Na edição de sexta-feira de minha coluna no Diário do Pará cometi um daqueles erros crassos que um careta de minha idade, e com certa experiência na área de jornalismo, não deveria jamais cometer. Guiado pela informação de uma fonte instalada no plenário da Assembléia Legislativa, também deputado estadual, incluí todos os parlamentares do Sul e Sudeste como se tivessem votados em Domingos Juvenil – conforme garantira o informante.
João Salame, do PPS, eleito por Marabá, seguiu a orientação do partido, optando pela chapa independente.
Faltou uma simples ligação para a correta checagem. Inda mais porque a fonte, parlamentar como Salame, deve ter tido suas razões não explicadas para fazer a garantia que fizera do voto do deputado marabaense.
Erros rudes como esse, e de suma ignorância, fazem mal. Principalmente a quem procura usar os espaços jornalísticos sem intenção de plantar essa ou aquela nota de objetivo duvidoso.
Ao Salame, minhas desculpas sinceras. Aos leitores do Diário, mil perdões.
Registro este fato aqui porque ainda faltam três dias para a coluna de terça-feira circular. E até lá, se não abordasse a questão, morreria de insônia.
hiroshi
4 de fevereiro de 2007 - 23:07O fato é que errei feio, Juvêncio, quando não me dediquei a apurar a informação por inteiro, preferindo, isto sim, o caminho mais fácil. Como sei que jornalistas formam uma corporação avessa à auto-análise, venho tentando ao longo dos anos sair desse espectro, oportunizando, a mim mesmo, expor meus desvios profissionais em público.
Entendo que praticar o jornalismo é uma forma de conhecimento, mas de apreensão da realidade. Diante disso e, por causa de nossas responsabilidades públicas, não penso duas vezes em pedir desculpas, também de público, quando cometo erros – mínimos que sejam.
Infelizmente, a informação, em muitos casos, é tratada mais como uma mercadoria do que um bem social, desde quando os americanos, muitas décadas atrás, adotaram a idéia de que jornal também é negócio. Isso é bom? Ruim? Não sei responder. Pra mim, o que interessa mais é saber da credibilidade da notícia.
Então quando erro por não ouvir o “outro lado” –como fiz na coluna sobre o voto do Salame – , me sinto como um cara que cometeu mesmo grave erro. A transparência é algo inegociável. Ou existe por inteiro ou é um mero faz-de-conta.
Valeu, irmão!
Abs
Juvencio de Arruda
4 de fevereiro de 2007 - 21:04Ora, também já cometi um erro desses, outro dia, ao ler errado uma nota no Opinião.
O Salame estrilou na hora, também me desculpei – a minha nota tb estava errada, e a vida seguiu…eheh.
Uma correção é sempre mais importante, e posterior, ao erro.
Abs