A crise no setor de siderurgia que está jogando para baixo o preço de venda da siderurgia Steel Americas, empresa da alemã ThyssenKrupp que tem como ativos a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), na zona oeste do Rio, e uma unidade nos EUA feita para agregar valor às placas exportadas pela usina brasileira, tem causado grande preocupação ao presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, Ítalo Ipojucan.
Em recente postagem em seu Facebook, reproduzindo matéria publicada originalmente na imprensa do Sul do país na qual o tema é abordado, Ítalo refirma ao blog a sua visão, agora pessimista, quanto ao futuro da Alpa.
“Naquele postagem no meu Face, observei a seriedade do assunto, já que essa situação da CSA tem tudo a ver com nossas frustradas expectativas em relação a siderurgia em Marabá. Além do mais, por aqui, observa-se o quase total desinteresse do governo em continuar lutando pela implantação da siderúrgica da Vale, sem falar no esfriamento quase que total da própria mineradora em relação ao empreendimento”, relata Ipojucan.
O presidente da ACIM conta que a crise à porta da CSA não é fator isolado.
“É preciso estar de olho na mobilização de executivos da ArcelorMittal, gigante mundial do aço, que ameaçou fechar suas usinas na França se não conseguir vendê-las, além dos recuos da Usiminas e da CSN nos seus processos de expansão e a China com excedente de produção”.
Estudioso do assunto, já que tem se jogado com intensidade na luta pela implantação do polo metal mecânico de Marabá, Ítalo não vê com boas as chances de revigoramento do mercado de aço. “Teremos ainda pelo menos uns dois anos de dificuldades nesse setor”, prevê.
Mas, em última análise, o que mais está martirizando os sonhos de Ítalo quanto a implantação da Alpa é uma declaração do presidente da Vale, Murilo Ferreira, durante o “Vale Day”, pregão da Bolsa de Nova York que reúne investidores e analistas, que justificou anúncio de redução dos investimentos da empresa como forma de adaptá-la ao “novo momento da indústria mineral”.
O diretor da mineradora assegurou investimentos pesados apenas para o setor de minério de ferro, “onde a perspectiva de retorno é maior”.
Os projetos destacados pelo dirigente são a expansão da produção de Carajás (PA), Itabiritos (MG) e centros de distribuição na Ásia.
” O resto é secundário”, disse Murilo.
Na visão do presidente da ACIM, a saída para Marabá é a hidrovia e um pequeno parque metal mecânico.
Mas esse é outro assunto tratado com Ítalo e que será analisado aqui no blog, nesta segunda-feira.
Abigail
8 de dezembro de 2012 - 21:26Alpa… De novo… sempre!
Tudo está muito claro, só não enxerga quem não quer ver: o mercado de aço no mundo, digo: NO MUNDO TODO, está em crise.
Tipo: existe muito aço e poucos compradores.
Portanto, pra que implantar mais uma siderúrgica de aço?
Até uma merendeira de uma escola de ensino fundamental entende esta simples equação empresarial.
Esqueçam a Alpa, não a Vale. Pois as extrações do minério continuarão a pleno vapor, minério da nossa região, dinheiro que deve ficar por aqui.
Dinheiro transformado em Cultura, cultura e cultura.
Marabá possui um enorme potencial para investimentos culturais, precisa da ação do poder público para que este potencial seja explorado e desenvolvido.
Alpa, agora não! Os peixes agradecem!