Costumo ressaltar dois maestros soberanos da palavra: Fernando Pessoa e Machado de Assis. Esses dois me deram a régua e o compasso.
Releio-os com veneração, entusiasmo e respeito.
Não à toa são dois escritores de língua portuguesa.
Tenho admiração pelos franceses (Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Valéry, Balzac, Sthendal) e pelos latinos (Borges, Cortázar, Garcia Marquez, Vargas Llosa, Manuel Puig, Roberto Bolaño, Neruda).
Da nossa literatura são muitos. Citaria Rosa, Clarice Lispector, Jorge Amado, Dalton Trevisan, Murilo Rubião, Drummond, Bandeira, Quintana, Cecília, Lígia, Manoel de Barros, Ricardo Ramos, Rubem Fonseca, JJ Veiga, Lima Barreto…
Dá uma lista enorme.
Por isso me considero um ser apaixonado pelas palavras.
Eu sonho com elas.
Às vezes meus devaneios oníricos não possuem imagens, são apenas povoados pelo verbo.
Às vezes, aconteceu de conceber um poema durante um sonho e acordar apressado para recuperá-lo. Isso ocorre vez por outra, e é angustiante, porque nem sempre consigo me lembrar da totalidade que me aparecia e se oferecia aos sentidos.
Socorrem-me na angústia de escrever Graciliano Rosa, Fernando Pessoa, Manoel Bandeira.
Atraído quase compulsivamente pelo inusitado, convivo obcecado ante o espanto que as palavras me causam.
Talvez por isso as crônicas ganhem contornos de estranheza, que no fundo deve ser a busca daquela originalidade perdida quando os vocábulos são aprisionados em dicionários.
Um bom domingo a todos.
anônimo
29 de agosto de 2011 - 19:03” Socorrem-me na angústia de escrever Graciliano Rosa,…”
Caro Iroshi, não seria Graciliano Ramos?
Aproveitando o espaço, que tal a sugestão de incluir na listagem o nosso ilustre escritor DIOGO BOGÉA, “Eu, o personagem” (vivendo no mundo da imaginação).
Tijuca, Rio/RJ
João Dias.
Graciliano e Guimarães, parceiro. O Diogo ainda vai chegar lá. Está no rumo certo, J Dias. Abs
George Hamilton Maranhão Alves
29 de agosto de 2011 - 13:55A literatura é a própria imortalidade.
Zelia Marques
28 de agosto de 2011 - 12:24Hiroschi.
Lendo essas “coisas dominicais” lembrei de um “aviso” de Hermann Hesse
“Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daqueles que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impluso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o próprio mundo, e isso é tudo.”
É isso. Régua e compasso… o restante é trabalho arduo, cotidiano e continuo.
Obrigada por lembrar a nós leitores que ler e escrever pode ser assim… algo que nos aproxima e nos apaixona pelas palavras.
Longa vida a sua paixão pelas palavras… ficamos no aguardo das próximas “organizadas lado a lado” num texto, num contexto. NA VIDA
Abração.
Zelia Marques.
É isso, Zélia, um resumo de sua compreensão das imagens construídas no post. Abraços dominicais.
Anônimo
28 de agosto de 2011 - 11:23Seu texto me exige compartilhar uma sensação que venho tendo a algum tempo… (vou tentar explicar)
é como se a nos ultimos tempos estivessemos cada vez mais distante desses gigantes das palavras… seja por outros motivos mas nesse novo cenário … em momento atual onde a blogosfera assume na sociedade de informação (embora sem a profundidade dos tempos idos) sua paixão pelas palavras também nos inspira.
Pasme camarada, mas vc e tantos outros como por exemplo: Passival Pontes. (refiro me ao escritor pela fina ironiae …)
também faz parte dessa lista para uma parcela de internautas que nos 2 minutos do dia corrido digitam a página do blog em busca de gotas de palavras, sumo empararelhamento delas!
Anônimo 11:23: o importante é fazer um esforço para não ficar “distante dos gigantes das palavras”. Faça sacrifícios para evitar se disassociar deles. Lhe fará bem, sempre. Abs
Paulo Belem
28 de agosto de 2011 - 11:23Escândalo da Assembleia Legislativa do Pará: Roubo de documentos pode implicar senador tucano
Da Reportagem do Diário do Pará
O Ministério Público começou a montar o quebra-cabeça que vai permitir individualizar responsabilidades de civis e militares pelo cinematográfico sumiço de 52 processos de licitações fraudulentas dos arquivos impressos da Assembleia Legislativa e pela destruição dos registros eletrônicos desses documentos nos computadores da AL. O promotor Arnaldo Azevedo, que vasculha o poço de fraudes no parlamento, admitiu sexta-feira ter reunido fortes indícios que ligam os coronéis Rufino e Osmar, da Casa Militar da AL, à operação militar que retirou a documentação do prédio da AL no dia 28 de maio último em uma viatura da Ronda Tática Metropolitana (Rotam). “A comprovação disso é que agora precisa ser feita”, afirma o promotor.
As investigações conduzidas por Azevedo chegaram perto do gabinete do presidente da AL, Manoel Pioneiro. Na antessala, Rufino, que é homem de confiança do ex-presidente e hoje senador Mário Couto (PSDB), teria sido o artífice, com a ajuda do coronel Osmar Nascimento, da operação militar que escoltou a papelada para fora do prédio. A reconstituição com provas da manobra dos militares está sendo feita com a ajuda de depoimentos e de investigações. Os dois coronéis serão chamados a depor em data ainda não definida.
Segundo Azevedo, na última terça-feira, 23, o subcomandante da Rotam, major Márcio Raiol, prestou depoimento reservado no MP e admitiu em parte o que o DIÁRIO publicou com exclusividade na quinta, 25. Raiol confessou que a viatura que serve a ele na Brigada Militar, uma das mais estratégicas e temidas no enfrentamento ao crime urbano, esteve mesmo no prédio da AL na manhã de 28 de maio. O oficial, porém, negou a Azevedo qualquer operação criminosa montada para o rapto de documento público. Leia mais no Diário do Pará
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