Ela se chama Maria de Fátima Souza, 76 anos.
Ele, Dylmar – 79 anos.
Os dois se conheceram na adolescência.
Mais precisamente em Belém, quando Dilmar deixou a cidade natal de Manaus para cursar Medicina na faculdade histórica que ficava na Generalissimo, em frente à Feira de Santa Luzia.
Aos 15 anos, Maria de Fátima apaixona-se pelo jovem universitário, que passou a morar ao lado de sua casa.
Idas e vindas da vida, o namoro termina.
Primeira paixão, a da adolescência -, que marca para sempre.
Dylmar conclui o curso de Medicina . Decide trabalhar no Rio de Janeiro, onde conhece outra pessoa e se casa – vivendo 52 anos com a mulher – até ficar viúvo.
Em Belém, Maria de Fátima também conhece outra pessoa, e se casa, vivendo mais de 50 anos com o marido, até ficar viúva.
Cinco anos da viuvez de ambos, um dia Maria de Fátima encontra amigos comuns residentes no Rio de Janeiro, de visita a Belém. Nas conversas, Maria pergunta se os visitantes podem dar notícias de Dylmar – também conhecido do casal.
É quando ela toma conhecimento do estado civil viúvo da paixão de adolescência.
Da conversa informal até a descoberta do telefone de Dilmar, um pulo.
Pulo de dez.
Em pouco tempo, os dois viúvos começam a namorar pelo telefone.
Maria de Fátima não resiste, e decide mudar-se de vez para o Rio, onde seu primeiro namorado o espera, mais de meio século depois da separação.
Muvuca no seio da família de Maria.
Filhos, netos e demais se assustam.
Manifesta-se, involuntariamente, o velho preconceito e autoritarismo familiar no plano pessoal e afetivo do idoso.
Fátima não recua, porque os amantes sabem que só se ama por inteiro. Ela e seu parceiro querem viver o amor em liberdade, na emoção, no espaço e no tempo.
O amor comandando a intensidade, a beleza, forma e duração da paixão.
Os dois passam a morar juntos, em Copacabana.
Quatro anos de namoro, culminando com o casamento de ambos, com direito a troca de alianças, meses atrás.
A estória de Dylmar e Fátima já era do conhecimento do pôster, que fez questão de conhecer o casal semana passada, por ocasião de uma viagem ao Rio de Janeiro.
Ela é avó de Paloma, esposa de Thiago, meu filho.
Bela página de história de amor.
Conhecendo pessoalmente o casal septuagenário, o carinho que cada um dispensa ao outro, emociona.
Quando o amor acontece, a vida torna-se mais suave e delicada.
Esse estado de leveza – percebe-se, de cara -, embala a vida a dois de Fátima e Dilmar.
Tantas vezes chorei,
Quase desesperei
E jurei nunca mais seus carinhos
Ninguém tira do amor,
Ninguém tira, pois é
Nem doutor nem pajé,
O que queima e seduz, enlouquece
O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia,
Ilusão…
(João Bosco)
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Atualização às 19:38
O Blog acaba de aprovar comentário do simpático casal Dylmar e Maria de Fátima.
Pelo seu conteúdo emocional, o poster sente-se na obrigação de trazê-lo à plenitude do palco.
Companheiro Hiroshibogea
Se o destino ainda tivesse surpresas para nos fazer, essa sua Bógea, foi, sem sombra de dúvidas, uma das maiores que já tivemos.
Tendo em vista a nossa idade avançada, pensávamos que a nossa história jamais desaguaria na internet.
Desejamos a todos que se amam e que também foram afastados pelo destino, que se inspirem na nossa vida e acreditem que sempre, a qualquer tempo, tudo pode mudar.Só o amor é real.
Aceite os nossos agradecimentos e conte eternamente conosco…
You’ve got a friend…
Dylmar Figueiredo Gomes e Fátima Souza
Leonardo Gomes
18 de setembro de 2012 - 13:31Não vejo meu tio e padrinho desde meu casamento, há mais de vinte anos. Foi muito bom saber que está tão bem, e que o imponderável, às vezes, trabalha a nosso favor, como nesse incrível reencontro.
RICARDO GOMES
18 de setembro de 2012 - 10:47Esse é meu tio Dylmar!!! Moro em Belém e não o vejo há mais 30 anos, quando saí do Rio de Janeiro. Foi muito bom revê-lo aqui, como protagonista dessa história de amor fantástica.
Dylmar Figueiredo Gomes Filho
18 de junho de 2012 - 02:55Companheiro Hiroshi
Foi um prazer tomar um chopp com o amigo na beira da praia de Copacaba.Por favor, apareça mais vezes no Rio.
Informo a todos que o casal vinte segue feliz a sua história de amor.
Sou, sem sombra de dúvidas, a maior testemunha da “continuous story of Dylmar e Fátima”.Todos os dias,quando volto do trabalho, passo na casa do casal para saber se está tudo bem e encontro sempre os dois de mãos dadas.
Do you want to know a secret?
Nem em dia de FLUMINENSE e VASCO são capazes de brigar, e acho que sempre torcem juntos pelo empate, esperando que suas agremiações arrumem os pontos que precisam em outra freguezia.
