JordyO deputado federal Arnaldo Jordy (PPS), todos conhecem, é especializado em situar-se diante de holofotes para ter seu fosco brilho de sofrível parlamentar,  evidenciado, quando o oportunismo surge.

Como agora,  ao plantar nota no jornal O Liberal, chamando o prefeito de Marabá de “ficha suja”, aproveitando-se da decisão do TRE de cassar o mandato de Salame.

Jordy, todos sabem, é aquele um, “ficha limpa”, que tentou obrigar uma ex-namorada a fazer aborto de uma cria dele  indesejável.

À serviço de quem sonha em tirar João Salame da política pelas vias dos tribunais de exceção, Jordy, de novo, coloca à luz da ribalta a sua  cara oportunista, tentando desqualificar a atitude corajosa do prefeito de Marabá de negar-se  participar da onda de propinas tradicionalmente atribuída a alguns  juízes, de tribunais brasileiros, quando ações de cassação de mandato vão a julgamento.

Não apenas negar-se, mas pedir a investigação das tratativas de suborno –  como fez João, para orgulho do povo de Marabá e de seus eleitores.

Este blog tem registrado, ao longo de seus quase  nove anos de existência, o macunaímico mundo malemolente de Jordy.

O texto abaixo, é extraído de um post meu, publicado em 2012, narrando as peraltices camaleônicas do deputado federal:

 

 

O homem público que usa temas como  ética e  decência para  pavimentar a carreira política, tem o dever de exercitar os valores defendidos em sua vida particular. Caso viva  diferentemente do que apregoa  como bandeiras de luta, é falso tudo o que diz.

Pelo país, sabemos, há arautos da moralidade construindo falsas biografias, exatamente por venderem imagem de bons mocinhos sem cuidar da verdadeira personalidade, na vida real.

O caso do áudio postado  no Youtube com suposta voz do deputado federal Arnaldo Jordy, e reproduzida aqui no blog, induzindo uma moça a proceder aborto, é um desses casos em que não cabe justificativas – como já estão se esforçando uns e outros por aí -, condenatórias a publicação do mesmo como agressão à vida privada do parlamentar.

Arnaldo Jordy construiu, ao longo dos anos, imagem de político “íntegro, ético e decente”, só que na vida real, isso não tem sido demonstrado.

Por ocasião do plebiscito pela criação dos Estados de Carajás e Tapajós, caiu no Youtube (também no Youtube, como agora), entrevista de Jordy concedida à televisão de Marabá favorável à criação do Estado de Carajás.

Em Belém, Jordy se dizia contra.

Agora, aparece esse vídeo no qual a suposta voz do parlamentar tenta forçar uma ex-namorada à prática criminosa de aborto, negando-se a assumir o filho.

Se o áudio for comprovadamente originário da boca de Arnaldo, é mais um ato camaleônico dele à serviço da “ética e da decência”.

Não se pode fechar os olhos à lógica de que o homem público tem que ter traços de personalidade iguais, no privado e fora dele.

Não cabe aqui o papo furado de  uso da publicação do áudio porque é ano de eleição e Jordy é competitivo candidato à prefeitura, tampouco o bordão de que ninguém tem o direito de entrar na vida privada de ninguém.

Do momento em que as redes sociais detonam determinadas situações, comprovadamente expostas ao domínio público, temos o dever de repercuti-las, caso o personagem seja homem público e, principalmente, cotado a disputar uma prefeitura, com possibilidade de vitória.

Todo mundo sabe:  não basta César dizer ser  honesto. Precisa ser honesto.

Ética e decência são valores inalienáveis. Quem os usa como slogan de bandeira partidária, tem o dever de provar seu exercício na vida privada.

Ao forçar a barra diante da moça no sentido dela usar o aborto como solução à  gravidez indesejada, supostamente por ele, Jordy  revelou caráter macunaímico: ao distinto público, defende o respeito às  leis, caça pedófilos, exige respeito à  ética e à  decência;  nas alcovas, o jeito malandro, malemolente, artimanhoso, armadilhoso, jogando às favas qualquer tipo de escrúpulo.

Caráter tão verossímil como a dos anti-heróis, marginal à sociedade, cujas estratégias são a trapaça e a representação.

A aventura inseparável da trapaça; o parecer prevalecendo sobre o ser; o disfarce, a mutação.

Se for comprovadamente a voz  de Jordy,  o fato é bem vindo.

Belém não merece ser mais administrada por  políticos de falsos discursos.

E, olha, extraindo raras exceções, o que tem de candidato camaleômico habilitando-se para tentar segurar a  prefeitura da capital….

Belém não merece mais isso.

 

 

Voltando aos dias atuais.

Jordy é uma peça  bizarra da política paraense.

Defende a ética, mas  quando sabe que a namorada está grávida de um  rebento seu, parte pra cima dela exigindo aborto.

Na região Metropolitana de Belém, faz ver e acontecer, defendendo a integridade territorial do Pará, contra o Estado de Carajás.

Andando pelo Sul do Estado, vai à TV e diz que é a favor do novo Estado.

Faz discursos inflamados de defesa dos direitos humanos, mas, fiel ao seu perfil oportunista, alia-se a Sebastião Curió, obrigando o PPS dele a apoiar um candidato a prefeito da cria do ex-agente do SNI,  até hoje acusado de ter ligação com atos de torturas, durante a ditadura militar.

Esse Jordy, camaleônico Jordy, não mede o tamanho da mudança de tom no que concerne  à questão dos meios que lhes permitam alcançar o fim supremos, isto é, a conquista de seus objetivos pessoais.

Pra isso,  ele exige que se mate até criancinha na barriga da mãe.