Na eleição presidencial que elegeu Dilma Roussef vocês lembram que este blog alertou diversas vezes sobre a manipulação de pesquisas eleitorais patrocinadas por alguns institutos que trabalhavam a favor de Zé Serra.
O Datafolha e o Ibope lideraram os movimentos de “esquentamento” de dados de pesquisas direcionadas.
Foi também pela primeira vez, naquela eleição, que se escancarou a metodologia dos institutos de pesquisa e a principal diferença entre eles: a pesquisa na casa dos eleitores (adotada por Vox, Sensus ) e a pesquisa em pontos de fluxo (pelo Datafolha e Ibope).
Em 2010, descobriu-se, também, o «esquentamento» antes das perguntas sobre o candidato Serra – recurso que influenciava a indicação do eleitor no questionário oferecido na pesquisa.
Essa “ferramenta” de manipulação foi desmoralizada no decorrer da disputa graças a pronta intervenção dos blogs atentos às bandalheiras disseminadas, já que a chamada mídia tradicional(grandes jornais e redes de TV) envolvida até o talo com a campanha tucana, investia no método mentiroso de alguns institutos.
Em campanhas municipais, principalmente Ibope e Vox realizam pesquisas eleitorais em municípios de médio porte, sempre subcontratando institutos de atuação locais – na maioria das pesquisas atendendo a contratos de governos estaduais interessados em inflar o desempenho de seus candidatos.
A contratação do Ibope ou do Vox, nesses casos, atende a estratégias de fortalecer determinadas candidaturas, influenciando, assim, terrivelmente o voto do eleitor.
É bastante conhecido nos meios jornalísticos e políticos a estratégia das contatações.
No caso específico do interior do Pará, um desses grandes institutos cobra o valor de R$ 35 mil por pesquisa, para ouvir, no máximo, 400 pessoas – número estatisticamente indicado para se manipular o resultado final da pesquisa, dado a sua margem de erro em torno de 5%.
Caso o cliente queira dar “demonstração” de favoritismo exagerado, o instituto negocia (o termo correto é esse mesmo:negociata!) o trabalho a R$ 45 mil, cobrando R$ 10 mil a mais.
Em regra, esse movimento ocorre quando existe tempo para o instituto “adequar” seus números a realidade a fim de evitar vexames e críticas a “credibilidade” dos números anunciados. Exemplo: dificilmente, eles adotam a “negociata do mais R$ 10 mil” faltando uma semana para a eleição.
A bandalheira ocorre sempre no período de até quinze dias do pleito, para que algum diretor tenha tempo de vir à púbico dizer que as “diferenças” estavam dentro da margem de erro.
Uma cidade como Marabá, o resultado de uma pesquisa para estar dentro da margem de erro confiável deve-se ouvir, no mínimo, 600 pessoas.
Menos do que isso, tem cheiro de safadeza. Menos do que isso, a margem chega a 5% para mais ou para menos.
Ora, se uma disputa entre dois candidatos está parelha, tipo 40 a 40, a partir do momento em que um instituto trabalha dados, cuja margem de erro margeia 5%, o candidato A pode “aparecer”, nas explicações posteriores, com 45% e o B com 35%.
Numa disputa pau a pau, isso representa diferença fenomenal, com o poder de influenciar o eleitor indeciso ou aquele que vota para “não perder” o voto.
Normalmente, quando um desses institutos grandes é contratado, registra-se a pesquisa em nome de algum jornal, para que os números apresentados tenham mais “credibilidade”.
O serviço é pago por terceiros, quase sempre a serviço dos governos estaduais.
Jornal de interior dificilmente tem caixa para financiar pesquisa de R4 50 mil – muito menos o empresariado abre o bolso para dividir o “bolo”. Quando tem muita coragem, prefere contratar os instituto locais que fazem pesquisa de 10 mil, e em sua maioria mais confiáveis do que os grandes institutos.
