O Pará teve, no primeiro semestre de 2011, um dos seus melhores resultados econômicos da história. Com um saldo (exportações menos importações) de US$7.131 bilhões, cerca de 95% maior que o valor registrado no ano passado, o Estado se manteve, ao longo dos seis primeiros meses, como o segundo com omelhor saldo no país. As exportações do minério de ferro, que fecharam o período em US$ 4.950 bilhões, alavancaram o resultado econômico do Estado.
“Em 2010, as exportações do minério de ferro já eram expressivas. Tinham uma participação de 35% na pauta de exportação do Estado. Este ano, com o crescimento das vendas deste produto ao mercado internacional, com destaque para a China, a participação passou para 63%”, analisou Raul Tavares, gerentedo Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Estado do Pará.
Mesmo com o bom desempenho econômico, Tavares alerta para o baixo valor agregado do produto, ressaltando a importância não só da diversificação da pauta de exportação, mas também como a agregação de valor do produto exportado. “A federação vem, há algum tempo, reafirmando seu posicionamento com relação à geração de riquezas provenientes com a atividade exportadora. Entendemos que os produtos com valor agregado, que passam por um processo de beneficiamento, além de gerarem mais divisas ao Pará, absorvem uma quantidade maior de mão de obra,proporcionando o nosso desenvolvimento. Estamos acompanhando algumas ações que direcionam para a verticalização das nossas riquezas naturais, incentivando que os novos empreendimentos que aqui se aloquem venham se somar com esta nova realidade”, enfatizou.
Além do minério de ferro, que registrou crescimento de 236% no comparativo entre o primeiro semestre deste ano e o de 2010, o hidróxido de alumínio, com variaçãode 117%, o ouro (106%), o silício (78%), a bauxita não-calcinada (66%) e o ferro-gusa (30%) foram os produtos minerais que mais contribuíram para o bom desempenho da economia paraense.
Com relação aos produtos tradicionais, o dendê – com um crescimento de 761% noperíodo – vem ganhando uma importância bastante significativa se comparado a sua participação na pauta de exportação, em 2010. No ano passado, as exportações do dendê fecharam o semestre em pouco mais de US$ 2 milhões. Já,neste ano, as vendas ao mercado internacional do dendê paraense renderam um valor exportado de US$ 17.420 milhões. A exportação do dendê coloca o Pará entre um dos maiores Estados produtores da oleaginosa, que vem contribuindo para tornar renovável a matriz energética brasileira.
Outros produtos tradicionais que também contribuíram para o crescimento da economia paraense foram: o suco de frutas, que fechou o semestre com variação de 88%, peixes(43%) e a pimenta do reino (32%).
Com participação da Assessoria de Comunicação – FIEPA
ALberto Lima
14 de julho de 2011 - 09:35Infelizmente Carlos, o crescimento deu-se por conta dos minérios (a maioria) , no qual é apontado apenas o PIB, ou seja; a quantidade de dinheiro movimentada, o que não quer dizer que houve grande retorno pro estado. Houve, é claro, maior até que outros anos, pode-se afirmar. Porém, bem abaixo das nossas expectativas, já que com minério, o que vale é quantidade, desprezando-se outros valores agregados que por ventura existiriam se fosse beneficiado por essas terras.
Carlos Augusto
13 de julho de 2011 - 14:58Foi a economia ou as exportações de minérios?