O poster tenta imaginar o dia seguinte ao Plebiscito.
No caso de uma rejeição à proposta de criação dos Estados de Carajás e Tapajós, o que restará do relacionamento das sociedades Sul/Sudeste/Oeste com a predominada Região Metropolitana de Belém ?
Dificil prever as consequencias do embate em torno da divisão do Pará.
De imediato, é possivel assegurar que a relação política jamais será a mesma, engasgada a posteriori por feridas profundas.
Juridicamente, prevalecendo o Não, a integridade territorial do Estado será mantida à custa de uma divisão social reimosa -, e literalmente fustigada.
No momento, a expressão viva dos movimentos sociais e das entidades de classe regionais avolumam a expressão de suas demandas numa demonstração de total oposição a tudo que sopra da capital.
É como se estivessemos sentindo em terras amazônicas a repetição de alguma Intifada sem pedras, carregada por ressentimentos esprituais e morais, revigorando um papel político até então nunca consolidado no peito de jovens, adultos e velhos, de todos as escalas da pirâmide.
Avant-premier dessa Guerra de Secessão pode ser medida em toda a extensão nas manifestações gravadas a todo instante nas redes sociais, criadas para defender a divisão do Estado.
Os comentários registrados num grupo específico do Facebook dedicado a esse fim, pelos coordenadores da campanha pelo Sim, ganham contornos de um conflito cujo enredo final deverá levar décadas para encontrar pacificação.
Enquanto os defensores da manutenção do estado territorialmente pleno emitem, de Belém, sinais de desprezo e desdém a tudo que se refere a criação de Carajás e Tapajós, as populações das duas regiões emancipacionistas se unem fervorosamente pela busca do anunciado sonho, formatando perspectiva de que, em futuro próximo – prevalecendo o Não -, nada será como antes.
O blog sente esse clima beligerante, nas ruas, em cada palavra, gesto, e reação dos defensores dos dois novos estados, caracterizada por ofensas e perigosa rebeldia a “elite da capital”.
Alguns nomes da política do Estado, abertamente comprometidos contra a divisão do Pará, já correm o risco de ter suas integridades físicas ameaçadas, caso teimem em percorrer algumas cidades mais politizadas das duas regiões, tal a envergadura de ressentimentos espraiados.
Imagine-se como estará o clima coletivo a partir da campanha do plebiscito!
Infelizmente, constrói-se um palco de guerra de difícil prognóstico final – a não ser a certeza de que, definitivamente, o Pará jamais será o mesmo, caso derrote as propostas divisionistas.
Reginaldo Ramos
4 de agosto de 2011 - 14:51Me preocupa, também, o rumo do debate.
Sou do Pará que remanescerá menor e melhor.
Nasci e moro por estas bandas. Sou plenamente favorável ao redesenho geográfico.
Não tenho dúvidas que os três novos estados ganharão com isso.
Se a população do Tapajós e Carajás tiver ampliada, ao menos, a possibilidade de participar, pressionar, vaiar, espernear, criticar seus representantes, mais de perto fisicamente, olho no olho, já me contento com a mudança.
De Santarém ao Palácio dos Despachos são longos 5 dias de barco. Do aeroporto do Carajás à Assembleia Legislativa vai mais de uma hora de avião. Esse meio de transporte pelo preço, aquele pela demora, afastam a população de baixa renda de qualquer participação nos rumos do estado.
Alguém perderá com a reorganização?
Sim, os grandes estados, que terão repasses da União diminuídos.
Não é atoa que a Folha e outros jornais de grande circulação estão antecipando campanha contra a divisão.
Apontem qualquer liderança política ou empresarial dos estados do sudeste que seja favorável ao rearranjo!
Nem mesmo sob uma arma na cabeça, Sérgio Cabral e Geraldo Alkmim apoiam a reorganização político territorial do Pará.
