Vários sites nasceram, e outros tantos já morreram, nesta terra chamada internet. Um universo catalisador de ideias, uma vitrine na qual não há modelo padrão: entra e posa quem quer.
Essa liberdade vem criando espaços muito interessantes, mas também, como em qualquer meio de comunicação, há os descartáveis.
Assim como costumamos ir à livraria e pesquisar quais títulos têm mais chances de nos agradar, antes de comprá-lo, também na internet nos cabe fazer tal escolha e com os mesmos requisitos.
Para que um site frequente a nossa lista de favoritos, ele deve merecer nossa atenção e nosso tempo.
Ele deve ser atraente e inovador.
Hiroshi Bogéa On Line completa este ano uma década.
Passados dez anos, chegou até agora acessado mais de 13 milhões de vezes.
Marca significativa.
Um tempo consideravelmente contemplativo – percorrido em meio a muitas informações e debates, sempre com o objetivo de tratar com respeito a divulgação dos fatos que ocorrem no Estado.
O blog já faz parte da história da informação paraense.
É uma fonte de pesquisa e leitura obrigatória, diariamente, de milhares de pessoas residentes não apenas no Estado do Pará, como em quase todos os estados brasileiros – e até fora do país.
Rápida olhada nos mapas do Google Analytics, que monitora a audiência deste blog, mostra que o HB ON Line é lido nos Estados Unidos, Canadá, Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Chile, países da América Central, Reino Unido, França, Portugal, Japão e, ora veja, até na Índia, onde vez por outra um (a) solitário (a) leitor (a) o acessa.
(Gostaria muito de saber quem é esse ilustre visitante “indiano” que me deixa carregado de orgulho!)
É muito prazeroso olhar pelo retrovisor para refletir o quanto andamos.
Tarefa nem sempre leve, mas certamente recheada de satisfação.
Para comemorar essa andança incansável, alteramos o layout do site.
Estaremos lançando novos espaços com o uso de mídias alternativas – não apenas a escrita.
O HB-TV, semanalmente, trará reportagens em vídeo de temas diversificados.
Também estamos produzindo vídeos que resgatam velhas profissões em extinção, com objetivo de valorizar quem deu sua contribuição para ajudar a construir um país mais justo, com menos dores e mais respeito ao semelhante.
Merecerão atenção especial deste espaço – jornalistas, radialistas, apresentadores de TV e blogueiros não apenas do Estado do Pará, como também de outros Estados.
Abrindo a série, entrevista é com o jornalista Jeso Carneiro, assinante do blog que leva seu nome, um dos mais lidos do Pará.
Lá de Santarém, Jeso conta um pouco de sua trajetória profissional.
Os fotógrafos, amadores ou profissionais, também terão vez aqui no blog, no rastro de atrações pautadas para a celebração dos dez anos.
Como dá pra observar, a estreia da sequência Click10 tem a assinatura de Ernesto Almeida Filho.
Ernestinho, como é carinhosamente tratado pelos amigos, vive a fotografia por puro prazer, rodando o mundo.
Não importa o palco.
Tanto faz seja Marabá, Fortaleza (onde hoje reside) ou qualquer outro lugar, com uma máquina em punho, o olhar apaixonado de Ernesto pelas paisagens urbanas e rurais, sabe tirar proveito de situações usuais, como um artista da paisagem e de situações, com intensa paixão.
Imagens sobrepostas do Pedral do Lourenção, cachoeira símbolo de saudosa época da exploração dos castanhais, cujas embarcações percorriam seus estreitos canais em viagens épicas que consagravam valentes pilotos ou os levavam à morte, revelam a acuidade de um talentoso fotógrafo, que faz do ofício puro diletantismo.
À espera de um largo canal que viabilize a navegação do Tocantins doze meses ao ano, dito e cantado como redenção da economia regional, as rochas do Lourenção, ao olhar atento de Ernesto, penetram o consciente como baladas saudosas, puxando o coro daqueles que ainda recordem o som dos rebojos das cachoeiras arrepiadas, desafiando a coragem e a competência de piloteiros e tripulantes destemidos.
Ao celebrar dez anos do blog, que teve seu primeiro post escrito em fins de outubro de 2006, não esquecemos os desafios, muito menos seus resultados gratificantes perante a leitura exigente dos leitores
São milhares e milhares de textos publicados.
Outros milhares e milhares e comentários, entre novas amizades feitas, outras desfeitas e o enfrentamento nem sempre agradável da ignorância política de outros.
O que enfrentamos de ignorância, estupidez, generalização, ausência de pensamento crítico …
A chamada síndrome da ignorância política também se fez presente.
O blogueiro, tenham certeza, se esforça para ser uma imensa crônica em sua dimensão humana.
Ao longo de quase 40 mil dias, aqui ele foi tecido com muito carinho, com o olhar tocado como se fosse o texto de outros, fatos e gentes construtores das notícias.