Como sempre, usando texto suave em suas leituras e releituras, a colaboradora Evilângela Lima trata da questão pedofilia, na contribuição da segunda quinzena de agosto.
O texto leva o título “A invisível dor”, que pode ser lido na coluna ao lado.
Comments (3)
Tailandense
14 de agosto de 2012 - 12:39
TailÃndia esta um estopim, os vereadores não apareceram na Camara para dar posse ao novo prefeito. A juiza acaba de decretar a prisão de todos!!!!
Como não nos emocionar na presença de meninas e meninos carregados de silêncios doloridos?
Sempre será um ato de coragem denunciar e exigir justiça em casos como este.
É necessário pensar politicas públicas para mulheres com histórico de exploração sexual, pois as marcas do abuso as atormentam, muitas vezes não conseguem constituir família, sentem-se culpadas, no entanto são vítimas, porém não se percebem assim.
De tanto sentir a dor destas meninas, perdi o medo de falar, de gritar, de chorar… Não temo perder o emprego, temo ser omissa, temo a ganância dos poderosos, a arrogância dos covardes.
Que bom João Dias, ver que juízes e, principalmente, homens, se revoltam com relatos de meninas exploradas. Normalmente as mulheres são mais sensíveis, perceber homens com esta sensibilidade me faz acreditar em um futuro mais digno, mais decente para mulheres marcadas.
Abraço emocionado.
Embora o tema em debate trate de pedofilia, acredito que a emoção sentida pelo Dr. Alexandre no caso que julgou, merece ser conhecida pelas famílias e pela sociedade.
Sob escolta de seguranças desde 2005, juiz do Rio vive rotina de restrições
Alexandre Abrahão, 44, é juiz há 15 anos. Assumiu como titular da Vara Criminal de Bangu, zona oeste do Rio, em 2004. No ano seguinte, recebeu a primeira ameaça. Desde então, ele e a família andam acompanhados por seguranças.
Leia abaixo o depoimento dele à Folha de S. Paulo:
[…]
EMOÇÃO
O caso mais complicado que julguei foi o de uma menina de oito anos estuprada pelo padrasto.
Precisava do depoimento dela, mas a menina não falava sobre o assunto. Durante o julgamento, perguntei o que ela queria ser quando crescesse. Ela disse: juíza.
Então, falei que faria dela juíza naquele momento. Coloquei nela a capa do oficial de Justiça e pedi para que sentasse na minha cadeira.
Disse então que ela mandava e precisava falar sobre o que aconteceu. A menina contou tudo, em detalhes [Abrahão chora].
Ainda vou ver essa menina juíza. Só por isso, essa profissão já valeu a pena.
Folha de São Paulo
13/08/2012- 06h00
(Marco Antônio Martins – Do Rio)
Tailandense
14 de agosto de 2012 - 12:39TailÃndia esta um estopim, os vereadores não apareceram na Camara para dar posse ao novo prefeito. A juiza acaba de decretar a prisão de todos!!!!
Evilângela
13 de agosto de 2012 - 22:49João Dias;
Como não nos emocionar na presença de meninas e meninos carregados de silêncios doloridos?
Sempre será um ato de coragem denunciar e exigir justiça em casos como este.
É necessário pensar politicas públicas para mulheres com histórico de exploração sexual, pois as marcas do abuso as atormentam, muitas vezes não conseguem constituir família, sentem-se culpadas, no entanto são vítimas, porém não se percebem assim.
De tanto sentir a dor destas meninas, perdi o medo de falar, de gritar, de chorar… Não temo perder o emprego, temo ser omissa, temo a ganância dos poderosos, a arrogância dos covardes.
Que bom João Dias, ver que juízes e, principalmente, homens, se revoltam com relatos de meninas exploradas. Normalmente as mulheres são mais sensíveis, perceber homens com esta sensibilidade me faz acreditar em um futuro mais digno, mais decente para mulheres marcadas.
Abraço emocionado.
João Dias
13 de agosto de 2012 - 17:48Embora o tema em debate trate de pedofilia, acredito que a emoção sentida pelo Dr. Alexandre no caso que julgou, merece ser conhecida pelas famílias e pela sociedade.
Sob escolta de seguranças desde 2005, juiz do Rio vive rotina de restrições
Alexandre Abrahão, 44, é juiz há 15 anos. Assumiu como titular da Vara Criminal de Bangu, zona oeste do Rio, em 2004. No ano seguinte, recebeu a primeira ameaça. Desde então, ele e a família andam acompanhados por seguranças.
Leia abaixo o depoimento dele à Folha de S. Paulo:
[…]
EMOÇÃO
O caso mais complicado que julguei foi o de uma menina de oito anos estuprada pelo padrasto.
Precisava do depoimento dela, mas a menina não falava sobre o assunto. Durante o julgamento, perguntei o que ela queria ser quando crescesse. Ela disse: juíza.
Então, falei que faria dela juíza naquele momento. Coloquei nela a capa do oficial de Justiça e pedi para que sentasse na minha cadeira.
Disse então que ela mandava e precisava falar sobre o que aconteceu. A menina contou tudo, em detalhes [Abrahão chora].
Ainda vou ver essa menina juíza. Só por isso, essa profissão já valeu a pena.
Folha de São Paulo
13/08/2012- 06h00
(Marco Antônio Martins – Do Rio)