Quem acompanha o avanço das obras de macrodrenagem da Grota Criminosa, igarapé que corta o Núcleo Nova Marabá de ponta a ponta, até desaguar no rio Itacaiúnas, quase na confluência deste com o rio Tocantins, entende a importância do investimento para mudar a história urbana e habitacional da cidade.
Em sua primeira fase, a macrodrenagem da grota beneficiará, diretamente, moradores das Folhas 23 e 26, além de espraiar seus benefícios para demais Folhas, à montante da obra, reduzindo os riscos de alagamento de residências, durante o período invernoso.
Trabalho fotográfico aéreo encomendado pelo blog dá ao leitor a verdadeira dimensão do tamanho do empreendimento, e seu estágio atual.





Nesta primeira etapa do cronograma, estão sendo feitas escavações na área que corresponde a 50% do projeto de implantação do canal para escoamento da água da chuva. A camada de concreto no leito da grota começou a ser instalada há dois meses.
O projeto está orçado em R$ 49.734.358,16 e prevê, além da macrodrenagem da Grota Criminosa, drenagem, tratamento de esgoto e pavimentação de todas as ruas das folhas 23 e 26, e a instalação da rede de tratamento de esgoto na folha 32.
Ao todo, três frentes de serviço estão em andamento.
A primeira etapa de canalização da grota deve ser concluída até janeiro.
Já nas folhas 23 e 26 estão em execução os serviços de drenagem e terraplanagem das ruas. A pavimentação está prevista para começar a ser executada em dezembro deste ano.
De acordo com o engenheiro responsável pela macrodrenagem, Jaime Pessoa, o cronograma de obras foi montado levando em conta as mudanças climáticas da região, e caso não haja variações, até março de 2015 podem ser entregues 25% de serviços concluídos.
O sistema de canalização da grota terá 580 metros e será executado em duas etapas, ficando a última para o ano que vem.
As redes de distribuição de água das folhas 23 e 26 também serão implantadas em 2015, com início previsto para fevereiro. Entretanto, o engenheiro garante que a execução das obras no período chuvoso não comprometerá o resultado, pelo contrário, deve acelerar o serviço.
A ordem de serviço de toda a obra foi dada ainda em dezembro de 2013, mas os serviços preliminares de limpeza só puderam iniciar após a desapropriação da área, finalizada no primeiro semestre deste ano. A construtora responsável por toda a obra tem até junho do ano que vem para concluir os trabalhos. Até lá, devem ser gerados até 150 empregos diretos no setor.
Para execução da obras, a prefeitura desapropriou parte da área, cadastrando ainda 58 famílias que foram remanejadas do local.
Devido à situação de risco a que eram expostas, a maioria delas foi beneficiada com casas nos residenciais do Programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. Destas, quatro que não se enquadraram no perfil do programa recebem o aluguel social. Aquelas que comprovaram posse dos imóveis ainda serão indenizadas.
Marcia Elizabeth
19 de novembro de 2014 - 20:01Eu não conhecia essa obra e fiquei impressionado. Muitos prefeito falaram nela. Eu não votei no prefeito Salame. Não por não gostar dele, mas porque tinha outro candidato. Mas tenho que reconhecer que ele está fazendo mais do que os outros prefeitos fizeram. Na próxima eleição terá o meu voto. Parabéns
Djalma Guerra
21 de novembro de 2014 - 15:27O projeto desta obra foi feito e aprovado no governo Maurino Magalhães.
Caro Djalma, em verdade, o projeto técnico da Grota Criminosa, durante a gestão anterior, esteve eivado de irregularidades, a começar pela sua licitação, que apresentava, segundo laudo do Tribunal de Contas da União, indícios fraudulentos. O edital abrangia todas as etapas da macrodrenagem, desde a foz da canalização, próximo a Velha Marabá, ao Km 7 – certamente para garantir à vencedora da primeira etapa dos serviços as etapas subsequentes. Quando o atual prefeito assumiu o cargo, o governo federal havia cancelado o repasse dos recursos, abrindo, inclusive, processo administrativo contra a Prefeitura de Marabá. Para conseguir salvar o projeto de macrodrenagem do córrego que cruza cerca de onze Folhas, João Salame realizou diversas viagens a Brasília, inclusive mantendo contatos diretos com o Ministro-Presidente do Tribunal de Contas da União, Benjamin Zimler, por diversas vezes, apelando para salvar a obra que já estava sepultada. O blog andou divulgando esse impasse, à época.
http://www.hiroshibogea.com.br/macrodrenagem-e-o-zeca-tatu-da-desordem/