O poster tem acompanhado o esforço que alguns setores têm feito para desestabilizar todo uma articulação política  que vem sendo feito para startar as obras de derrocagem do Tocantins. A última inciativa dos agourentos de plantão partiu de gente da CDP, contada  na blogosfera pela maestria de Franssinete Florenzano – a partir de lobby que estaria sendo feito dentro do próprio governo, em favor da perna da ferrovia Norte-Sul, saindo de Açailândia rumo a Barcarena.

Como o blog acompanha de perto  todos os passos de gente graduada, com trânsito junto a Presidência da República e ao próprio ex-presidente Lula defensor intransigente da interiorização da verticalização industrial,  sabe que tudo não passa de plantações públicas com intuito de auscultar a reação da opinião pública.

Governo que investe bilhões na construção de duas eclusas, não pode ser irresponsável a ponto de engavetar um projeto de hidrovia.

A derrocagem será viabilizada ainda no primeiro governo Dilma.

Nesse sentido, João Salame começou a trabalhar, em Brasilia, contatos para definir de vez a questão.

Durante a campanha, ao visitar  Lula em São Paulo, Salame assumiu  com o presidente Lula compromisso de atuar junto ao governo federal para tirar a obra do papel.

E ontem, acompanhado de Paulo Rocha e do deputado federal Asdrubal Bentes, prefeito de Marabá esteve com o Coordenador Geral de Hidrovias e Portos do DNIT,  Wilson Izidoro Cruz, tratando do assunto.

A primeira boa notícia: está formalmente agendado para 28 de fevereiro a entrega ao governo, pela Vale, do projeto executivo da hidrovia.

Wilson anunciou também a Salame que tão logo receba o projeto, tratará de providenciar os trâmites do edital de licitação da obra.

O prefeito entende que agora, “para acabar de vez com essa polêmica da obra sair ou não” – conforme revelou ao blog na noite de ontem, falando direto de Brasília -, “vamos fazer articulação política para o empreendimento ser colocado no PAC, uma forma de se acabar com especulações e interesses contrários ao surgimento da hidrovia”, disse.

Quando se refere aos “interesses contrários”, João Salame está lembrando do grande lobby político das empresas transportadoras rodoviárias, que são contra todo tipo de obra vinculada a hidrovia e ferrovia, e até mesmo de mega-empresários donos de siderúrgicas, avessos à interiorização da verticalização industrial – como é o caso da Alpa, vista por eles como concorrente direto.

Durante esta quarta-feira, 23, o prefeito de Marabá tentará agendar audiência com a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, objetivando tratar da hidrovia.

 

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Atualização às 13:15

 

A data exata de entrega do projeto executivo da derrocagem é 28 de janeiro, próxima segunda-feira, e não fevereiro, como anotado acima.

Agora há pouco, em seu mural do Face, Paulo Rocha ratificou a informação do blog.

O que ele postou:

 

Boa tarde companheirada,
Ontem à tarde, eu, o prefeito de Marabá, João Salame, e o deputado Asdrubal Bentes, reunimos com o coordenador-geral de Hidrovias e Portos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Wilson Izidorio Cruz. Ele garantiu que nesta segunda-feira, 28/1, a Vale vai entregar o Projeto Executivo da Obra do Derrocamento do Pedral do Lourenço, fundamental para tocar a obra da Hidrovia Araguaia-Tocantins. Mesmo no ressesso do Congresso e sem mandato, este companheiro continua na luta pelos interesses do nosso Pará. Grande abraço a todos e todas.
Asdrubal, Salame e Paulo Rocha em audiência no DNIT
Asdrubal, Salame e Paulo Rocha em audiência no DNIT