É um momento fascinante do dia, o amanhecer à beira do rio Araguaia. Sem a chuva da noite anterior, a vida que estava em repouso sai de novo, seca. Vem aos pedaços, assuntando aqui e ali, lentamente, como os viventes daquelas paragens, nunca apressados. Em São Geraldo do Araguaia, município fronteiriço, o presente parece não caminhar para o futuro, teima em continuar vinculado ao passado e o nascer do dia tem um encanto especial. O cheiro de água do rio desperta na memória histórias das pelejas do povo sertanejo. A vida acorda com berros de cabras subindo uma ladeira da rua à esquerda do Porto da Balsa e quebrando o silêncio de um grupo de mulheres com rostos sofridos sentadas em um banco do Posto Fiscal da SEFA. Elas aguardam um caminhão que vai levá-las até a sede do clube onde haverá o Grande Encontro das Mulheres da Mata.
hiroshi
9 de março de 2007 - 18:47Anônimo, se fores vinculado a administraçao municipal, entendo perfeitamente tua decepção com meu valor de juízo. São Geraldo parou no tempo porque sua gente (certamente não é teu caso) não possui o mínimo de estrutura nas áreas de saúde, educaçao e transporte. Tudo aí depende de Xambioá e Araguaína, do outro lado do rio. Esse passado teima em permanecer no dia a dia das pessoas. E a cidade é bela, gostosa, com um calor humano maior do que as belezas do Araguaia. Fica brabo não. Toma atitude e ajuda a mudar esse estado de coisas imutáveis.
Um abraço.
Anonymous
9 de março de 2007 - 15:32Considero uma ofensa ao povo de nosa terra dizer que São Geraldo do Araguaia “teima em continuar vinculado ao passado”. Isso é discriminação contra uma cidade que só tem desenvolvido nos ultimos cinco anos. O senhor não é mais bem visto pelo nosso povo.