Gina Pinheiro, esposa do cirurgião-plástico Antonio Pinheiro, que morreu num quarto de hotel de Brasília vítima de ataque cardíaco, atenderá pedido do marido. Após procedimentos de cremação do corpo, as cinzas serão transportadas a Marabá para serem espalhadas sobre as águas do rio Itacaiunas.
Quem conta é o irmão de Antonio, o advogado e colaborador do blog, Plínio Pinheiro Neto, num comovente comentário enviado ao blogger:
Caro Hiroshi.
O Antonio partiu inesperadamente, no momento em que mais uma vez deixava o convivio de sua familia, para dedicar-se ao seu sacerdócio, que era o exercicio da medicina como um todo. Partiu longe de nossos olhos que tanto o amavam, em um quarto de hotel em Brasília, quando se arrumava para ir para o aeroporto, porém tenho certeza de que não estava só, pois como homem integro, honrado, humilde e desapegado dos bens materiais, por certo Aquele que se agrada de quem assim vive, por certo estava com ele. Há uma dor muito grande em nossos corações, pois ele era uma referencia e um exemplo para a familia e uma voz sensata e aconselhadora, que se fazia ouvir nos momentos mais precisos. Por vontade dele o corpo será cremado e as cinzas atiradas no rio Itacaiunas, desta Marabá que o viu nascer e que ele tanto amava. Que o SENHOR conforte o coração da Gina e dos filhos, fortalecendo-os a prosseguir na construção dos sonhos, alicerçados nos inolvidáveis exemplos de vida que o Antonio deixou para todos nós.
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Atualização às 11:21
O corpo de Antonio Pinheiro está sendo trasladado neste momento para Belém.
Velório deverá ter início às 13h30, na sede do Conselho Federal de Medicina. Horário dos procedimentos de cremação ainda não está definido.
Na foto abaixo, aparecem os quatros médicos da família Pinheiro.
Da esquerda para a direita: Antonio Pinheiro Filho, ao lado do pai – Antonio Pinheiro; sobrinho Plinio Pinheiro Filho e o irmão Athos Cezar Pinheiro.
Dos quatro médicos, Athos exerce a profissão em Marabá. Antonio, pai e filho, em Belém. Plínio trabalha em São Paulo.
Arlete Herênio de Moraes
25 de outubro de 2011 - 19:54Conheci o Antônio desde muito pequena. Éramos vizinhos em Marabá. Desde cedo foi possível ver que sua essência infante era dominada pela ética, pela seriedade de suas ações e a solidariedade que destinava a todos os seus parentes e amigos. Jamais esquecerei a aflição que enfrentei aos 8 anos de idade, para decorar minha nova bicicleta para as comemorações do dia 7 de setembro. E eis que surgiu o Antonio que, como uma mágica, enfeitou minha bicicleta com papel crepom verde e amarelo e a deixou linda e fez com que eu resgatasse meu orgulho e a alta estima de poder desfilar na Parada de 7 de Setempro sem qualquer constrangimento e me sentindo confiante. Me lembro também que ele muitas vezes deu carona a mim e a muitos e muitas outras colegas até a beira do rio Itacaiúnas para pegarmos a canoa do Seu Domingos que nos atravessava até o colégio Santa Terezinha. A última vez que vi o Antonio foi caminhando no parque de Brasília, às 06h00 da manhã, acompanhado de alguns colegas médicos. Na ida da caminhada nos cumprimentamos rapidamente para não interrompermos o ritmo e a respiração da caminhada. No retorno do circuito, paramos e conversamos como dois verdadeiros irmãos e trocamos informaçoes sobre nossas respectivas famílias e nos desejamos boa sorte de coração! Eu nunca iria imaginar que aquele poderia ser nosso último encontro. Entretanto, guardo comigo essas lembranças que configuraram uma verdadeira reiteração da amizade e respeito que sempre nutrimos um pelo o outro, embora sem mantermos contatos há tantos anos. Isso fez com que eu reforçasse a minha tese e crença de que a verdadeira amizade nasce na infância e é eterna. Nutro este mesmo sentimento de amizade pela Gina, a Claudina, Da. Maria, Seu Zé, Cláudio, Athos e Plinio. Rezo por todos vocês, inclusive pelo Osorinho que se foi tão cedo, deixando tantas saudades. Envio a todos vocês meu abraço carinhoso e fraterno!
Arlete
Silvia Cunha Lobato
12 de outubro de 2011 - 12:56Caro Hiroshi,
Amahã, quinta-feira, dia 13 de outubro, as 7:30 da manhã, na Igreja de São Félix de Valois, será realizada a missa de 7º dia do Dr. Antônio Gonsalves Pinheiro. As CINZAS, que serão conduzidas a Marabá por seus filhos, têm hora prevista de chegada no aeroporto, as 6:30, de lá sairá o cortejo até a igreja de São Félix.
Após a missa as cinzas serão lançadas na confluência dos rios Itacaiúnas e Tocantins.
Peço a você que lance o convite através do seu blog.
Silvia, já publicamos o convite. Abs
Márcia Moraes
12 de outubro de 2011 - 10:35Eu e meus familiares lamentamos o falecimento do amigo Antônio Pinheiro.
Sua alegria, integridade, simplicidade, amizade ficarão guardados nossa lembrança e nosso coração.
Sentiremos muita saudade.
Eu como afilhada, lembrarei do padrinho sempre com muito carinho.
Márcia Regina e famílias Monteiro e Moraes.
Franssinete Florenzano
11 de outubro de 2011 - 11:15Lamento muito a perda da família Pinheiro, à qual ofereço minha solidariedade e abraço fraterno. Eu conhecia o Dr. Antonio Pinheiro há uns 11 anos, era um homem íntegro, bondoso, correto, excelente profissional e de uma simpatia contagiante. Que seus familiares encontrem consolo em seu exemplo digno. Ele certamente descansa na paz eterna.
EVALDO BICHARA FILHO
10 de outubro de 2011 - 23:30Perdemos mais que um tio, perdemos um pai, um exemplo de homem comprometido com ética e com a saúde não apenas do pará, mas do pais, respeitado até pelo que é considerado o melhor cirurgião plastico do mundo, Dr Ivo Pitanguy, a imagens que tivemso hoje da quantidade de pessoas presentes no velório deste gigantesco homem fala tudo a respeito de quem ele era de fato.
Agradecemos a todos os apoios.
Ronaldo Giusti
10 de outubro de 2011 - 17:40Conheci o médico Antônio Pinheiro, no final do ano passado, quando tive oportunidade de fazer a defesa oral de um cliente médico que respondia a uma representação no Conselho Regional de Medicina do Pará. Antônio Pinheiro era o relator do processo e nos tratou com a elegância comum aos cavalheiros, muito embora a maioria dos conselheiros tenha rejeitado o seu voto e absolvido o meu cliente. Teve postura equlibrada e isenta, o que me deixou ótima impressão.
Minhas condolências à família enlutada, em particular aos colegas Plínio e Gabriela.
Alan Souza
10 de outubro de 2011 - 10:03Eis aí um homem sábio! Não o conhecia, mas esse desejo de ter como última morada um rio de sua terra é típico de um homem sábio, que soube valorizar sua origem e sua gente. Eu já pedi à minha família a mesma coisa (para ser cremado), muda apenas o rio, quero que minhas cinzas fiquem no rio Guamá.