Haverá, de imediato, ampliação montante de recursos públicos, na hipótese de divisão, por diminuição ( redistribuição no repasse da União para os estados) da cota dos demais estados ( sul, sudeste e nordeste).
Isso é distribuição de renda!
Isso é diminuição de diferenças (intra e inter)regionais!
Não é isso, afinal, que todos queremos???
Ou seja, os valores públicos per capta dos moradores dos três novos estados, unidos, aumentará no dia seguinte, comparativamente ao Pará, como é hoje.
Embora haja risco remoto de diminuição da renda pública per capta do Pará remanescente, não posso ser perverso, egoísta no meu voto. Sou humanista e não vou dizer: “se eu não ganho, ninguém ganha!”
Divulgue meu blog criado com a intenção de convencer meus colegas daqui da região metropolitana de Belém e nordeste do Pará
Um grande abraço, e viva os três novos estados!!!!
ALberto Lima
3 de agosto de 2011 - 15:08Beto Castro,
palavras demais que não acrescentam nada ao real motivo e conteúdo buscando pelos que são a favor da emencipação, ou seja: CARGOS PÚBLICOS!
Palavras que lembram o ” Canto de Iara” estão muito longe de convencer alguém de alguma coisa!
OBS:
Cortéx foi ótimo!..rsrs! (IRONIC MODE)
Anônimo
23 de junho de 2011 - 14:01Beto Castro,
Teu texto laudatório, cheio de cortex e reflex é de um catilinária de dar sono. Muito palavrório, pouco conteúdo. Concordo com a necessidade de se respeitar os nomes de família. Outra coisa, me diga em que livro de história paulistas se meteram a besta ? Foi um momento histórico, sr. Castro (raiz portuguesa). Vargas não queria dar aos brasileiros uma constituinte. Teve que dar à custa de muito sangue. Mas isso é outra história. Vá reler a saga paulista para daí sim, deixar a besta de seus pensamentos de lado.
Beto Castro
22 de junho de 2011 - 20:38Diante de uma reflexão tão profunda do Blogueiro, seria importante que as partes em conflito deixassem as arruaças e manifestões do cerebelo, onde pairam os instintos e arquétipos primitivos e utilizassem mais o Córtex cerebral, onde estão o sentido de brasilidade de tantos sobrenomes e famílias, do amor à Pátria, do civismo de um Brasil maior, mais justo e mais rico para todos os brasileiros. Poucos fazem idéia da importância que essa divisão terá para toda a região norte do país e para todos os demais 26 Estados que compõem a nossa Federação. Essa pseudo-beligerância não encontrará guarída na alma dos brasileiros. São manifestações regionais de pequenas etnias em conflito político conjuntural que se dissiparão, diante da vitória retumbante do Sim a Carajás e Tapajós. Equivalem aos pequenos desaforos momentâneos entre sudestinos e nordestinos ou mesmo entre cariocas e paulistas no âmbito de uma determinada região, assim, como entre Baianos, Pernambucanos e Cearenses, no âmbito nordestino, ou mesmo, entre Amazonenses e Paraenses. São apenas pequenas rivalidades sem maiores consequências. A União Brasileira é indissolúvel e não permitirá que esse sentimento beligerante passe de bate bocas exaltados.
