Pesquisa da acadêmica catarinense Marjorie Basso concluiu que os jornais estampam pouco negros e pardos em suas fotografias. Menos do que eles representam como população no país. Pior: esses personagens aparecem, em geral, em editorias que ajudam a reforçar os preconceitos que rondam. Quase nunca se vêem fotos de negros em editorias como a de Política ou de Economia, ou mesmo nas colunas sociais.
Os jornais são racistas? Certamente, não. A sociedade é racista, discrimina, segrega.
O jornalismo de calendário redime a todos? Também não. Mas destacar as lutas por uma sociedade mais justa e equilibrada é uma pauta da qual nenhum jornal pode se desviar.
O Brasil, último país do mundo a abolir a escravidão em 1888, continua tratando mal sua população negra: menos anos de educação que os brancos, menor salário, maior desemprego, mais delinqüência, mais presos nos cárceres e menos mobilidade social.
Os descendentes dos quatro milhões de africanos que chegaram durante três séculos ao Brasil representam 48% da população, isto é, cerca de 79 milhões, mas seu lugar na sociedade está bem abaixo dos brancos. A ausência de redes pessoais impede melhor acesso a melhores oportunidades de trabalho.
Esta situação supõe um obstáculo para a mobilização social. Os jovens pobres brasileiros, em sua maioria negros, se encontram diante de escassas alternativas que lhes permitam qualquer tipo de mobilidade social ou simplesmente a sobrevivência.
Em consequência disso, a probabilidade de que um negro seja preso é 5,4 vezes maior do que um branco e 3 vezes mais do que mulato.
No Dia da Consciência Negra, é sempre bom lembrar: as cores preto e branca formam a base para a formação de todas as outras cores.
Hiroshi Bogéa
20 de novembro de 2007 - 23:08Cris, são lindas e sedutoras.Com toda respeito às outras raças.
Negras, lindamente negras.
Beijos.
Hiroshi Bogéa
20 de novembro de 2007 - 23:05Bia,
Na esteira de sua informação.
Nas prisões, 97% dos encarcerados esperando julgamento também são negros. Parece até que os apenados brancos são selecionados preferencialmente na “fila”.
Axé, querida.
Cris Moreno
20 de novembro de 2007 - 21:20Caramba, sábias palavras ! Parabéns. Olhe, menino, se você pesquisar também no campo das artes, são bem poucas as mulheres negras. E olhe que elas são belas !
Beijinhos.
Bia
20 de novembro de 2007 - 18:59Boa tarde, Hiroshi:
para completar a informação: o negro recebe pena três vezes superior ao branco, pelo mesmo crime!
Axé, querido!