Um jogo lúdico provocado pela diretora da escola São José, na vila que leva o mesmo nome, a 8 quilômetros de Marabá, revelou crianças um pouco distanciadas do “sonho natalino” que embala o universo juvenil, nesta época do ano.
A percepção que as crianças da zona rural têm do Natal é ritmada pelo cotidiano duro de suas famílias – mundo revelado nos desenhos que alguns alunos fizeram nas salas de aula.
“O pequeno Davi deixou que suas mãozinhas expressassem sua fragilidade de criança. Elas concretizam o abstrato, nossos sentimentos: amor (cafuné na cabeça), tristeza (mãos em oração), medo (apertadas uma nas outras). Com as mãos trabalhamos todos os dias, com as mãos escrevo este texto…”, conta Evilângela Lima num suave texto revelador da experiência.
– “O que me chamou atenção foi a falta de presentes de Natal. Nenhuma criança pediu ou desenhou presentes (brinquedos), um pensamento maduro?”, indaga a colaboradora.
Leia o texto de Evilângela Lima, na coluna ao lado.
Anônimo
17 de dezembro de 2011 - 16:14Parabens, Evilangela, pelo artigo consequencia de suas observações em sala de aula. Muito interessante e procedente o resultado da consulta junto aos seus jovens alunos.
Evilangela
17 de dezembro de 2011 - 07:09Fernanda, minha amiga (já posso chamá-la de amiga), muito obrigada por sua presença sempre marcante.
Que legal perceber o quanto o blog do Hiroshi prende a atenção de todos que passam por ele.
É como açaí: conheceu, gostou. E não conseguimos parar de acessá-lo.
Legal também ter “sacado” a ideia de ouvir mais as crianças, porque tem opinião própria, percebem as coisas com mais sinceridade.
Não desaparece, amiga.
Beijos.
José de Nazaré
16 de dezembro de 2011 - 16:45“(…) Todo fim de ano Zé vê as ruas e as lojas se enfeitarem com luzes coloridas, sinos, árvores enfeitadas, papais Noeis e coisas que imitam a neve por todos os cantos, embalados por belas músicas natalinas.
Zé um dia ouviu falar no Natal, não entendeu muito bem o que era… Essa podia ser uma época especial para todos, menos para o Zé. Afinal sua fome não mudava. Zé mora num barraco, é analfabeto, não tem amigos, e hoje deseja descobrir o que é Natal.”
“Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra”
(O sal da terra, de Beto Guedes)
Fernanda
16 de dezembro de 2011 - 14:52Quero deixa registrada minha admiração pelo belo trabalho que a Evilângela realiza como diretora dessa escola. Moro em São Luís e passei a conhecer Marabá através de conversas que tenho com uma amiga que nasceu aí e mora aqui, na capital maranhense, a Conceição. O próprio blog foi indicado por ela para que eu me inteirasse das coisas que ocorrem nessa grande região. Sou sua fã, Evilângela, e já li esse artigo sobre a experiencia com as crianças, em sala de aula. É isso que os educadores tem que fazer: procurar “sacar” o que pensam as crianças, seus sonhos e anseios. Belo texto, diretora. Uma admiradora sua, Fernanda Maria.(São Luís-MA)
marina tocantins
16 de dezembro de 2011 - 13:11Eles desenharam o 55, Hiroshi!!!!