As lições a se tirar das pesquisas:
Nenhuma delas consegue captar ondas que se avolumam nos dias finais de campanha. E aí é um problema a ser estudado pelos especialistas brasileiros em geral.
Nessas viradas, surgem sinais de todos os pontos sobre reversão de tendências, mas que acabam não captados pelas pesquisas.
Quem não se lembra de dois episódios exemplares, ocorridos em Belém e Salvador?
No primeiro caso, a duas semanas das eleições, o Ibope informou Valéria Pires Franco liderava, com 25% , seguida de Duciomar Costa, com 23%. Duciomar venceu com 35% dos votos, seguido de José Priante, com 19%. Logo, a margem de erro do Ibope, de 2% saltou para 12%.
Para comprovar melhor a discrepância dos números do Ibope à realidade do resultado eleitoral, solto a seguir alguns links com as datas das pesquisas realizadas em Belém, no ano de 2008.
21 de Julho. Agosto. 13 setembro. 20 setembro. Final de setembro. 5 outubro.
Resultado do 1º. turno da eleição de 2008, para prefeitura de Belém:
Duciomar: 35,15%
Priante: 19, 03%
Mário: 18%
Em 2006, faltando menos de duas semanas para as eleições, o Ibope informou que o governador Jacques Wagner (PT), da Bahia, não entraria nem no segundo turno. E em seguida ele venceu no primeiro turno.
Vale lembrar ainda outros casos hilariantes das mancadas do Ibope, em pesquisas eleitorais.
Vamos lá:
1990: o Ibope dizia que o futuro governador seria Xerfan. Ganhou Jader;
1994: o Ibope dizia que Jarbas Passarinho seria o governador e Almir, que era o terceiro na pesquisa, ganhou.
1996: o Ibope dizia que Ramiro Bentes seria o prefeito de Belém. Ganhou o Edmilson que era o quarto na pesquisa.
1998: o Ibope dizia que o Hélio Gueiros podia comprar o terno da posse para o Senado. Ganhou Luis Otávio que um tracinho nas pesquisas.
2002: o Ibope dizia que Ademir Andrade iria para o segundo turno. Não foi e quase a Maria do Carmo, que estava em quarto, se tornava inquilina do Palácio dos Despachos.
2006: o Ibope dizia que Almir Gabriel seria governador de forma consagrada eleito no primeiro turno e quem venceu foi Ana Júlia.
2008: pelo Ibope, Valéria seria a nova prefeita de Belém. Perdeu feio e terminou em quarto lugar.”
E o Carlos Montenegro, dono do Ibope, , sempre que sua empresa dá “barrigadas” em seus levantamentos, costuma se “explicar” alegando: 1) a data de coleta de dados não foi exatamente a mesma e; 2) a metodologia usada é diferente entre os institutos.
Essa é a desculpa esfarrapada.
Anônimo
17 de setembro de 2012 - 20:17Uma Parte do Dinheiro,que foi tirado do Povo na Gestão Anterior voltará para o Povo.
Anônimo
17 de setembro de 2012 - 20:15Tudo que o IBOPE Noticiar não Terá Credito,Deu muito na Cara a Pesquisa anterior.
Anônimo
16 de setembro de 2012 - 14:26Antes o Jornal era com o Maurino,agora com o Jatene e Tião,só que o povo está com João.
Anônimo
13 de setembro de 2012 - 08:45Pesquisas deveriam ser proibidas pois só servem para serem manipuladas e tentar iludir os eleitores.Além dos célebres casos do IBOPE, lembro-me do caso da Luiza Erundina que foi eleita para a Prefeitura de São Paulo, embora tenha aparecido na última pesquisa como totalmente fora do páreo.Inclua-se nisso tudo alguns institutos que alugam o seu nome e assumem pesquisas que os próprios candidatos mandam fazer, submetendo-se ao risco da desmoralização, segundo é comentado à boca pequena.Tudo lamentável e prosperando sob as vistas complacentes de uma legislação eleitoral ultrapassada e ineficaz, não obstante o louvável esforço do Ministério Público e Juizes Eleitorais.
