Eu conheci a “Escola Curral”, que funcionava no bairro Araguaia, antiga Fanta, com o nome de Escola de Ensino Fundamental Maria Lúcia Bichara.
Numa tarde qualquer de agosto de 2013, estive lá, querendo ver de perto o que tanto falavam de crianças estudando num curral de guardar bovinos.
Não era mentira.
Crianças, aos montes, como gado, espalhadas em três salas erguidas entre mourões e sob a cobertura de telha “brasilit”.
Sentadas em cadeiras que mais pareciam retiradas de lixões, os meninos e meninas do bairro apoiavam livros e cadernos em suas pernas.
Calor passava de 40 graus, no meio da tarde daquele dia.
Suavam como se estivessem no interior de uma sauna.
Os professores, coitados, faziam esforços para aplicar as lições do dia, missão praticamente impossível naquelas condições insalubres.
Vejam como era a “escola curral”
Nunca mais saíram de minha memória as imagens daquelas crianças tentando estudar no interior de um curral.
Dia seguinte, coloquei o pessoal da VídeoV no interior da “escola”, gravando imagens, ouvindo crianças e professores.
O fato merecia a documentação de triste realidade.
Aquelas crianças invisíveis aos olhos de grande parte da população, estavam ali, praticamente ignoradas ou aparecendo diluídas em meio às questões genéricas do tipo de educação aplicada no município.
Voltei a visitar a “escola curral” algumas outras vezes, sempre angustiando-me quando abria a primeira “porteira”.
Semana passada, quando fiz questão de participar da solenidade de inauguração da nova e verdadeira Escola Maria Lúcia Bichara, diversas vezes me esforcei para controlar a emoção, olhando nos olhos de meninos e meninas felizes, orgulhosos e vaidosamente usando seus uniformes como marca de um novo tempo.
– Tio, aqui é muito bom. A nossa nova escola é a melhor de Marabá.
A frase é de André, um garoto de oito anos com quem conversei, meses antes, na escola curral, e naquele tempo revelava somente tristeza.
Agora ele vivia seu momento de felicidade.
A frase foi dita carregada de emoção, olhos brilhando, no momento em que ele e mais alguns colegas visitavam a escola prestes a ser inaugurada.
Como sempre acreditei na sinceridade do João Salame em tocar um projeto político de mudança (embora ele venha tendo grandes dificuldades para chegar ao ponto ideal de uma gestão vencedora) a Escola Maria Lúcia Bichara é emblemática.
Ela separa dois tempos.
A escola é inovadora.
E como inovar é começar, ela faz parte de uma mudança.
Mudanças que para ocorrerem verdadeiramente, encontram resistências.
Depois da Maria Lúcia Bichara, na sequência da semana, o prefeito inaugurou mais outras três escolas, todas climatizadas, e duas quadras cobertas, na zona rural.
Na Vila Zé do Ônibus, entregou a Escola “Clara Nunes”, que era assim….
… E ficou assim:
Na Vila Santa-Fé, a 74 quilômetros da sede municipal, entregou a Escola Jean Piaget.
Na Vila PA-Santa Rita, inaugurou a Escola Santa Rita:
E a Vila Sarandi ganhou uma quadra coberta na escola Tancredo Neves, que foi toda reformada, climatizada, e agora tem laboratório com internet.
Até o final deste ano, a população, finalmente, passará a sentir os efeitos do grande volume de obras que a prefeitura realiza no município.
São obras estruturantes, obras para elevar a qualidade da Educação e da Saúde, além de novidades no paisagismo urbano.
Como eu sei que ninguém segura uma população motivada, porque ela sente no fundo do coração, quando enxerga o óbvio, a mudança está ocorrendo.
A nova escola Maria Lúcia Bichara tem 12 salas de aulas climatizadas.
Apinajé
23 de abril de 2015 - 08:37Cabe a comunidade exercer sua cidadania,zelando pelo bem público, educando seus filhos para que cuidem do bem que é de todos.
Ao prefeito meus parabéns por cumprir com o seu dever,belo exemplo de como aplicar bem o nosso dinheiro.
“Mulecada”vamos cuidar bem disso,”Hein rapá”
Délcio
22 de abril de 2015 - 13:25Prezados,
Parabéns pela matéria e pela obra.Fiquei emocionado ao ler.Imagino você que presenciou esta mudança.
Parabéns mesmo