Alguém, numa estação de rádio local, conforme informação repassada ao blog, estaria alongando a discussão sobre o risco da rotatória ligando a Transamazônica ser atingida por alguma cheia do rio Itacaiúnas, prejudicando o tráfego de veículo pelo retorno da parte inferior do primeiro viaduto construído na rodovia Transamazônica, que levará o motorista ao núcleo pioneiro.
Quando o assunto envolve discussão técnica de uma obra, recomenda-se a busca de informações também técnicas para não criar falso cenário junto a opinião pública – o verdadeiro interessado em tudo o que o jornalismo veicula.
O blogger conhece a fundo detalhes de todos os projetos de duplicação da Rodovia Transamazônica, através de diversos contatos mantido ao longo dos meses junto a engenheiros da CMT (construtora responsável pela obra) e a própria Secretaria de Obras.
Por ocasião dos boatos que davam conta de que o viaduto 1, no trevão que liga os três Núcleos, na Transamazônica, estaria com parte de sua estrutura ameaçada, em conseqüência de um recalque (afundamento de um de seus pilares), o poster fez questão de desmentir o bababá exatamente por conhecer nuances do projeto.
Agora surge mais essa novidade, também sem fundamento.
O retorno referido que ligará a Transam ao aterro dos bambus, sentido Velha Marabá, está na cota 84.
Para efeito de esclarecimento, cota é um padrão de medida estabelecido referente ao limite de segurança normatizado pelo Plano Diretor de Marabá, baseado na maior cheia registrada até hoje no município, a de 1980.
A cota padrão do PD é de 82.5
A cota do Aterro dos Bambus, por exemplo, em sua parte mais baixa, onde em algumas cheias as águas do Tocantins e Itacaiúnas cobriram pequeno trecho de superfície da pista que liga o núcleo da Velha Marabá a Transamazônica, está padronizada em 83.
Em caso de uma cheia que cubra a cota 83, impedindo o tráfego de veículos para a Cidade Pioneiro, não se faria necessário trafegar pelo retorno do viaduto 1 pela lógica da impossibilidade de se chegar a Velha Marabá -, mesmo considerando a cota 84 da rotatória, em sua parte mais baixa.
Andre Ribeiro - Engenheiro
27 de agosto de 2011 - 09:53Fiz uma postagem no blog do Quaradouro sobre esta situação que observei sobre a profundidade do viaduto do trevo comparado com oso outros viadutos a frente em relação a BR e não a via de acesso a marabá pioneira.
Como relatei no referido blog desconfiei de um possivel erro construtivo ou de ausencia de projeto executivo, pois sabe-se que na Secretaria de Transporte não existem projetos construtivos (“sic” ministro dos transportes atual em declaração ao Jornal Nacional sobre superfaturamento de obras).
De qualquer modo acho bom termos o MPF fique de olha pois caso tenha havido recalque e posteriormente reforço desta falha temos de conhecer os projetos iniciais que foram registrados no CREA/PA e de sua origem e na Prefeitura de Marabá que passou por analise dos engenheiros para liberação de alvará de construção.
Se não houve nada disto entao a CMT e seu corpo técnico não tem nada a temer.
Bom Final de Semana.
Bressan
26 de agosto de 2011 - 17:05Durante a cheia deste ano observei que a água chegou muito perto da base do tunel que do trevo que dá acesso ao bairro Marabá Pioneira. Olha que não foi uma cheia grande… Perguntei para um engenheiro da CMT sobre o risco de alagar o tunel. Respondeu que a cota estava um metro acima do nível da pista do bambuzal. Portanto, procede o argumento acima referido.
No entanto, tenho uma preocupação, pois o nível do tunel está muito no limite da cota de alagamento do restante da pista. Pensando para o futuro, é lógico que precisamos elevar o nível de aterro da pista do bambuzal. Uma pista mais alta facilita o escoamento das pessoas e da estrutura do comércio durante uma cheia maior, o que é provável pela história da natureza. com todo respeito aos técnicos e engenheiros, creio que ainda está em tempo de avaliar esta situação e se houver risco ainda corrigir.
Você tem toda razão, Bressan. O nível do aterro deveria ir para a cota 84. Abs