É engraçadíssimo como alguns coleguinhas mais ao Sul do país recuam rápido diante de determinadas situações de escrever o que achavam que era e desdizer o que não era, num esforço mágico ( e descarado!) de não assumir o ônus pelo péssimo exemplo de falta de profissionalismo. Pior é que o ‘baixo clero’, formado por coleguinhas regionalizados, segue trotando na repercussão do que os mais ‘graduados’ pontificaram em suas colunas ou textos soltos dos jornalões. Tomemos como exemplo recente a queda do airbus-A320 da TAM.
No dia 17 de julho, a partir da explosão da aeronave imprensado entre um posto de gasolina e o prédio da companhia, raríssimos se posicionaram no aguardo das investigações. A maioria fazia suas “análises” afirmando peremptoriamente que a causa era a falta de ranhuras na pista de Congonhas e, por extensão, responsabilizavam o governo Lula pela tragédia. O poster viu na TV, aos berros característicos, Luiz Datena e o nasalado Marcelo Resende execrarem Lula e políticos de modo geral. Um deles chegou ao irresponsável limite de insinuar prisão do presidente da República.
Agora, muitos dos que se lançaram nesse tipo de jornalismo de supletivo tentam exorcizar os “fantasmas” da desinformação divulgando os primeiros indícios da verdade. Ou seja, a de que houve falha humana e defeito de equipamentos da aeronave.
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“Há marcas claras deixados pelo avião na pista inteira. Ora, se houve aquaplanagem, como muito se pensou, não haveria essas marcas, pois o Airbus não teria entrado em contato físico com a pista.” Diz o comandante Carlos Camacho, diretor de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas.