesse cenário, a participação dos moradores ´-e fundamental.
O poder público não pode ser visto como operador único de suas soluções.
Ao contrário: sem a participação de segmentos da sociedade, a prefeitura jamais atingirá objetivos práticos de mudanças.
Não basta o Hiroshi Bogéa, aqui no blog, exigir soluções, cobrar ações do poder público.
O HB também tem que fazer sua parte, dar exemplos.
E, dentro da nossa possibilidade econômico-financeira, propomos esse desafio: assumir intervenção urbana num pequeno pedaço da cidade.
Essa intenção, minha e do Jorge, vem desde os tempos da gestão Maurino Magalhães.
Agora, finalmente, acabamos de receber sinal verde da municipalidade, através do Mancipor.
Mãos à obra, blogueiro e Jorge Bichara.
Cláudio Cardoso
26 de janeiro de 2017 - 09:48Que maravilha de iniciativa.
Parabéns sr.Hiroshi Bogéa pelo exemplo de determinação e respeito ao meio ambiente e ao fiel cumprimento de direitos que muitos nem sabem que tem.
O que precisamos é de mais exemplos e idéias à serem seguidas.
O apoio municipal externado pelo sr.Mancipor Lopes também me chamou atenção.Haja vista que atitude e apoio, como foi externado não é comum.Mostrando assim que estamos no rumo certo para o desenvolvimento responsável de nossa querida MARABÁ.
Alysson
24 de janeiro de 2017 - 10:15Chega de grilagem das áreas publicas, o que é publico deve servir ao interesse social de forma coletiva.
Marcus
23 de janeiro de 2017 - 09:00Hiroshi, parabéns pela iniciativa.
Uma vez dei uma ideia para o ex-secretário de meio ambiente, mas não tive a devida atenção.
Marabá, em plena Amazônia, tem índices vergonhosos de arborização urbana. Tenho como ideia a criação de “bosques urbanos”, que a iniciativa privada adotasse algumas áreas ociosas da cidade, que não cumprem sua função social, e transformassem em pequenos bosques urbanos, com árvores nativas da região, até mesmo frutíferas, e que a prefeitura concedesse algum tipo de incentivo a quem financiasse esse bosques, como por exemplo, desconto em algum imposto municipal, e até mesmo usar o local como propaganda, como hipoteticamente, “Bosque da Empresa Tal”.
Resolve nossos problemas? Não! Mas poderia ser uma iniciativa a ser pensada, visando melhorar o conforto térmico da cidade e mesmo a sua beleza paisagística.
Muitas vezes vejo que em Marabá não é o dinheiro ou recurso que falta e sim a vontade de fazer.
Prof. Dr. Marcus Souza – Geógrafo, Unifesspa
Esse é o caminho, Marcos. Tenha certeza de que faremos nossa parte. E, quem sabe, a gente aaence em outras áreas, plantando, iluminando, fazendo germinar rosas e flores entre nós. Abs
Evaldinho
23 de janeiro de 2017 - 07:36Aí sim, Parabéns….. que este seja o espírito sempre…… e que contagie cada vais mais os marabaenses ……
Abs, Evaldinho.
Gilson
22 de janeiro de 2017 - 21:13Isso é cidadania. Parabéns. É preciso dar um basta no verdadeiro roubo de áreas verdes em nossa cidade, e também acabar com o fechamento de ruas que são todas como “terrenos”. Fora jeca tatus e animais que adotam essas práticas nefastas em marabá. A prefeitura tem que recuperar asareas verdes roubadas