
O pedido de fechamento do Porto de Vila do Conde, pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual, além da Defensoria Pública do Estado, até que sejam recolhidas todas as carcaças de animais e óleo do navio adernado, espalhados pela orla de Barcarena – deve ser analisado como medida educativa à ganância do capital.
A tragédia de Barcarena precisa inocular reflexões profundas – a fim de que fatos daquela natureza não voltem a se repetir, prevalecendo o mínimo de respeito à cidadania e ao meio ambiente..
Chegaram até este poster vozes de “espalha terrorismo”, defendendo o pior dos mundos, caso a Justiça Federal conceda liminar, sentenciando o fechamento do porto.
Papo furado.
O prejuízo astronômico aventado por pontuais críticos da Ação judicial que pede a paralisação total das atividades na área portuária de Barcarena, é bem menor do que a extensão do mal espraiado, atingindo parte da comunidade e o meio ambiente.
Sempre que surge situação antagônica aos interesses das grandes empresas, habituou-se o país a conviver com o mal varrido pra debaixo de tapetes.
No momento em que promotorias públicas se unem para dar um freio de arrumação nos desmantelos da ganância, a sociedade deve é se unir para apoiá-las.
Mais do que exigências, o fechamento do porto, até solucionadas as medonhas demandas, chegaria para sinalizar que o tempo para “discutir e fazer compromissos” acabou.
Fazer os caratonhas perderem alguns milhões de dólares em suas contas bancárias, só assim para enquadrá-los.

Milhões de dólares debitados em contas das empresas – caso o porto venha a ser fechado -, é mixaria diante da gravidade do problema, bem maior do que se pensava inicialmente.
Leiam o que diz a pesquisadora Simone de Fátima Pinheiro, coordenadora do Laboratório de Química Analítica e Ambiental (Laquanam), da Universidade Federal do Pará (UFPA), entrevistada pelo portal ORM, suspeitando de que a contaminação dos rios e igarapés, pelos animais em decomposição, poderá alcançar os mananciais que abastecem a capital
“Em 15 dias esse material em decomposição deve chegar aqui a Belém, porque a poluição não vai ficar restrita a Barcarena”.
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A foto assustadora publicada no portal ORM: emparedados, numa cercania de rede, dezenas de carcaças em decomposição à deriva.