– “Quase sempre, por trás da morte de alguém vítima de pistolagem, há um mandante. Quando um pistoleiro acaba com a vida de outro, o que morreu tem envolvimento com algum fato que desagrada o mandante. O que morreu pode ser líder sindical, ´mexeu´com a mulher de outro, deve alguma grana a alguém…”
Mais ou menos com essas palavras, dentro desse contexto, o já falecido José Pereira Nóbrega, conhecido regionalmente como “Marinheiro”, contou ao blogueiro, durante uma conversa de apuração jornalística, o perfil de quem morre por ato de pistolagem.
Essa conversa ocorreu poucos meses antes de José Pereira Nóbrega falecer.
E “Marinheiro”, segundo a lenda e alguns fatos apurados pela Justiça, tinha expertise no assunto, já que até sua morte, ele foi apontado como a pessoa que contratou o pistoleiro José Crescêncio de Oliveira para assassinar o advogado Gabriel Pimenta, morto a tiros na avenida 5 de abril, na Velha Marabá,
O assunto vem à tona à propósito do assassinato, na noite de ontem, 28, do agrônomo Magnum Taveira Belizário, em um restaurante da Cidade Nova, em Marabá.
A vítima foi alvejada a poucos metros de distância.
Magnun foi candidato a vereador em Marabá, na eleição passada – e havia anunciado sua pré-candidatura a deputado federal, pelo PL.
A ida da vítima para o Partido Liberal teria sido a pedido dos senador Zequinha Marinho (foto acima), que já está em plena campanha ao governo do estado do Pará.
Hoje pela manhã, o blogueiro ouviu o depoimento de alguém com forte trânsito pela Polícia Civil, afirmando que a morte de Magnum está sendo investigada a partir de algumas informações que envolvem vendas de projetos de manejo e de regularização fundiária a proprietários de terras da região que supostamente não estaria sendo entregues pela vítima aos clientes.
Há um outro curso das investigações que passa pela agiotagem.
Logicamente, as afirmações estão todas no campo das suposições, já que um crime sob encomenda tem diretrizes de apuração que passam por todas essas possibilidades.