A interdição da Estrada de Ferro Carajás idealizada por um alguns comerciantes, organização não governamental e pelo grupo de uma rede social denominado “A Alpa é nossa”, não durou dez horas.
Finalizado com a chegada de um oficial de Justiça, o ato de interdição terminou às 18 horas de quarta-feira.
Agora, deve-se aguardar a interdição da ferrovia por quem realmente entende do traçado, e tem expertise na mobilização duradoura de massas: os movimentos sociais.
Cerca de quinze entidades dos movimentos sociais aguardam o desenrolar das negociações entre a prefeitura de Marabá e a Vale para, dependendo dos valores que a mineradora anunciar para a realização de obras estruturantes em pelo menos cinco bairros cortados pela estrada de ferro, tomar, por tempo indeterminado, os trilhos que transportam as riquezas do Estado, gerando, para o povo, apenas migalhas e misérias.
Algumas reuniões vem sendo feitas em torno da mobilização a ser tocada, e em todas elas a pauta é a mesma: trancar a EFC, de São Félix até o último bairro localizado do lado direito do rio Tocantins,após o KM 7 – mobilizando no mínimo quinze mil pessoas.
Lideranças de bairro, com apoio do MST, Fetraf, e Fetagri, não abrem mão de conquistas para seus bairros, como pavimentação completa de ruas, construção de praças, centros de saúde e escolas.
A visão nítida que cada liderança tem é de que aqueles benefícios podem ser perfeitamente conquistados agora, sem delongas, aproveitando as negociações que a companhia realiza com a prefeitura para obter autorização para a duplicação da estrada de ferro, dentro do território urbano marabaense.
“É agora, ou nunca. A Vale vai ter que liberar recursos o suficiente para a pavimentação de nossas ruas. Caso contrário, morremos todos, lutando contra polícia, ou qualquer tipo de força. Mas, agora, a Vale não passará nenhum pirulito em nosso beiço. Vamos fechar a ferrovia por quanto tempo for necessário, tenha certeza disso”, afirma Nildo Machado, que participa das reuniões e garante já existir, mapeada, toda estratégia de ação para o bloqueio da estrada de ferro, “numa extensão de dez quilômetros, apinhados de gente”, revela.
De casa em casa, multiplicadores do movimento conversam com a comunidade, orientando como fazer para a mobilização atingir os resultados esperados.
“É um trabalho de formiguinhas, conversando com todo mundo. Vamos fazer a nossa revolução nos bairros, parar a Vale, mostrar a ela que quando o povo quer, ninguém impede, nem a força truculenta da polícia com o apoio de alguns juízes insensíveis”, revela.
ilka barros lima
29 de junho de 2013 - 17:06Gente deixa de discurso, o que o movimento ALPA JÁ que e o que todos nos queremos,o melhor pra nossa região.chega da vale leva nossas riqueza
Antonio Carlos Pereira Santos
28 de junho de 2013 - 06:08Sr. Lauro Marinho às 14:02 hs. de 27/06, acho que a Sra. Maria S. quis dizer que a interdição da ferrovia deve ser motivada e representada por uma maior gama de necessidades do município que não seja só o asfaltamento de bairros. Em 28.06.13, Marabá-PA.
Antonio Carlos Pereira Santos
28 de junho de 2013 - 06:01Sr. Hiroshi, sou favoravel ao movimento de interdição da ferrovia pelos movimentos sociais, caso necessario. Caso tenha que acontecer, restará saber se os “nossos” nobres políticos locais farão o mesmo, ou se manterão “em cima do muro” pelas “benesses financeiras” da Vale no pleito eleitiral de 2.014. Em 28.06.13, Marabá-PA.
bom senso
27 de junho de 2013 - 20:12Mauro marinho vc atropela os entendimentos o que a Maria colocou e que está se desviando o foco do objetivo principal que ALPA e hidrovia com esse empreendimentos o próprio municípios com as arrecadações fiscais consegue pavimentar e construir escolas hospitais e etc… portanto pedir benefícios para pontos estratégicos indigna os demais eu por exemplo moro em são Félix e estou cobrando a ALPA e a hidrovia. nesse mento o nosso foco e objetivo. outra coisa internet pode ser acessado pelo celular no meio do movimento.
Lauro Marinho
27 de junho de 2013 - 14:02Maria M. comentário teu é muito engraçado. Entao tu acha que ir pra estrada de ferro pedir obras pros nossos bairro é errado? Tu deve ser uma dessas ou desses que ficam so na Internet falando em Alpa sem se preocupar com as famílias que moram em lugares sujos, escuros, cheio de poeira e lama. Pois é isso mesmo: vamos pedir APENAS para que nossos bairros sejam consertados, vocês que acham que a alpa é mais importante, façam o protesto de vocês, mas não fujam quando aparecer o primeiro oficial de justiça não. Mu
marabaense atento
27 de junho de 2013 - 13:23Pode contar comigo e meus amigos e colaboradores ..
Maria S.
27 de junho de 2013 - 13:23Não acredito q essas pessoas vão fazer uma manifestação apenas para que as ruas de seus bairros sejam asfaltadas. E a ALPA? que pensamento pequeno.
Guerrilheiro
27 de junho de 2013 - 12:12É chegado a hora, temos que mostrar a união, e essa Vale, se é que ela Vale pra alguma coisa em nossa Região , que mostre sua cara, e o povo mostre garra e não vamos sair de perto, tem que ter melhorias, educação, saneamento e qualidade, chega de enrolação..