O espaço do FLUMINENSE FOOTBALL CLUB no coração do Dr. Dylmar é infinitamente menor do que o da Fátima…VIVER WITHOUT PASSION “NA TERCEIRA IDADE” is unforgivable…
Romeu e Julieta nunca existiram, mas o balcão de Verona está sempre cheio com as visitas ao quarto de Julieta, que parece que vai ganhar uma câmera permanente na internet…Em nome do amor vale tudo…
Quem quiser a implantação de um pay per view desta história realíssima, é só preparar as suas webcams para os formatos semptoshiba que estão vindo por aí, e aguardar mais um pouco o avanço da tecnologia.
Aguardem Dylmar e Fátima em 3D, sem óculos especiais em 2013…Quem se equipar tecnologicamente à altura verá…This love can never die…
Companheiro Hiroshi, parabéns pelo site.Simplesmente demais…
É nós na fita…
Um abraço pra todos.Cuidem-se bem…
Dylmar Figueiredo Gomes Filho
Theresa Furtado
14 de fevereiro de 2012 - 16:34Acabei de ler – a pedido de Gleide, minha sobrinha – o relato de:”Quando o Amor Acontece”. Então, desejo fazer um comentário : Dylmar, meu cunhado, também foi muito feliz durante os 52 anos do casamento com minha irmã Dylce. Desejo a você Fátima, a mesma felicidade. Abraços, Theresa.
Theresa, o Dylmar deixou isso claro. Da felicidade que ele viveu ao lado de sua irmã, por 52 anos. Abraços
jeanne souza
8 de fevereiro de 2012 - 14:59Estamos muito felizes que Fátima e Dylmar estejam aproveitando estes momentos juntos e felizes, um fazendo companhia ao outro e sabemos que de certa forma aumentamos nossa familia pois os filhos do Dylmar são maravilhosos e cuidam da Fátima com muito carinho no Rio de Janeiro.Desejamos que continuem sendo felizes bjs da nora Jeanne
Joziani Collinetti
5 de fevereiro de 2012 - 09:22parabéns ao casal pelo reencontro, e parabéns à coragem e iniciativa de Maria de Fátima que não teve receio ao buscar sua felicidade, é isso aí, o tempo passa mas a semente bem plantada e regada, um dia reencontra sua raíz. abraços
anonimo
4 de fevereiro de 2012 - 16:11Que bela história de amor! Mas é assim mesmo, quando aquele amor é o da gente, pode “virar mundo, morrer astros” que esse amor vai cruzar nosso caminho outra vez. Adorei póis tenho uma história idêntica. Parabéns Hiroshi.
Orly Bezerra
4 de fevereiro de 2012 - 12:17Hiroshi,
Dois parabéns: para o casal que revive o amor em uma bela história e pra você, amigo, pela forma com que abordou o assunto, num texto pra lá de primoroso.
abração,
Orly Bezerra
Obrigado, Orly. A história do casal dá samba. E literatura. Abraços, querido.
marabaense
3 de fevereiro de 2012 - 13:20Me emocionei lendo essa história. Que lindo!
Saudade de Marabá
3 de fevereiro de 2012 - 10:22Ah!!! e pensar que quando eu tinha 14 anos um sentimento igual me aconteceu, aí, em Marabá…Embora 30 e tantos anos tenham se passado, é fato que lembrarei pra sempre.
Eu Sei Que Vou te Amar
Tom Jobim
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Palloma Souza Bogea
2 de fevereiro de 2012 - 20:29É muito gratificante ser neta de avós que espelham tanto amor…
“Que seja eterno enquanto dure, e que dure para sempre”
Irradiam ternura , sim, Palloma. Beijos.
Capitu
2 de fevereiro de 2012 - 19:51Que linda história!!!
Fiquei morrendo de inveja!
Quero um amor assim também…
Dylmar Figueiredo Gomes
2 de fevereiro de 2012 - 19:29Companheiro Hiroshibogea
Se o destino ainda tivesse surpresas para nos fazer, essa sua Bógea, foi, sem sombra de dúvidas, uma das maiores que já tivemos.
Tendo em vista a nossa idade avançada, pensávamos que a nossa história jamais desaguaria na internet.
Desejamos a todos que se amam e que também foram afastados pelo destino, que se inspirem na nossa vida e acreditem que sempre, a qualquer tempo, tudo pode mudar.Só o amor é real.
Aceite os nossos agradecimentos e conte eternamente conosco…
You’ve got a friend…
Dylmar Figueiredo Gomes e Fátima Souza
Queridos Dylmar e Fátima, quanta honra tê-los aqui na caixa de comentários. A estória de amor construída por vocês comove e mostra que nunca, jamais, é tarde para o amor acontecer. Ou prosseguir, depois de mais de meio séculode hiato. Um abraço para o belo casal.
PS- Perdoe, Dylmar, escrever seu nome com “i”. Já estou indo consertar.
Alan Souza
2 de fevereiro de 2012 - 17:08Essa estória me lembro “O Amor nos Tempos do Cólera”, de Gabriel García Márquez. É uma estória de amor muito parecida, de namorados na juventude que se reencontram 51 anos depois…
No romance de Gabriel, como você sabe, o amor é de Florentino, é ele quem faz de tudo para conquistar Firmina. No caso de Fátima e Dilmar, o amor nasceu da querença de ambos, o chamado “à primeira vista”, embora no “…Tempo do Cólera”, a paixão surja também aos 15 anos – e efervesce meio século depois.
Como analogia, oportuna lembrança.