São Paulo, que é o Estado mais rico do Brasil se meteu a besta ao desafiar o Brasil em 1932 e pagou um preço muito alto por essa ousadia. Quando Santa Catarina separou-se do Rio Grande do Sul, quando Minas Gerais separou-se São Paulo, quando Goiás e Mato Grosso separaram-se, também, de São Paulo, juntamente com o Paraná, quando o Piauí separou-se do Maranhão, quando o Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas separaram-se de Pernambuco, quando Mato Grosso do Sul e Rondônia separaram-se do Mato Grosso, quando o Tocantins separou-se de Goiás e quando o Amazonas separou-se do Pará. Em todos essas ocassiões os bate-bocas foram intensos, mas, cessaram após as instalações dos Estados. Até hoje, o Rio de Janeiro recusa-se a aceitar Brasilia como Capital da República. Nenhum poderoso de plantão pode estancar a história dinâmica de um país da complexidade sócio-econômica como o Brasil. Mesmo, porque, após a instalação de Carajás e Tapajós, tem outros doze novos Estados na linha de montagem. Maranhão do Sul, Gurguéia, Araguaia, Mato Grosso do Norte, Minas Norte, Triângulo, São Francisco, Santa Cruz, Solimões, Madeira, Juruá, Rio Negro, Marajó e Trombetas. Estamos longe de nos igualarmos ao Estados Unidos da América como potência mundial de 50 Estados e 20 trilhões de PIB. Acalmem-se meus senhores e votem SIM no Plebiscito. Nossa Nação e o seu povo precisam muito destes novos Estados.
Anônimo
21 de junho de 2011 - 08:47Dias, o da gema
Dias, lí teus comentários. Péssimos. Marabá não tem ninguém da gema. Todos nós temos ancestrais ou somos filhos de forasteiros. E nos orgulhamos disso.
Tô na campanha dos sobrenomes, lá vai: Junqueira, Ribamar, Miranda, Magalhães, Stringuela, Rosa, Américo, Gomes, Carlito, Penaforte, Smith, Pirajibe, Pimentel,
Anônimo
20 de junho de 2011 - 21:02João Dias,
Rapá, esse tal de João Dias levou uma trambelhada na testa ao tentar diminuir o comentário de Garcia. Esse Dias não entendeu nada. Sou forasteiro também. Meu sobrenome é Cavalcanti. Dizem lá na minha terra, no Rio Grande do Norte, que o sujeito que não é Cavalcanti é cavalgado. KKKKK, dias melhores virão. O cara aí nem o trocadilho entendeu. Melhor consultar no Google “da gema”, em João Antonio para o dia nascer feliz. KKKKK (outro trocadiho), desculpe Hiro..
João Dias
20 de junho de 2011 - 12:49Aos comentaristas em geral,
“Da Gema”, expressão utilizada no Rio de Janeiro pelos cariocas, significa, não somente ter nascido na cidade, mas, necessariamente de pais naturais do estado. Não tem a conotação dada pelos comentaristas.
Feitas essas considerações, mantenho integralmente o comentário acima referido.
Anônimo
19 de junho de 2011 - 19:31João Dias,
Para os migrantes, não pode haver oportunismo nem conveniência política. Isso é dar acento a um viés xenofóbico a quem se acha com mais direito de pertencer à esta terra do que outrem. Não digo bobagens, como aludiste, pois não tenho mais idade para tanto. Tenho respeito aos Bichara, aos Foralosso, ou Alegrette, aos Simionni, aos Nakamura, aos Picinini, aos Carreira, aos Azevedo, aos Molina, aos Tenório. João Dias, qual a diferença de um marabaense da gema de outro da clara? Não há da gema nem da terra, por mais tempo que venham a povoar esta região. O que existe é um belo cadinho de raças e de nacionais que fizeram, fazem e estão fazendo a diferença entre nós, os forasteiros, que na região norte do Pará, podem até não serem bem vistos. Eu me orgulho de ser forasteiro, como aqueles da ata, sem pretensão alguma de ser mais do que eles. Nem poderia, eles vieram como muitos para cá. Atraídos por uma esperança de dias melhores (sem trocadilho).Outra coisa, os Garcia (sem plural), que migraram da Espanha no século XIX, como os meus antepassados, não precisam de sua deferência. Sofreram muito para serem o que são hoje. Como forasteiro, que sou e tenho orgulho disso, como todos os sobrenomes já listados têm, só precisamos de respeito. E de solidariedade. Não de xenofobia.
