Com todo o respeito a deputada, mas é preciso reagir com firmeza à proposta de Bernadete Caten (PT), devidamente aprovada pela Assembléia Legislativa, de dotar o Parlamento Jovem de recursos para o pagamento de salário a dois assessores para cada “ deputado juvenil”. Isso é algo que não cabe na cabeça de quem tem compromissos com o futuro da juventude.
Como princípio de formação básica do interesse pela política, o Parlamento Mirim é bem vindo. Atrelá-lo a questões mercantilistas, consolidando no próprio jovem o caldo cultural de que é legal sim a formação de “trens da alegria”, pelo amor de Deus!
Na maioria das cidades onde foi instituído, o Parlamento Jovem objetiva formar e capacitar a juventude para a construção de competência analítica sobre o Poder Legislativo, garantido uma participação qualificada e institucionalizada do jovem na política através da disponibilização da informação.
Saindo desse trilho, é pura demagogia desviar seus objetivos.
Com um passo a mais, depois basta exigir de cada `parlamentar mirim´ a filiação partidária, preferencialmente, ao PT,com a devida obrigatoriedade de recolhimento do dízimo partidário.
Devagar, deputada. Mais devagar.
Hiroshi Bogéa
26 de setembro de 2007 - 00:39Querida Bia, como sempre, sábios seus comentários. Não me contento, porém, em deixá-lo apenas neste espaço. Amanha, abre a sequência de post.
Boa noite.
Beijos em Bia, a outra.
Rs..rs..
Bia
26 de setembro de 2007 - 00:07Caro Hiroshi,
a instituição do Parlamento Jovem é uma proposta demagógica, tola e que só cabe mesmo neste país, onde não se garante espaço adequado para a participação da juventude na construçao do presente e do futuro e cria-se atalhos, embrulhados em discursos aparentemente corretos.
Explico: a proposta, que nada tem de original,é cópia do que já está implantado no RS, PR e SC, se não me angano.
A idéia pretende – se concordarmos que não é uma proposta meramente eleitoreira – abrir espaço para a pariticpação do jovem na política, no exercício da cidadania, etc. e tal.
O “atalho” a que me refiro é que num país onde o jovem é excluído do mercado de trabalho, onde a escola não é espaço de participação e formação cidadã, criar um penduricalho não é a saída, pois as estatísticas oficiais mostram que 27% dos jovens entre 15 e 24 anos não estuda nem trabalha. A não ser que agora a gente acredite que espaços fora do estudo e do mercado possam substituir a vida real.
Ou é uma saída. Lamentavelmente, pela porta dos fundos.
Como os companheiros inventam o mundo a cada novo espaço de poder que assumem, com certeza não prestaram atenção no projeto da Secretaria de Trabalho de São Paulo, quando Walter Berelli foi secretário, e criou o Projeto Jovem Cidadão, que garantia um “serviço civil voluntário” em contraposiçaõ ao serviço militar obrigatório.
Uma bolsa de prazo certo – 6 meses, se não me engano – permtia que esse jovem fosse formado e capacitado para exercer atividades na sua comunidade, participasse de cursos e seminários onde “aprendia” a sua própria importãncia como mebro da comunidade, e aí sim, era capaz de perceber a importãncia da política e do parlamento.
Quanto ao pagamento de “assessores” para os jovens parlamentares, é uma terrível inversão de valores e distorção do objetivo que o projeto diz defender.
Abração