Além do setor guseiro abatido em pleno voo – pela crise mundial que domina o setor e em decorrência das demandas embientais nunca solucionadas pelos empresários siderúrgicos -, agora é a Buritirama quem pode parar suas atividades.
O assunto está sendo tratado – sem nenhuma necessidade, diga-se -, ainda em sigilo, mas é provável que a empresa coloque no olho da rua centenas de pessoas. O preço do manganês, em particular de algumas commodities minerais, no mercado internacional – seria o motivo.
Se for confirmada a paralisação das atividades da Burutirama na Vila Uniao (zona rural de Marabá) e em sua sede na cidade, outro fomentador de salário e renda do município, a crise ganhará dimensão preocupante.
É provável até que as obras do porto da Buritirama à beira do Tocantins, nos últimos meses tocadas a passos de jabuti, também sejam paralisadas.
Verde
30 de novembro de 2011 - 17:27Caro Hiroshi
Parto do principio que toda a atividade Siderúrgica deva ser usada com carvão vegetal de reflorestamento, resíduos das mais diversas origens com este preço final de carvão posto em Marabá já é uma mentira, pois não remunera a cadeia produtiva.
A utilização do coque também e uma materia prima que esta causando uma série de maleficios principalmente chuvas ácidas não queremos isto para a nossa amazonia.
O ferro gusa não remunera o reflorestamento, também e uma mentira, pois ja tivemos um preço de gusa proximo ou maior que $ 900,00/ton. e não se plantou uma árvore se quer.
Temos que ajustar a produção das Siderúrgicas em relação a uma materia prima comprovadamente com origem até que se tenha uma area reflorestada suficientemente para suprir a demanda do parque industrial.
Produção de carvão vegetal e uma atividade altamente insalubre que necessita treinamento para quem vai estar nesta atividade, investimento de equipamentos e etc, com isto o pequeno produtor não deve e não tem como entrar nesta atividade, para produção de carvão vegetal tem que ser médio e grande pessoa juridica, pequenos produtor , colono e etc tem que ter outra atividade.
Tem que haver uma assinatura de um TAC, envolvendo MFP, IBAMA, SEMA, e Ong´s com o objetivo de averiguar ou auditar de tempos em tempos se esta sendo cumprido o que foi comprometido.
Fazendo uma conta de ” papel de pão”, hoje temos 11 Siderúrgicas, com 26 altos fornos, se considerarmos uma média de 1.000 mdc/dia/forno, teremos 26.000 mdc/dia a R$ 100,00/mdc, estamos deixando de circular R$ 2.600.000,00/dia já pensou num ano o valor desta soma que esta deixando de circular no Sul do Pará, talvez até remunerando mais que o gado.
Este parágrafo exposto acima refere-se ao carvão mas comprovadamente legal.
Enfim em função da Importancia e da necessidade de legalização do parque Siderúrgico, conclamo que o Senhor Governador deveria criar, uma Secretaria ou departamento com a finalidade específica para tratar destes assuntos ligados ao Setor.
Agradeço a atenção, e espero ter contribuido de alguma forma a tornar esta atividade de Siderúrgica na nossa região uma atividade viavel ecologicamente, viável economicamente.
Obs: Sugiro também que para assinar este TAC, seja chamado as empresas trading dos EUA que compram Ferro Gusa em Marabá PA.
Anonimo
30 de novembro de 2011 - 14:35Pelo jeito que andam as coisas o governo ainda insiste em dizer que a lei Kandir é a vilã da história e pretende cobrar mais tributo das empresas extrativas minerais através de uma “taxinha” de 6% sobre o faturamento, uma bagatela, justificativa para má gestão do erário público.
joao filho
30 de novembro de 2011 - 00:49Anonimo das18:05,voce tem toda a razao.
Anônimo
29 de novembro de 2011 - 18:05Falam tanto de “verticalização”, mas como isso é viável em uma região que se preserva 80% e libera apenas 20%? Quem investirá em reflorestamento nessas condições? A solução é fazer igual a VALE faz, exportar a matéria e não ter nenhum tipo de preocupação ambiental. A SINOBRÁS é viável porque usa sucata, mas me digam, a sucata é originada onde? Que eu saiba no ferro gusa… Hoje o desinteresse em produzir ferro gusa é enorme, diria que zero. Não estou aqui estimulando o desmatamento, produção de carvão ilegal, mão de obra escrava, etc… Há de se ter um meio termo, o GUSA é necessário, a verticalização é necessária, mas do jeito que está ficaremos apenas nas promessas da VALE.
commodities
29 de novembro de 2011 - 17:03Em gestão, costuma-se dizer que toda economia centrada na exportações de matérias primas sem o mínimo de verticalização, como é o caso dos minérios, madeira, gado em pé, café, castanha do pará, dentre outras, está fadada a sofrer todas as oscilações do mercado. Como se pensa o assunto em Marabá, diante de tantas incertezas? Precisamos tratar do assunto com a realização de simpósios, debates, reunir nossas representações comerciais e industriais para pensarmos em alternativas mais confiáveis. Londrina, no norte do Paraná foi por muitos anos chamada de Capital Mundial do Café. Veio a geada de 1975 e o caos se instalou a região. Hoje, com cerca de 550 mil habitantes, se destaca como uma cidade com grande enfase na prestação de serviços. Como centro estudantil universitário. Como centro capaz de, ao resistir crises, exibir crescimento sustentável e garantir estabilidade econômica e seguir com seu desenvolvimento. E Marabá, quem trata do assunto, com relação à transformação de nossa cidade numa prestadora de serviço?
Agenor Garcia
jornalista, gestor ambiental, pós graduando em docência no ensino superior.
George Hamilton Maranhão Alves
29 de novembro de 2011 - 10:57Economias meramente exportadoras de matérias primas (economias do Terceiro Mundo) estão sujeitas e ficam a reboque das oscilações do mercado internacional. Lembrem-se do café e, no âmbito mais regional, da castanha-do-pará. Nem a Buritirama, nem a prefeitura, nem os governos estadual e federal têm, no momento, culpa pela inevitável demissão de empregados. O que determina essa demissão, em última análise, lembrando da expressão do saudoso e falastrão Brizola, são as desiguldades nas relações internacionais.