Formando exatamente um triângulo, como mostra a foto, o bairro do Cabelo Seco é o começo de tudo.

No encontro do rios Itacaiúnas (à esquerda) com o majestoso Tocantins, Francisco Coelho aportou em 1913 e construiu a Casa Marabá, espécie de mercearia onde ele vendia de cachaça a mantimentos. As más línguas comentam que o maranhense criou ali também o primeiro rendez-vous. Ou a primeira casa de tolerância do município. Ou o bordel de nossos tempos.

Entre todo tipo de mulheres que freqüentavam as casas do pequeno lugarejo, destacavam-se fornidas negras de cabelos pixaim com quem os machos trabalhadores da roça das redondezas, aos finais de semana, adoravam se relacionar.

Vamos ver as “cabelos seco”, diziam, em cima de embarcações rumando à vila de Francisco Coelho.

Hoje, Marabá completa 95 anos, acomodando em seu território 250 mil pessoas de todas as raças e credos distribuídas em quatro cidades: Nova Marabá, Cidade Nova, Velha Marabá e Morada Nova.

Marabá, certamente, é a cidade mais democrática do mundo.

Aqui é a terra das oportunidades. Há espaço para tudo. Até para ser feliz.
Que não é pouco, nos dias atuais.
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atualização às 21:11
Corrigida por amigo comum, a frase exata dita à época pelos homens que buscavam diversão às proximidades da “Casa Marabá”:
Vamos ver as mulheres de “cabelos seco”.
Por isso o bairro ficou com essa denominação até hoje. Oficialmente, chama-se Francisco Coelho, mas a consagraçào popular nunca foi vencida.