As pressões que o presidente Michel Temer vem impondo às lideranças políticas do PSD, no Pará, para apoiar a candidatura do MDB ao governo do Estado chegaram ao limite, na noite desta terça-feira, 17, quando a maioria do partido decidiu anunciar apoio a Márcio Miranda, pré-candidato ao governo do Estado.
Reunidos com o presidente da Assembleia Legislativa, deputados, pré candidatos a deputado, prefeitos e vice-prefeitos do PSD deixaram claro que de nada adiantarão as pressões originárias do Palácio do Planalto para que a legenda, no Estado, apoie Helder Barbalho.
A atual bancada do partido esteve representada pelo deputado federal Joaquim Passarinho, dos deputados estaduais Coronel Neil, Júnior Ferrari e Gesmar Souza.
Dos quatro pré-candidatos a deputado federal, três estiveram presentes e dos 12 pré-candidatos a deputado estadual, sete estiveram presentes e três justificaram a ausência.
Os líderes do partido no Pará fizeram questão de dizer que estavam ali representando também a vontade de seus eleitores.
Além de agradecer o importante apoio, Márcio Miranda aproveitou para apresentar suas linhas ação, caso eleito, com políticas públicas baseadas em fortes programas sociais e apoio ao desenvolvimento econômico.
O clima foi amistoso e cordial, mas a posição foi enfática: parte significativa do PSD paraense não está gostando nem um pouco da pressão exercida pelo presidente Temer sobre a cúpula nacional do partido para apoiar outra candidatura que não a de Márcio Miranda nas eleições no estado.
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Atualização às 12:06:
Fotos da reunião das lideranças políticas do PSD com o pré-candidato Márcio Miranda, enviadas por um dos parlamentares participantes do encontro.
Luis Sergio Anders Cavalcante
19 de julho de 2018 - 16:21Sr. Hiroshi, como ocorre às vesperas de toda eleição, o espírito de “bazar” baixa nesse tipo de reunião. Políticos de partidos com menor representação numérica, negociam seu apoio, tempo de propaganda na mídia e etc… por numerario e cargos nos orgãos governamentais. Barganha-se de tudo, com exceção da mãe, que não tem valor de mercado. Cenas constrangedoras de submissão total, são vistas. Um rindo para o outro em “comunhão fraternal de interesses”. Entregam a alma ao atraso. Com isso, o país como um todo, “vive sob uma eterna crise de compostura”. No mercado da “baixa política”, o preço dos partidos aumenta na proporção direta do tamanho de suas bancadas na Câmara. Quanto mais Deputados Federais uma legenda possui(no caso deputados, estaduais) maior o seu tempo de propaganda. Leva a “mercadoria” o candidato que oferecer mais vantagens ;Verbas, estrutura para campanha, vagas de emprego para seus “colaboradores” e afins. Assim funcionam essas reuniões Em 19.07.18, Marabá-PA.