Abraços,
Agenor Garcia
Anônimo
19 de junho de 2011 - 19:07João Dias,
Não existe marabaense da gema. Principalmente os da década de 1950. Sem ranço xenófobo, temos que respeitar o grande cadinho de nacionais que fizeram deste sul/sudeste a nossa terra prometida. Nem existem GARCIAS. Existem os Garcia, que chegaram ao Brasil em grande número, como os meus avós, da imigração espanhola. Existem, isto sim, os Silvieri, os Solano, os Mussalem, os Alegrette, os Facíola, os Pereira, os
João Dias
17 de junho de 2011 - 16:33Sem misturar chico com francisco, Sr. Agenor.
Dentre os nomes citados, (com algumas exclusões, por não serem a expressão da verdade), lamento não poder fazer as devidas deferências aos GARCIAS.
Ao se dizer paulistano e ilustre forasteiro é uma coisa. Os “forasteiros” que assinaram a Ata de Instalação da vila e, posteriormente cidade – quem sabe, capital do estado, passa longe da tua pretensão e, a isso, eu chamo de oportunismo, conveniência política que não deve ser confundido com a expressão utilizada no seu comentário. A Vanda Américo, o Vitor Hugo, a Dona Katia não devariam deixar vc. falar bobagem. Abs. para às famílias Américo/Gomes.
(desde 1954, marabaense da gema)
Anônimo
17 de junho de 2011 - 11:57Forasteiros.
Penso que os papa-chibés(quem nasce em Belém é paroara ou..) vão gostar da vitória do não. Se ela ocorrer. Fica uma pecha. A de sermos forasteiros. Sou paulistano e tenho o maior orgulho de ser forasteiro no Pará. Pensando bem, somos mesmo ilustres forasteiros.Francisco Coelho, Carlos Leitão, os Pinheiro, os Américo, os Gomes, os Silva, os Souza, os Garcia, os Oliveira, os Bogéa, os Hiroshi, os Pires, os Paixão, os Ten Caten, os von Atzingem, os Faria, os Miranda, os Mourão, os Salame, os Mutran, os Andrade, os Pantoja, os Nogueira, os Salim, os Mussalem, os Santos, os Gouveia, os Remor, os Magalhães, os Chamon, os Sanches, os Braz, os Chaga, os Ribeiro, os da Luz, os Mascarelhas, os Carvalho, estas figuras ilustres ou são filhos de ou são forasteiros. Por isso, temos que nos orgulhar disso. É só lermos os nomes da ata que instalou o nosso município, naquele distante século passado, para podermos sentir orgulho de sermos forasteiros. Estes forasteiros merecem respeito. Quem for forasteiro, pode mandar seu nome, que o Hiroshi publica.
Abraços,
Agenor Garcia
Paulo Silva
17 de junho de 2011 - 10:52Opiniões, meu caro, opiniões.
Sou de Belém, tenho essa região (sul do pará) e povo no coração, independete de questões políticas, que ao meu ver, é a única motivação do esquartejamento do Pará.
Após morar alguns meses aqui em Marabá, não vi a pujança esperada e/ou anunciada. Na verdade, vi um povo descrente e desconfiado.
Assim tenho a questão da divisão do estado. Não vejo esse movimento todo a favor, muito pelo contrário. Porém, o que me deixa triste é ver alguns opinadores convocarem eleitores de outros estados para regularizarem seus títulos de eleitor aqui e votarem a favor.
Sou A FAVOR da divisão por um motivo: acredito no potencial da região, sei que é possível evoluir com os recursos daqui (95% só de Vale).
Sou CONTRA, pois sei da penca de carrapatos corruptos que estão só esperando o totó mudar de dono pra grudarem na derme e mamarem o sangue. Muitos inclusive ainda nem se mostraram como candidatos, mas usam do poder da comunicação para criarem sua fama nos ignorantes armados com título de eleitor.
Quanto à “guerra” entre os lados, bem, sou radicalmente contra qualquer ato de violência, e repudio essas incitações e até citações.