João dos Prazeres da Costa
12 de setembro de 2012 - 17:11Sr. Hiroshi, o nome do presidente do Ibope não é Augusto Montenegro e sim Carlos Montenegro. De resto, as suas considerações estão perfeitas. Aliás, o blogueiro como o senhor, Paulo Henrique Amorim, costuma chamar esses institutos de pesquisa de Datafalha e Globope.
Você tem razão, Prazeres. O nome dele é Carlos Montenegro. Já corrigimos. Abs
Anônimo
12 de setembro de 2012 - 15:06A pesquisa Ibope foi contratada pelo correio do Tocantins
Grupo de comunicação a serviço de Tião e Jatene.
Alguém tem alguma duvida de quem vai aparecer na frente…
anonimo
11 de setembro de 2012 - 20:41Tenho 60 anos de vida e nunca fui nem conheci alguem que tenha sido pesquisado pelo IBOPE e nem conheci alguem que tenha conhecido alguem entrevistado pelo mesmo.
Jorge Santos
11 de setembro de 2012 - 19:28No caso do Priante, em Belém, a coordenação de campanha já jogou a toalha. O Massoud, que coordena a campanha, afirma que não tem mais dinheiro porque ninguém acredita que o candidato vai pro segundo turno e que o Jáder caiu fora. Quem tem dinheiro a receber levou uma rasteira.
Anônimo
11 de setembro de 2012 - 16:45O Simao do nao junto com o Tiao nao, ja devem com os maioranas terem comprado ibope, e vao lancar mais uma pesquisa mentirosa
Km 07
11 de setembro de 2012 - 16:25Camarada, o Tião do NÃO ta mas perdido do que cachorro que cai de mudança atirando para todos os lados, tentou enganar o povo com uma pesquisa mentirosa, agora vai tentar de novo manipulando o Ibope que já não se dispõe d muito credito, mas a verdade será publicada dentro das próximas horas. João Salame 23 o prefeito que representa a mudança.
Fernanda Vasconcelos
11 de setembro de 2012 - 15:48Meu Caro Hiroshi, essa sua matéria parece ter tomado por base a cidade de Canaã dos Carajás/PA, onde o candidato JEOVÁ (15) PMDB, candidato do prefeito ANUAR, que registra 82% de rejeição, lidera as pesquisas com 41%, segundo eles, seguido por DRA. MARILDA (23-PPS) 11%; VALDEMAR DA PAVINORTE (PSDB) 10% E DR. ITAMAR (PTB) 9%. O mais engraçado de tudo isso é que quem contratou essa tal pesquisa, como você diz na matéria, é o JORNAL O PIONEIRO, que mal sobrevive e teria contratado a tal pesquisa. Vamos conferir o resultado das urnas. Falta pouco!
Anna Belox
11 de setembro de 2012 - 15:09Vocês viram uma pesquisa que confirma o Priante no segundo turno? Eu acredito nele, confio no trabalho dele, e sei que ele tem grandes chances de ser o futuro prefeito de Belém. Só assim a cidade vai voltar a funcionar, já são 16 anos de descaso com a nossa cidade. Agora é Priante!
Marabaense !
11 de setembro de 2012 - 14:35eu tambem ja fiz
de cada 20 pesoas 13 e joão e 7 tião !
Tião
11 de setembro de 2012 - 13:19Hoje eu andei em duas lotações. Pelo o que escutei a eleição já está sendo desidida,e vai ter lavagem de votos. Faça como eu pesquisei.Você e quem vai elege o proximo PREFEITO e VEREADOR . Fazendo assim ficaremos preparados para quando chega uma nova pesquisa , podendo avalia-la.